Você provavelmente já ouviu falar de Pat Peoples. Encarnado nas telinhas por Bradley lindo demais Cooper, e com esse rosto (ou pelo menos metade) estampado na capa, fica difícil não saber do que eu estou falando. Sem contar que o filme teve uma repercussão absurdamente grande: além de Bradley, Jennifer Lawrence era a outra estrela do filme, e além do filme ter estreado numa época em que Jogos Vorazes (Jennifer Lawrence interpreta Katniss, a heroína do filme) era um frenesi, a linda da Lawrence ainda por cima foi indicada ao oscar, e vencedora do mesmo (muito bem merecido, por sinal). Portanto, acho MUITO difícil você ainda não conhecer Pat Peoples, nem que seja de passagem. Vamos focar Larissa, porque você está aqui para resenhar o livro dessa vez, não o filme. E as duas histórias são bem diferentes.
Na obra de Matthew Quick, Pat Peoples é um cara de trinta anos que acabou de sair de uma clínica psiquiátrica. Ele não sabe quanto tempo passou por lá, não sabe muito bem o que aconteceu antes dele ir parar na clínica, mas tem uma certeza na vida: ele estava pronto para voltar do "tempo separados" que sua esposa, Nikki, tinha pedido. Durante o tempo que Pat passou na clínica ele se dedicou a ser um novo homem. Malhou como nunca, perdeu muito peso, leu os livros que sua esposa tanto apreciava, mesmo que ele não gostasse tanto assim. Isso tudo porque ele tinha um objetivo fixo em sua mente: voltar pra sua esposa. Além de ser gentil, sempre.
Para melhorar, Pat agora vive com os pais. Sua mãe é aquele tipo de pessoa super-protetora, sabe? Além disso, seu pai ignora absolutamente tudo que possa ter a ver com ele, seu irmão consegue ser um cara legal, amoroso e presente. Ele também tem um melhor amigo, que parece ser o único de fora da família que aceita se relacionar com Pat, mesmo que no fundo pareça se sentir um pouco culpado com relação ao amigo. E, adivinha só? É justamente Ronnie, esse melhor amigo que parece um pouco nervoso ao rever Pat, é justamente a pessoa que vai apresentar a Pat a problemática e um pouco enlouquecida Tiffany. Não bastava a necessidade ensandecida de Pat de provar pra Nikki que agora era um homem melhor e que eles podiam voltar a ficar juntos: Matthew Quick tinha que colocar mais uma personagem um pouco maluca.
Cara, foi a jogada mais genial que ele poderia ter tido.
A partir desse ponto do livro - que fica bem no início, não se preocupe - acompanhamos a narrativa vendo não só a tentativa de Pat de terminar o "tempo separados" que ele estava tendo com sua esposa, mas também o desenvolver de uma amizade muito, muito, digamos, peculiar.
Uma amizade estranha mesmo.
Ah, também vamos ver umas cenas em que Pat vai encontrar com seu terapeuta de fora do "lugar ruim". E é por aqui que você descobre o que raios Kenny G tem a ver com essa história toda.
A história que Matthew Quick criou é sensacional por um motivo: você NUNCA ia esperar tanta gente problemática junto. Para sustentar essa maluquice coletiva, ele coloca personagens com personalidades marcantes. Por exemplo: mesmo sendo bem maluquinha, Tiffany sabe como cativar as pessoas. Seu poder de persuasão é muito bom, por sinal. Além disso, ela é extremamente decidida. Também consegue ser ber irritante de vez em quando e lhe falte um pouquinho de noção.
É narrado em primeira pessoa, e você acaba vendo como a mente de Pat está no momento: um pouco compulsivo, depressivo, alerta ou cheio de adrenalina, dependendo do que está acontecendo em sua vida. É uma história que mostra a vida que você, querido leitor, poderia estar levando se colocado nas mesmas circunstâncias. É também uma história sobre superação, sobre união, e sobre aprender com os próprios erros. Uma ótima pedida para esquecer um pouco dos próprios problemas e aproveitar para se divertir com a loucura de Pat e Tiffany.
Já estava a fim de ler esse livro, agora eu definitivamente preciso fazê-lo. =)
ResponderExcluirEu não vi o filme porque estava esperando para ler o livro e acabei não fazendo nem uma coisa nem outra. Mas tenho o livro aqui comigo e quero ler em breve. Acho que a história tem muito isso mesmo, superação, união, aprendizado e bastante gente maluquinha como você disse.
ResponderExcluirEstou muito confusa com esse livro :s Muita gente diz que não é essas coisas, que é enfadonho, e aí vem a sua resenha quase me convencendo a voltar a por esse livro na minha lista de vou ler hahaha
ResponderExcluirops, pôr*
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