[Resenha]O Dom - Segundo Volume da Série Bruxos e Bruxas - James Patterson



Queridos leitores, lembram da minha resenha amável de Bruxos e Bruxas, primeiro livro dessa série de James Patterson? Se não, e quiserem saber, podem ver aqui. Se sim... lembram de que, no final das contas, eu acabava me perguntando: Porque raios você mandou esse livro pra publicação, Patterson?. Pois é. Nesse novo volume da série juvenil do meu amado James Patterson (os outros livros são bons, Bruxos e Bruxas que não é), esse questionamento virou uma exclamção: obrigada por substituir Gabrielle (a co-autora do 1° volume) por Ned (o co-autor desse volume)! Ele pode não ter feito milagre, mas esse liro ficou bem mais interessante pra mim.


Nesse livro, Wisty e Whit continuam lutando contra o mal, contra a Nova Ordem. Agora que sabem que são bruxos, e que seus poderes são bem úteis, as vidas deles estão bem mais ameaçadas. Só que, dessa vez, eles tem menos ajuda que antes. Margô, uma das revolucionárias que era amiga deles e vivia na loja de departamentos (refúgio da galera que foge da Nova Ordem) foi assassinada pelo Único Que É O Único, Célia, a ajudinha do além e ex-namorada de Whit não está mais podendo ajudar e eles não tem nenhuma notícia dos pais.

Eles não são o único grupo de resistência contra o regime da Nova Ordem, e esses grupos decidem se reunir em um concerto de música e dança, uma forma de consguir informações dos outros rebeldes e, bem, de ser rebelde e adolescente ao mesmo tempo, já que a Nova Ordem proíbe todo tipo de manifestação artística e cultural tipo... dançar e cantar. Lá, o caminho de Wisty se cruza com o que parece ser a primeira coisa boa que acontece em sua vida desde que ela foi arrancada de seu quarto aconchegante, na casa dos seus pais, sabe-se lá quanto tempo antes. Ela conhece Eric, um integrante de uma das bandas que se apresenta nesse concerto. E, bem, ela é uma adolescente e, por favor, quando ela vai poder ver alguém tão bonito, e fofo e interessante que nem ele de novo? 
Só que não dá pra ser tão fácil assim, né? Os irmãos Allgood não foram criados para correrem em direção ao arco-íris. 




Acaba que, numa reviravolta louca do destino desses dois irmãos constantemente perseguidos pela Nova Ordem, tudo acaba ficando meio confuso. Pessoas em quem eles não confiavam passam a serem confiáveis, pessoas em quem eles confiavam se tornam traidoras, eles recebem mensagens meio estranhas em momentos aleatórios e, no fim, os dois irmãos só sabem que tem que se manter unidos para não perderem o juízo e/ou morrerem enquanto fogem d'O Único Que É O Único.
Bem, vamos ao que eu gostei mais nesse livro: os autores deram uma diminuída nos trocadilhos e piadinhas mega infantis que povoam as páginas de Bruxos e Bruxas, para início de conversa. Sério, aquilo era irritante demais. Parecia que os personagens eram retardads, não que eles tinhama lgum tipo de senso de humor. Nesse livro isso ficou bem melhor, e eu até ri de muitas das piadas que existe nesse segundo volume (que são bem menos numerosas que no primeiro, thank god). Além disso, a história parece ter um pouco mais de coerência. Eu sei que muita gente tá reclamando que o livro parece andar em círculos mas, cara, eles são dois adolescentes que acabaram de descobrir que são bruxos e tem poderes, e mal sabem dominar esses poderes, sabe? Não tem como eles tentarem ir contra o regime da Nova Ordem assim, vamos combinar. Ia ser missão suícida, e eles são bem mais úteis vivos.
Mas o que eu achei mais legal foi que os autores incluiram capítulos que não eram narrados nem por Whit nem por Wisty. Nesses capítulos nós vemos o que acontece nos terrenos dominados pela Nova Ordem e, normalmente, são cenas onde O Único Que É O Único e seus subordinados aparecem, fazendo planos e tentando encontrar maneiras de acabar com os dois irmãos Allgood. Nesse livro também temos 100 capítulos, os menores com apenas uma página, os maiores com no máximo quatro. A diagramação desse livro é SENSACIONAL, sério. Na verdade, eu nunca tive nada pra reclamar das diagramações da Novo Conceito, porque a deles faz meu coração de revisora e diagramadora bater mais forte.


Não, a série que James Patterson escreveu para os Jovens ainda não entrou em um status de "necessário para sobrevivência." Mas eu te garanto que o segundo volume está bem melhor que o primeiro. Vamos esperar que melhore mais ainda no próximo. Espero acabar essa série, que já tem cinco livros publicados nos EUA, apaixonada. Os próximos capítulos dessa novela de amor e ódio você encontra aqui, no Inspirados. :)
Ah, nesse livro teve até uma quote que eu achei bem legal (porque me identifiquei. Acho que todo leitor se identifica):
- Sei que às vezes você finge que já fez coisas que só leu nos livros.
- Mas não é um fingimento total. Quando você lê um livro bom, meio que acaba fazendo as coisas sobre as quais leu.

Lançamentos de Novembro


Oi, gente! Esse mês está recheados de novidades no mundo literário. Selecionei alguns livros que podem entrar pra sua lista de presentes de natal. :)


DE CRIATIVIDADE

Eu me Chamo Antônio - Pedro Gabriel - Intrinseca

Eu me chamo Antônio é uma narrativa que transita por todas as fases de um relacionamento amoroso: com um estilo simples e acessível, mas nem sempre óbvio, o leitor acompanha os encontros e desencontros de Antônio. Percebe-se uma irreverência no tom de versos e trocadilhos como: “Invista nos amores à primeira vista”. Outras emoções são apresentadas de forma singela, quando há uma separação, por exemplo: “Você, distante, diz tanto sobre mim”. Enquanto a angústia, sentimento que faz parte da instabilidade de qualquer casal, também é citada no livro: “Na dança do amor: dor pra cá, dor pra lá”. Antônio é um personagem sensível e verossímil, talvez seja por isso que os leitores cultivem a dúvida sobre até onde vai a linha tênue que separa a realidade da ficção.

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Destrua Este Diário - Keri Smith - Intrínseca

Keri Smith, ilustradora e artista canadense, promete entreter o leitor de uma forma bem diferente e inusitada, sugerindo tarefas lúdicas que estimulam a criatividade e fogem do cotidiano convencional. As instruções do livro são simples e bem-humoradas, incluindo coisas como escrever uma palavra várias vezes, despejar café 
no livro ou calçá-lo como um tênis.

DE ROMANCE


Paixão Sem Limites - Abbi Glines - Arqueiro

Blaire Wynn não teve uma adolescência normal. Ela passou os últimos três anos cuidando da mãe doente. Após a sua morte, Blaire foi obrigada a vender a casa da família no Alabama para arcar com as despesas médicas. Agora, aos 19 anos, está sozinha e sem lugar para ficar. Então não tem outra escolha senão pedir ajuda ao pai que as abandonara. Ao chegar a Rosemary, na Flórida, ela se depara com uma mansão à beira-mar e um mundo de luxo completamente diferente do seu. Para piorar, o pai viajou com a nova esposa para Paris, deixando Blaire ali sozinha com o filho dela, que não parece nada satisfeito com a chegada da irmã postiça. Rush Finlay é filho da madrasta de Blaire com um famoso astro do rock. Ele tem 24 anos, é lindo, rico, charmoso e parece ter o mundo inteiro a seus pés. Extremamente sexy, orgulha-se de levar várias garotas para a cama e dispensá-las no dia seguinte. Blaire sabe que deve ficar longe dele, mas não consegue evitar a atração que sente, ainda mais quando ele começa a dar sinais de que sente a mesma coisa. Convivendo sob o mesmo teto, eles acabam se entregando a uma paixão proibida, sobre a qual não têm nenhum controle. Mas Rush guarda um segredo que Blaire não deve descobrir e que pode mudar para sempre as suas vidas.

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Album de Casamento - Nora Roberts - Arqueiro

Quando crianças, as amigas Parker, Emma, Laurel e Mac adoravam fazer casamentos de mentirinha no jardim. E elas pensavam em todos os detalhes. Depois de anos dessa brincadeira, não é de surpreender que tenham fundado a Votos, uma empresa de organização de casamentos bem-sucedida. Mas, apesar de planejar e tornar real o dia perfeito para tantos casais, nenhuma delas teve no amor a mesma sorte que tem nos negócios. Até agora. Com várias capas de revistas de noivas no currículo, a fotógrafa Mac é especialista em captar os momentos de pura felicidade, mesmo que nunca os tenha experimentado em sua vida. Por causa da separação dos pais e de seu difícil relacionamento com eles, Mac não leva muita fé no amor. Por isso não entende o frio na barriga que sente ao reencontrar Carter Maguire, um colega de escola com o qual nunca falara direito. Carter definitivamente não é o seu tipo. Professor de inglês apaixonado pelo que faz, ele cita Shakespeare e usa paletó de tweed. Por causa de uma antiga quedinha por Mac, fica atrapalhado na frente dela, sem saber bem como agir e o que falar. E mesmo assim ela não consegue resistir ao seu charme. Agora Carter está disposto a ganhar o coração de Mac e convencê-la de que ela é capaz de criar suas próprias lembranças felizes. 

DE FANTASIA

O Bater de Suas Asas - Paul Hoffman - Suma

O cenário da trilogia iniciada com a A mão esquerda de Deus é desolador. Habitado por meninos que foram levados para lá muito novos e geralmente contra a sua vontade, o Santuário dos Redentores é uma mistura de prisão, monastério e campo de treinamento militar. Lá, ilhares de garotos são submetidos a uma sádica preparação para lutar contra hereges que vivem nas redondezas. A intenção dos Lordes Opressores, os monges que protegem o lugar, é fortalecer os internos tanto física quanto emocionalmente, preparando-os para uma monstruosa guerra entre o bem e o mal.

Entre os jovens está Thomas Cale. Não se sabe ao certo se ele tem 14 ou 15 anos ou como foi parar ali. O que se sabe é que ele tem uma capacidade incomum de matar pessoas e organizar estratégias de combate. E que o seu treinamento militar brutal tinha um único propósito: destruir o maior erro de Deus, a humanidade. Desde que descobriu esta verdade, Cale é assombrado pelo homem que o transformou em Anjo da Morte: o Redentor Bosco

.Arrogante e inocente, generoso e impiedoso; o garoto é um paradoxo, temido e reverenciado por seus criadores. Sua força já foi usada para derrubar a civilização mais poderosa do mundo, mas agora está fraco. Sua alma está morrendo. Enquanto seu corpo é assolado por terríveis convulsões, Thomas Cale sabe que o Juízo Final não irá esperar por ele.

O desejo de vingança o guia de volta ao Santuário, para confrontar Bosco, alvo de todo o seu ódio. Em O bater de suas asas, Cale deve reconhecer que é a encarnação da ira de Deus e decidir se é hora de lançar mão de sua habilidade ímpar de destruição − o futuro da humanidade está em suas mãos.

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Teardrop - Lauren Kate - Record

Depois de perder a mãe em um acidente no mar, Eureka acha que nunca mais voltará a sorrir. E a promessa que fez à mãe – a de nunca mais chorar – se torna quase impossível... até conhecer Ander. Louro, alto e de pele muito branca, o rapaz parece estar em todos os lugares e saber coisas que não deveria sobre Eureka. Inclusive um estranho segredo relacionado às suas lágrimas e aos três artefatos que herdou da mãe: uma carta, uma pedra e um misterioso livro que conta a história de uma menina com o coração partido. Ela chorou tanto que deixou debaixo d´água um continente inteiro. Logo Eureka vai descobrir que a antiga lenda é mais que uma história, que Ander pode estar dizendo a verdade e que sua vida pode ter um curso mais sombrio do que ela imaginou. 

DE FICÇÃO

O Chamado do Cuco - Robert Galbraith - Rocco

Bonita e rica, Lula Landry tinha uma bem-sucedida carreira no mundo da moda quando despencou da sacada do apartamento onde morava em Mayfair, em Londres. Após uma breve investigação, a polícia concluiu que se tratava de suicídio, já que não havia mais ninguém no imóvel e o histórico médico da jovem incluía dependência de drogas na adolescência e um diagnóstico de transtorno bipolar.

Inconformado, John Bristow, irmão mais velho de Lula, toma a iniciativa de investigar o caso por conta própria. Para isso, recorre ao detetive particular Cormoran Strike, que havia sido amigo de infância de seu irmão Charlie, morto aos 9 anos em um acidente. O cliente vem em boa hora para o veterano de guerra Strike, que enfrenta problemas na vida pessoal e profissional: afundado em dívidas e sem saber como irá se sustentar, ele é forçado a morar no escritório depois do rompimento com a noiva Charlotte.

Pouco antes da chegada de Bristow, outra pessoa surge na vida de Strike. Trata-se de Robin Ellacott, uma jovem indicada por uma agência de serviços temporários para trabalhar como secretária. Esperta e curiosa, Robin vai aos poucos quebrando a resistência do novo chefe e se envolvendo na investigação, encontrando peças importantes que ajudam a montar o quebra-cabeça que representa a morte de Lula Landry.Envolvido em uma teia que mistura poder, traição, inveja e segredos sombrios, Strike coloca a vida em risco na busca pela verdade. Com um desfecho surpreendente, O chamado do Cuco mostra mais uma vez o talento de J.K. Rowling para criar personagens apaixonantes e tramas que prendem os leitores, deixando no ar a ansiedade pela próxima história.

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Novembro de 63 - Stephen King - Suma

A vida pode mudar num instante, e dar uma guinada extraordinária. É o que acontece com Jake Epping, um professor de inglês de uma cidade do Maine. Enquanto corrigia as redações dos seus alunos do supletivo, Jake se depara com um texto brutal e fascinante, escrito pelo faxineiro Harry Dunning. Cinquenta anos atrás, Harry sobreviveu à noite em que seu pai massacrou toda a família com uma marreta. Jake fica em choque... mas um segredo ainda mais bizarro surge quando Al, dono da lanchonete da cidade, recruta Jake para assumir a missão que se tornou sua obsessão: deter o assassinato de John Kennedy. Al mostra a Jake como isso pode ser possível: entrando por um portal na despensa da lanchonete, assim chegando ao ano de 1958, o tempo de Eisenhower e Elvis, carrões vermelhos, meias soquete e fumaça de cigarro. 

Após interferir no massacre da família Dunning, Jake inicia uma nova vida na calorosa cidadezinha de Jodie, no Texas. Mas todas as curvas dessa estrada levam ao solitário e problemático Lee Harvey Oswald. O curso da história está prestes a ser desviado... com consequências 

Espero que gostem das dicas :)

[Resenha] Belo Desastre - Jamie McGuire



Pense em um cenário de faculdade, mas daquelas faculdades americanas mesmo: dormitórios, todo tipo de pessoa misturada, atletas, festas e mais festas. Agora adiciona um lutador de boxe que todos admiram e conhecem. Sabe aqueles caras populares das comédias românticas que você cansou de assistir na sessão da tarde? Esse é Travis Maddox. Forte, campeão invencível nas lutas que acontecem, clandestinamente, nos porões da faculdade, Travis é conhecido por cada pessoa do campus, e venerado por todas elas. Os caras o admiram, as meninas querem dormir com ele. Só que não, ele não é um vagabundo que só quer saber de farrear na faculdade. Ele faz isso, claro. Mas ele cursa Direito Penal e participa das lutas para pagar as contas. 
Do outro lado, temos Abby Abernathy. Imagina aquela menina estudiosa, certinha, que não curte ir à festas, que usa cardigãs e que não tem nada de popular. Essa é Abby. Ela só tem dois amigos, e adivinha só? Sua melhor amiga, America, namora Shepley, que não é nada menos que o primo e colega de apartamento de Travis. Um dia America convida Abby a ir a uma das lutas. E é lá que Travis e Abby se conhecem. A luta acaba, Abby está com o cardigã que usava manchado de sangue do oponente , e perdedor, de Travis. Ele, de primeira, começa a chamar a garota de beija-flor. Só que seus encantos de conquistador não funcionam com ela, então ele começa a vê-la como um desafio a ser vencido. Mas Abby não está disposta a se envolver com ele de nenhuma outra maneira que não seja só amizade.


Só que, por favor né, gente, Travis nunca que ia desistir tão fácil assim. Ele está acostumado a ser um vencedor, afinal. Ele acaba fazendo uma aposta com ela e, como ela perde, Abby tem que passar um mês vivendo no apartamento de Shepley e Travis. Adivinha só: o único lugar disponível pra ela dormir é na cama de Travis. Só que ele meio que não vai sair de lá, então eles tem que dormir juntos como se ela não estivesse gostando. E é nessa época que a amizade deles vai crescendo. Só que Abby conhece um cara, Parker, daquele tipo riquinho mimado que frequenta fraternidades e só usa blusa de gola polo, sabe? Imagina como o Travis vai adorar a presença de um intrometido que fica disputando seu tempo com Abby.


Eu sei que pode parecer bem bobinho, vendo dessa maneira, mas é aí que o talento de Jamie McGuire entra. Ela consegue mostrar todos os lados de uma vida como a deles. Ela não puxa para o lado fútil ou para o lado drámatico: ela consegue contar a história como se eles fossem, simplesmente, humanos. Erram, consertam, tem seus defeitos e suas qualidades. O melhor de tudo é a forma como Travis e Abby conseguem equilibrar suas personalidades, seus medos e suas vontades, na tentativa de fazer com que o que eles dois tem funcione, seja só amizade, seja algo a mais. Além disso, a história aborda outras coisas, algumas relacionadas ao passado dos personagens, algumas relacionadas ao presente mesmo. É realmente legal ver como os dois evoluem no que diz respeito aos próprios medos, e como eles conseguem fazer com que duas pessoas diferentes consigam se relacionar tão bem. É um romance muito, muito bom, que se encaixa bem no gênero Young Adult e que não é tão hot quanto parece, tá? É uma ótima pedida para quem estiver querendo uma boa história de amor e um pouquinho de ansiedade crônica. :)

p.s.: esqueci as fotos, então tive que tirar com o tablet... prometo que na próxima serão todas lindas! 

[Resenha] As Vantagens de Ser Invisível - Stephen Chbosky


Essa é uma das histórias que me fizeram ficar feliz por investir meu tempo e dinheiro. Nesse livro, conhecemos Charlie, um adolescente solitário que escreve cartas para um amigo que ninguém sabe quem é, onde narra o que acontece em sua vida. Ele não tem grandes emoções na sua rotina, nem grandes amigos. Na verdade, sem amigo nenhum. Charlie mais observa que participa, e por isso suas cartas conseguem ser recheadas de detalhes, mesmo que ele não estivesse sempre envolvido no que narra.

As coisas mudam. E os amigos partem. E a vida não para para ninguém.



No fim das contas, Charlie vive sob uma grande tristeza, causada, em parte, pela falta de compreensão de quem o rodeia. Sua tia mais querida morreu, seu melhor amigo se matou, sua irmã não tem muito tempo pra lidar com ele, uma vez que está cheia de problemas e seus pais o tratam com um nível de cautela muito grande, como se ele pudesse se quebrar a qualquer momento. Tudo isso muda quando Bill, Sam e Patrick entram em sua vida
Eu acho que todo mundo é especial à sua própria maneira.

 .
Bill é professor de Charlie, e sempre o incentiva a ler: uma forma de conhecer novos mundos. Ele percebe que Charlie precisa de uma forma de escape, e proporciona a ele boas histórias para preencher seus dias, sem que ele precise, de fato, deixar de viver a vida que leva. Já Sam e Patrick são os responsáveis por dar a Charlie os dias memoráveis que alguém tão sensível quanto ele merece. É assim que Charlie conhece a vida de um adolescente normal: festas, amizades, muitas experiências novas e o amor. Em sua inocência, e apesar dela, Charlie acaba começando a ver o mundo por uma outra ótica.

A gente aceita o amor que a gente acha que merece. 


Durante a narrativa do livro, que é toda em forma de cartas para esse amigo que nunca é identificado, podemos perceber os estados de espírito de Charlie. É tudo uma grande transcrição de seus pensamentos. Quando eles está confuso, isso é transcrito para frases que nem sempre tem conexão umas com as outras, por exemplo. É lindo ver como ele cresce e desabrocha conforme a história vai avançando. A narrativa passa a ser mais fluída, os acontecimentos ficam mais claros e a alegria se vê refletida nas páginas.

Porque não há problema em sentir as coisas. E ser quem você é.


Tudo isso graças a Patrick e Sam, dois amigos sensacionais, daqueles que te dá vontade de voltar a ser adolescente só pra poder ter amigos assim, tão espontâneos. Claro que nem sempre o que eles fazem segue as regras, mas é isso que faz com que a amizade deles com Charlie seja tão boa. Eles sabem ser amigos genuínos, e sabem como aceitar as diferenças. Por isso, acompanhar um ano da vida de Charlie se mostra uma experiência maravilhosa.

É estranho, porque às vezes eu leio um livro e acho que sou a pessoa do livro.

Em uma época tão cheia de novas experiências e dúvidas na vida de qualquer um, ver pelo que o Charlie passa e como ele tenta superar seus traumas é uma lição de vida. Entender porque ele parece estar em um estado de tristeza e desconcertamento permanente é algo que só acontece no fim do livro. E te choca. E te arranca lágrimas. É um daqueles livros que te contam uma história, sem pretensão nenhuma de mudar a sua vida, mas que mesmo assim te faz pensar. 

Então, eu acho que somos o que somos por várias razões. E talvez nunca conheçamos a maior parte delas. Mas mesmo assim temos o poder de escolher quem vamos ser, ainda podemos escolher onde iremos a partir daqui. Ainda podemos fazer as coisas. E ainda podemos tentar ficar bem com elas.

[ESPECIAL] Entrevista com Colleen Houck

Boom dia Inspirados! Hoje eu estou animada, e é por isso que resolvi antecipar essa surpresinha aqui para vocês. Colleen Houck, autora da saga 'A Maldição do Tigre' que venho resenhando para vocês, carinhosamente cedeu uma mega entrevista aqui para nós. E eu, curiosa do jeito que sou, cutuquei  e cutuquei até arrancar o melhor da Colleen! Então vocês ficarão sabendo agora em primeira mão curiosidades sobre nossa querida autora, até mesmo de sua vida pessoal! Não é o máximo? Então bora! Lembrando que essa entrevista foi realizada por mim há um tempinho atrás. Então algumas coisas podem ter sofrido mudanças. Semana que vem eu volto com 'A Viagem do Tigre'! Beijinhos!





O Drunk Questiona - Colleen Houck

 Eu estou muito feliz por você ter aceitado falar comigo. Eu amo A Maldição do Tigre, e é maravilhoso trazer uma entrevista com você para seus muitos fãs brasileiros. Então Colleen, a primeira coisa que eu preciso saber é: Como você imaginou (criou) essa historia? Como você imaginou Kelsey e Ren? (Quem inspirou você para criar Kelsey e Ren?)

Colleen: Eu quis uma história como ‘A Bela e A Fera’ e então eu escolhi um tigre branco para viver a minha fera, e isso acabou me levando para a Índia e a deusa Durga.  A historia começou dai.  Um dos meus favoritos programas de TV se chamavaMoonlighting e eu me apaixonei por dois personagens que estavam desesperadamente apaixonados mas discutiam um com o outro constantemente. A tensão romântica chegou a um ponto tão alto que toda semana eu o assistia para ver o que aconteceria a seguir. O sobrenome de Kelsey, Hayes, é o mesmo da personagem do programa.

 A série ‘A Maldição do Tigre’ tem fãs ao redor do mundo inteiro e eu acho que todos eles estão curiosos sobre o futuro de Kelsey e Ren. É possível Kelsey ficar dividida entre Kishan e Ren? Kishan foi criado por essa razão? Para fazer ele se apaixonar por Kelsey, deixando-a confusa?

Colleen: Eu acho que Kelsey ama de verdade Kishan e acredito que ela poderia ser feliz com outro homem, se não Ren.  No entanto, a conexão dela com Ren é óbvia.  É muito difícil manter a tensão romântica viva através de quatro grandes livros então eu tive que começar com diferentes barreiras. Tendo dois maravilhosos românticos rivais é fácil manter a tensão das cenas.

 Eu tenho lido que você escreveu ‘A Maldição do Tigre’ depois de ler a Saga Crepúsculo. Isso é verdade? Então seria possível comparar Kelsey com Bella Swan? Qual é a sua opinião sobre o mundo criado por Stephanie Meyer?

Colleen: Sim. Eu li os primeiros três livros da Saga Crepúsculo e então eu me encontrei esperando por sete longos meses pelo último livro.  Os livros da saga mexeram comigo emocionalmente e quando eu li sobre a autora e vi que ela era uma ‘dona de casa’ que só pegou um dia qualquer e começou a escrever, eu pensei que talvez devesse tentar também. Eu quis criar algo que as pessoas quisessem ler de novo e de novo como a Saga Crepúsculo foi para mim.

Você pode sugerir algumas músicas para escutarmos enquanto estivermos lendo ‘A Maldição do Tigre’?

Colleen: Sim. Eu tenho uma playlist para cada livro. Elas estão no meu sitewww.tigerscursebook.com, você pode encontrá-las nos ‘extras’.

 O que você acha dos seus fãs brasileiros? Você vira para o Brasil esse ano, para deixar-nos felizes? Isso está nos seus planos?

Colleen: Eu adoraria ir para o Brasil! Escreva para a minha editora brasileira ‘Editora Sextante’ para ver se eles irão me convidar.

Quantos livros a série terá ao todo? E qual é o seu favorito até agora?

Colleen: Serão cinco livros, ao todo.  TIGER’S DESTINY está terminado e eu irei publicá-lo nos Estados Unidos em setembro de 2012.  TIGER’S DREAM será o ultimo livro e eu ainda não comecei a escrevê-lo.

O que seu marido acha da série ‘A Maldição do Tigre’? Ele ajuda você?

Colleen: Ele é um grande fã dos livros e ajuda editando todos os meus capítulos. Ele foi a primeira pessoa que leu quando eu estava escrevendo e como ele ama escrever poesias, me ofereceu algumas sugestões.

Quem é o seu ator favorito? Você o considera como ídolo nesse mundo literário? Você aprendeu algo com ele?

Colleen: Eu estou começando a conhecer alguns dos meus autores favoritos esse ano. Orson Scott Card escreve fantasia/ficção cientifica e ele é uma grande inspiração para mim e eu também conheci Cristopher Paolini quem escreveu a série ERAGON. Ele é maravilhoso e nós conversamos sobre espadas e dragões. Eu aprendi muito com todos os autores dos quais li e acredito que tem algo especial para ser encontrado em cada livro que eu pegar.

Você escreveu algo antes de ‘A Maldição do Tigre’? O quê?

Colleen: Eu escrevi dois livros infantis sobre meu cachorro. Eu nunca considerei publicá-los, mas foi divertido escrevê-los.

Se você não fosse uma escritora, o que acha que estaria fazendo agora?

Colleen: Ainda gostaria de ser uma intérprete. Eu amo trabalhar com pessoas surdas e a principio queria ensinar crianças surdas.

Foi difícil para você criar um mundo novo e exótico nessa já renomada literatura sobrenatural; repleta de vampires, lobisomens, fantasmas, anjos...?

Colleen: Tem muitos livros com vampiros, lobisomens, etc. Eu os adoro mas queria algo um pouco diferente. Eu acho que meus livros são mais ‘mitológicos’ que paranormais mas eu estou em ótima companhia. Acho que a ‘formação’ do mundo é a parte que eu mais gosto. Imaginar um exótico e misterioso reino é só o inicio para a criação de um mundo real mais excitante.

 Tem alguém na sua família que ama escrever, assim como você?

Colleen: A minha família inteira ama ler.  Algumas de minhas sobrinhas decidiram que irão começar a escrever e meu irmão caçula diz isso também. Eu acho que o mais importante para se tornar um autor é gostar de ler.

Você poder dar algum conselho para alguém que quer escrever e publicar um livro?

Colleen: Sim.  Ler. Ler. Ler. Aprender sobre os contadores de histórias e os mecanismos da escrita.  Eu acho que é mais fácil aprender as técnicas do que aprender a ser criativo. Além disso se você deseja escrever, você deve escrever. Escrever nunca é perda de tempo. É terapêutico e um ótimo exercício para explorar a criatividade.

 Bem, estou triste agora. A entrevista está chegando ao fim, mas antes de terminarmos, você pode deixar um recado para nossos leitores? Deixe-nos uma mensagem, nós adoraríamos!

Colleen: Eu realmente amo os meus leitores. Eu acho que tenho os melhores fãs de todo o mundo.  Meus fãs foram quem me ajudaram a conseguir um agente e um acordo de publicação. O fato de eu ter fãs ao redor do mundo inteiro é tão maravilhoso e humilhante. Eu espero que vocês gostem da jornada do tigre!


Não reproduza sem os créditos.

[Resenha] A Elite - Kiera Cass



  
Essa é a continuação de A Seleção, que eu resenhei semana passada, aqui no Inspirados. Nesse livro, seis meninas que continuam no Palácio começa a conviver mais com o dia a dia da realeza. Para isso, elas acabam convivendo ainda mais com a Rainha, que acaba se mostrando uma pessoa doce e que deve mesmo ser um exemplo a seguir. Além disso, as meninas começam a se familiarizar com os deveres de uma princesa. Como o grupo teve uma redução significativa em seu número, indo de 35 para 6 garotas, elas também passam a ter mais tempo com o Príncipe Maxon. E por mais que América goste disso, ela acaba demonstrando um certo nível de ciúmes também, afinal de contas, ela sempre teve a atenção do Príncipe quando assim o quisesse.


( as lombadas da Companhia das Letras e de seus selos editoriais são diferentes das demais editoras aqui no Brasil, o que faz com que o livro pareça estar de cabeça pra baixo quando deitado :D )
Os ataques dos rebeldes acabam se intensificando. E não são dos sulistas, os rebeldes considerados pacíficos; os nortistas que estão atacando o Palácio e são eles que destroem tudo e ameaçam a vida das garotas, da família real e de todos os empregados do palácio. Só que esses rebeldes estão atacando o Palácio à procura de alguma coisa específica que ninguém descobriu ainda o que é.
No decorrer da história, acabamos conhecendo um pouco melhor os personagens, e nos deparando com facetas de suas personalidades que ainda não tinham sido apresentadas. Às vezes, no meio da história, eu via alguma coisa que não gostava e pensava: "mas quanta infantilidade! Parece que eles são adolescentes bobos!". O que demorava pra acontecer era cair a ficha de que eles realmente eram adolescentes, e por isso as atitudes deles eram meio bobas de vez em quando. Todo mundo comete erros, e nessa idade em que estamos tentando, com afinco, descobrir quem somos, acabamos ficando mais vulneráveis a cometer algumas bobeiras no caminho. Ainda mais quando esse tipo de descoberta vem acompanhada de responsabilidades tão grandes quanto às de Maxon.  

O príncipe, em sua maior parte, continua o mesmo cavalheiro de sempre. Algumas coisas mudam, como por exemplo, a forma como ele se sente sobre outras garotas que não América. Convenhamos: América recusa tanto o amor de Maxon que eu nem sei porque ele se mantém tão firme em seus sentimentos. Só pode ser amor, mesmo. Descobrimos também, ao longo da história, um lado sombrio da vida de Maxon, que acaba rendendo uma das cenas mais tocantes do livro. Aspen aparece, novamente, mas tão pouco que a gente mal sabe alguma coisa sobre ele. Mas isso também não era de se esperar, uma vez que ele é um guarda real e a história não é sobre ele. Pouco importa, vamos ser sinceros, se ele tem se divertido no tempo de folga dele. O que importa é que ele continua tentando reconquistar o coração de América e que ele é, sim, um cara legal. Ele pode não ser legal que nem o Maxon, mas é legal também. :)
E por falar em América, é bom ressaltar que eu quis, sim, dar uns tapas nela durante esse livro. Tinha hora que ela era tão, mas tão mesquinha, pensando só no que ela achava e sem pesar as consequências de seus atos, que eu queria mesmo era que ela acabasse voltando pra casa, porque ela estava sendo uma pessoa bem inconveniente. Mas isso não acontece no livro todo, relaxe. Na outra parte do tempo ela se mantém dividida entre seu primeiro amor e a atual paixonite. E começa a perceber, também, que sua balança emocional pesa mais para um lado que o outro. E isso acaba assuntando-a, como acontece com todo mundo que acaba se descobrindo apaixonado.
 Além de tudo isso, alguns personagens tomam a conta, pelo menos por algumas cenas, da história. Tem tanta fofoca, surpresa e intriga naquele palácio que as meninas parecem estar competindo em uma novela mexicana. É lindo de ver, gente. Para finalizar, a história acaba com uma situação um pouco improvável, e com uma posição da América quanto a possível vida no castelo bem diferente da que já tínhamos, o que realmente me fez enlouquecer só de pensar que A Escolhida, volume final da trilogia de Kiera Cass, sai só em abril do ano que vem :(

Uma coisa que eu acho que todos estão esperando é que as questões políticas sejam mais abordadas no próximo livro. A relação povo x realeza deveria mesmo ser mais abordada, porque é o pano de fundo da história. Sem contar que seria realmente bom ter algumas respostas sobre porque Illéa se tornou o país que é atualmente, e porque foi necessário deixar o povo nas sombras da ignorância tantos anos atrás. E, é claro, todo mundo espera que Kiera faça o favor de fazer América decidir entre um dos dois mocinhos. Ansiedade? Imagina!

[RESENHA] O Resgate do Tigre - Colleen Houck

Booa Tarde! Voltamos com a resenha do segundo livro de uma série que cá entre nós, é maravilhosa... Antes de deixar vocês lerem a mesma, queria compartilhar um pensamento de reflexão que extraí da própria obra; Existe um ditado no Tibete que diz: " A Tragédia deve ser utilizada como fonte de força." - O monge levou um dedo à têmpora. - Em vez de se perguntar por que isso aconteceu, talvez você devesse pensar porque isso aconteceu com você. Lembre- se de que não conseguir o que se quer às vezes é um maravilhoso golpe de sorte. (Pág. 222) Tenham sempre isso em mente!






O Resgate do Tigre – Colleen Houck


Sinopse: Kelsey Hayes nunca imaginou que seus 18 anos lhe reservassem experiências tão loucas. Além de lutar contra macacos d’água imortais e se embrenhar pelas selvas indianas, ela se apaixonou por Ren, um príncipe indiano amaldiçoado que já viveu 300 anos.
Agora que ameaças terríveis obrigam Kelsey a encarar uma nova busca – dessa vez com Kishan, o irmão bad boy de Ren -, a dupla improvável começa a questionar seu destino. A vida de Ren está por um fio, assim como a verdade no coração de Kelsey.


Resenha por Kate: Após ter partido da Índia, e abandonar Ren em busca de uma vida normal e menos complicada – desfecho de A Maldição do Tigre – reencontramos Kelsey em um momento doloroso e de puro arrependimento. A principio sua narrativa deixa claro o quanto ela se arrepende por ter abandonado o homem que amava, mas Kelsey se defende de suas próprias lamurias, usando a desculpa de que não era boa o bastante para um príncipe indiano como Ren e em suas tentativas por esquecê-lo se enfia em casos amorosos confusos com três rapazes de sua faculdade – de luxo, assim como sua casa e carro, mimos providenciados por Ren- ; Jason, Li e um nerd maluco chamado Artie.



“... _ Você falou sobre me dar escolhas. Eu já fiz a minha, mas você ainda não fez a sua.
_ Ren, isso é loucura! Do que você está falando?
_ Saia com Li ou Jason ou com quem mais você quiser e prometo que não vou interferir. Mas também mereço uma chance. Quero que você saia comigo também.
_ Você não entendeu como isso funciona, Ren. Não posso ficar saindo com três ou quatro homens para sempre. O objetivo desses encontros, ou melhor, do namoro, é a pessoa acabar ficando exclusivamente com alguém com quem se identifica.
Ele sacudiu a cabeça.
_ Você namora para encontrar a pessoa que você ama, Kelsey.” Pág. 72



Porém mesmo cursando a faculdade dos sonhos, morando em uma casa só sua e vivendo a vida que sempre quis; Kelsey se sente incompleta. E consegue encontrar defeitos em todos os seus pretendentes e paqueras, até mesmo no doce Li. Porque na verdade, o maior defeito deles era ‘não ser Ren’.
Mas a história toma um rumo totalmente novo quando Ren e Kishan resolvem ir atrás de sua heroína.



“ _ O que você vai me obrigar a fazer?
_ Você vai envolver meu pescoço com os braços e depois passá-los pelas alças superiores da mochila.
_ Está bem, mas não tente nada engraçado. Eu sinto muitas cócegas.
Kishan levantou  meus braços, que envolveram seu pescoço, e me içou do chão, deixando seu rosto muito perto do meu. Ele ergueu uma sobrancelha.
_ Se eu tentasse alguma coisa, juro a você que não seria para arrancar uma risada.” Pág. 293



O Resgate do Tigre é fantástico e fico impressionada não só pela trama em si, mas com a capacidade que a nossa querida autora Colleen Houck tem de ‘mudar o cenário’ com tanta facilidade, criatividade e bom humor. Digo isso porque, quando os irmãos chegam, a atmosfera do livro muda por completo, de uma melancolia aguda para a diversão. É como se estivéssemos sempre ‘trocando de canal’ e isso deu um diferencial incrível ao segundo livro da série. Acompanhamos momentos maravilhosos de amizade e rivalidade entre os três protagonistas e quando a aventura realmente começa, com apenas Kelsey e Kishan na jogada fica claro; O sucesso de O Resgate do Tigre é iminente!



“_ Não sou o tipo de homem que reprime os sentimentos, Kells. Não fico sentado no quarto me consumindo de tristeza, escrevendo poemas de amor. Não sou um sonhador. Sou um lutador. Sou um homem de ação e vou precisar de todo o meu autocontrole para não lutar por isso. Quando é preciso fazer alguma coisa, eu faço. Quando sinto alguma coisa, eu tomo uma atitude. Não vejo nenhum motivo para que Ren mereça ter a garota dos seus sonhos e eu não. Não me parece justo isso acontecer comigo duas vezes.” Pág. 358



As cenas de ação só melhoram ao passar das páginas, e não é mais aquela coisa tão presa á ‘Indiana Jones’ como muitos disseram sobre A Maldição do Tigre. E o relacionamento que se desenvolve entre Kelsey e Kishan nessa aventura, é quente e para falar a verdade me deixou bem confusa. Quanto á capa, diagramação e revisão; maravilhosos. A verdade é que me faltam bons adjetivos para descrever esta obra literária. A primeira capa foi a minha favorita, mas por conta de eu ser Team Ren. Vocês provavelmente ficaram babando na segunda, estou certa? Qual foi a sua capa favorita?
Com um desfecho arrebatador, O Resgate do Tigre com certeza me deixou querendo mais. E você? O que está esperando para embarcar nessa aventura?


[Resenha] A Seleção - Kiera Cass


Hoje eu vim falar de uma das minhas maiores paixões atuais: o primeiro livro da trilogia distópica de Kiera Cass, A Seleção. Pensa no seu mundo lindo, com democracia e liberdade. Pensou? Pois é. Agora você imagina seu mundo destruído e reconstruído. Adiciona a monarquia liderando o país, o sistema de castas sendo empregado no povo e uma suposta paz. É nesse cenário que os livros de Kiera se passam.
(ânimo da Letícia em tirar fotos)
Mas Illéa, o país monárquico em que os personagens de A Seleção vivem, não é perfeito. Com um sistema de castas que acaba causando pobreza generalizada para as castas menos favorecidas, onde os livros de história foram banidos a mando do Rei, e onde a tecnologia parece nunca ter chegado, de fato fica difícil acreditar que todo o povo seja feliz. Com a população divida em oito castas, sendo as três primeiras as únicas com uma vida decente, a mudança de status social se torna praticamente impossível. Até mesmo as profissões são determinadas pela casta em que a pessoa nasceu, e não por seus talentos ou escolhas pessoais. As únicas maneiras de mudar de vida - e de casta - são: conseguir muito dinheiro e "comprar" a mudança ou, no caso das mulheres, se casando com alguém de uma casta superior. Em qualquer outra situação, as pessoas estão fadadas a seguir o que sua casta lhe proporciona. E por isso, como é de se esperar de qualquer sociedade regida por regras tão rígidas, existem alguns grupos de rebeldes que não aceitam tal situação.
Uma das tradições de Illéa é que, quando o príncipe herdeiro atinge a idade de 19 anos, ele deve encontrar uma esposa. E essa esposa deve vir do povo, para mostrar que a realeza e o povo andam de mãos dadas. Por isso, é criada A Seleção: uma escolha de 35 jovens entre todas as meninas inscritas, que deverão se mudar para o palácio e lá conquistar o coração do jovem príncipe. E é aqui que América Singer entra. 

América, artista da casta Cinco, definitivamente não quer ser a nova princesa de seu país. Ela está apaixonada por seu namorado, Aspen, e não tem planos de mudar seus sentimentos. Só que ela e Aspen namoram escondidos, uma vez que o rapaz é da casta Seis, e seus pais nunca permitiriam que sua filha tivesse uma vida ainda pior do que a que já levava. 
Só que, quando as inscrições para A Seleção começam, Aspen incentiva América a se inscrever. E, logo depois, ele termina com ela, porque sabe que nunca vai conseguir dar uma vida digna à América, porque mal consegue sustentar sua família. E, para espanto de todos, América acaba sendo uma das 35 garotas selecionadas para a competição, que é televisionada para todo o país, como uma espécie de Reality Show.

América, com seu coração partido por Aspen, aceita entrar na competição. Mas ela não entra em busca da coroa: América aceita entrar na competição pois assim sua família acabaria recebendo dinheiro enquanto ela estivesse no palácio real.
A história se passa quase toda entre as paredes do palácio. América, que em um primeiro momento mal suporta a ideia de ter que aturar Maxon, o Príncipe Herdeiro, por achar que ele era um tolo mimado, acaba tendo sua opinião mudada durante a estadia no lar da realeza. Por não ter a mínima intenção de conquistar o príncipe, América se mantém sincera e age na presença de Maxon como agiria em qualquer outro lugar, com qualquer outra pessoa. E isso era uma coisa que ele nunca teve o luxo de possuir. Assim, aos poucos, eles acabam criando uma relação de afeto e carinho. Só que não para por aí no caso dos sentimentos do Príncipe.
Por ser uma personagem forte, América se destaca durante a história. E, como em todo lugar, ela se depara com pessoas boas, como Marlee, e com pessoas odiosas, como Celeste. Percebemos a dificuldade de América de se adaptar à vida luxuosa no palácio, e de como ela tenta manter sua essência e tenta não se deixar afetar pelo que acontece à  sua volta. Maxon é outro personagem extremamente cativante. E minha paixão atual. Ele se apaixona pela única menina no castelo que não quer ser sua, mas mesmo assim não deixa o cavalheirismo de lado, e aproveita ao lado dela todos os momentos que pode compartilhar. Não existe príncipe mais fofo que ele, gente.  
A parte política, que fala do mundo distópico que Kiera cria para ambientar sua história não é muito desenvolvida, mas isso não chega a ser um empecilho para a compreensão do que acontece ao redor dos personagens. Outro detalhe da história é que, de fato, vai existir um triângulo amoroso. Não me perguntem como, mas Maxon <3 América que <3 Aspen, que ama América, que se sente levemente atraída por Maxon vai realmente acontecer. É uma ótima opção para quem gosta de contos de fadas, de distopias e de romances fofos (que nem eu :D ).
P.s.: O Blogger acaba tirando a formatação do post, não entendo porque, mas Pedro e eu estamos procurando uma solução :)
P.s.2: Minha irmã, Leticia, foi coagida convidada a participar das fotos e aceitou fofamente, então: grazie mille, sweet!
 
Base feita por Adália Sá | Editado por Luara Cardoso | Não retire os créditos