[Resenha] Querida Sue, de Jessica Brockmole




Querido leitor,
Preciso dizer que, para mim, esse  provavelmente vai ser um dos livros mais difíceis de resenhar. Quando eu o peguei para ler, não sabia muito sobre a história: sabia que se passaria na guerra, sabia que seria um romance. Nem de perto imaginaria que seria um livro que eu gostaria tanto e que me apaixonaria em tão pouco tempo. Bastaram dez páginas para eu saber que seria um dos melhores livros que eu tinha lido. E quando terminei, só pude agradecer mentalmente à autora por ter colocado no papel essa história tão linda, e por ter compartilhado isso com o mundo.

Para começar, você precisa saber que o livro é inteirinho narrado por meio de cartas. E que ele se passa em duas épocas diferentes: 1912 e 1940. Na história de 1912, temos um jovem universitário que escreve para uma poetiza depois de ter lido um de seus livros. Na de 1940 temos uma filha que se corresponde com a mãe no período da segunda guerra mundial.                

David estava hospitalizado quando leu o livro de Elspeth pela primeira vez. Sem ter muito o que fazer na enfermaria, decidiu escrever para a autora dos poemas que mais o marcaram até então. Mal sabia ele que aquela carta mudaria o rumo de sua vida a partir dali. Elspeth morava em uma pequena ilha escocesa e seus dias eram repletos de momentos campestres, entre as montanhas e suas cabras. Quando recebeu uma carta de um fã, americano ainda por cima, ela nem conseguiu acreditar. Respondeu seu leitor tão logo pode. Assim, David e Elspeth começaram a se corresponder sempre, e essa correspondência continua por cinco anos. E que privilégio ver crescer a relação desses dois! Cada carta chegada faz com que nós, meros espectadores, fiquemos ainda mais curiosos com o rumo que o relacionamento deles dois vai tomar.     

E, preciso confessar, querido leitor, que nem sempre foi simples, para esses dois, manter as correspondências. Em um mês, que era o tempo entre uma carta em outra, eles descobriam pequenas coisas um do outro, mas em suas vidas coisas grandiosas aconteciam. Porque, enquanto nas cartas eles estão, pouco a pouco, conhecendo um ao outro, em suas vidas reais tudo continuava na velocidade normal. Elspeth continua casada, e seu marido continua no front. David continua noivo, e ainda tenta encontrar o que, de fato, o faz feliz. E eles compartilhavam um com o outro cada um desses momentos. Mas, chega uma hora em que eles precisam assumir que, no fundo, eles não são só dois amigos à distância. Mesmo separados, seus sentimentos um pelo outro cresceram mais do que parecia ser possível. E, depois de mais de dois anos e muitos acontecimentos, eles finalmente precisam assumir que a paixão é maior do que a distância entre seus continentes.      


Enquanto isso conhecemos também Margareth, uma jovem que vive no período da II Guerra Mundial. Seu trabalho é levar pequenas crianças para o interior, para longe da guerra. E, enquanto seus dias passam, ela se corresponde com sua mãe e procura notícias de seu melhor amigo - e amado - que está lutando na guerra. Por meio de cartas, ela fala com sua mãe, e conta tudo que está acontecendo em sua vida. E sua mãe lhe dá conselhos e lhe diz o que acontece em sua cidade. E por meio de cartas com seu amor, ela conta a ele - e a nós, leitores - seus medos e inseguranças, seus sonhos e suas paixões. E é nessas cartas à Paul que descobrimos que Margareth não conhece seu pai, e que essa lacuna em sua vida nunca é preenchida por sua mãe.
E, um dia, descobrimos que a mãe de Margareth é Elspeth, e que Elspeth nunca chegou a superar seu amor com David.                



Nesse ponto, sinto que não posso mais falar sobre essas histórias de amor. Só posso dizer que, a cada carta trocada entre os personagens, a vontade cresce. E a necessidade de saber o que vai acontecer também aumenta. E, se para os personagens há uma certa urgência de saber como será seus futuros, para o leitor essa urgência vem em forma de ansiedade, e é impossível não querer ser um pouco mais rápido para descobrir o que vem a seguir - se é uma carta de Elspeth e David, enquanto eles eram jovens, ou se é uma carta de Margareth e Paul, onde ela lhe conta o que vem descobrindo da juventude de sua mãe. Mas, com certeza, a vontade de ir mais rápido é paradoxalmente a mesma de se ler mais lentamente, para aproveitar aquelas cartas que, assim que começamos o livro, sabemos que são um número finito. Cada momento das cartas dos personagens passa a ser nosso também. E é preciso ler o livro para compartilhar esse sentimento.

Termino essa carta pedindo a você que, se estiver precisando ler algo que lhe faça acreditar que o amor ainda é o melhor remédio, e que amar - o que se faz, ou a outra pessoa - é o melhor incentivo para continuarmos, então leia Querida Sue. E me escreva de volta dizendo o que achou.  

De uma leitora satisfeita e feliz,   
           
Larissa.



[Resenhas] Mar de Rosas, de Nora Roberts


     Esse é o segundo livro da série Quarteto de Noivas, onde poderemos ver a história de Emma, a florista romântica e doce da empresa de casamentos Votos. Emma tem uma base familiar construída com muito amor, e seus pais são o exemplo de relacionamento que ela queria ter. Mas ela não se dá tão bem com os homens. Pelo menos nunca encontrou um cara que a fizesse se sentir realmente bem. Na verdade, Emma é ótima para juntar casais. Só não consegue fazer isso com si mesma. 

     E, para melhorar, ela tem estado secretamente apaixonada por Jack há tantos anos que não se sabe se ela realmente gostaria de estar com alguém que não fosse ele. Mas Jack é um grande amigo de Del, irmão de sua melhor amiga, e é praticamente da família. Pelo menos era assim que ela pensava até reencontrar com ele e perceber que nem sempre pode conter seus sentimentos.

     Eles acabam entrando em um relacionamento mas, ao mesmo tempo que se dão muito bem por já se conhecerem há mais de uma década, eles acabam pisando em ovos justamente por serem amigos há tanto tempo e ficarem com medo de estragarem as coisas um com o outro e, principalmente, com todos os amigos envolvidos. E, além disso, ainda existe mais um problema: enquanto Jack reluta em se apaixonar e se deixar levar pelo amor, Emma acaba se apaixonando ainda mais por ele. Encontrar um meio termo entre suas diretrizes de vida vai ser essencial para que eles possam realmente estar um com o outro.

     Esse é um livro da Nora, e mesmo em seu pior livro Nora sabe como prender o leitor. Não tem como não se apaixonar por seus personagens, porque eles são sempre muito bem construídos; pessoas fortes, com temperamentos e personalidades bem estabelecidos que não são alteradas de repente, e que sempre sabem o que querem, mas ainda assim se propoem a mudar se isso for necessário para encontrar o amor. E nesse livro não é diferente.
     Além de termos Emma e Jack, a descoberta de um novo lado do seu relacionamento de tantos anos, os tropeços e os acertos, também temos o lado emocional afetado para todos os outros personagens. Porque eles são todos uma família, e quando um se machuca, todos sofrem. Ainda mais por se tratar de Emma, a romântica incurável do quarteto de amigas dessa série de livros.

"Sabia exatamente que tipo de amor queria, um amor que se infiltra nos ossos, se enraíza no coração e floresce no corpo. Queria um amor que durasse para sempre."

      Enquanto Emma sabe o que quer e pretende conseguir, que é um amor que se mantenha por muitos anos e esteja com ela em todos os momentos, Jack é um cara que nunca considerou ter um grande amor. E quando o encontra em Emma, ele não sabe como lidar com o sentimento. Não só porque nunca pensou em sentir algo assim, mas porque nunca quis sentir algo assim. Eles são o oposto um do outro: Emma é uma flor delicada, Jack é um bruto. Mas ainda assim eles tentam fazer dar certo.

     É ainda melhor poder continuar acompanhando a vida dessas quatro amigas. Umka das melhores características de livros da Nora é que seus personagens são todos muito reais, com fraquezas e qualidades, mas são todos muito honestos e sabem valorizar o amor que lhes é dado. E Laurel, Parker, Emma e Mac sabem valorizar o que tem juntas. Mal posso esperar para ler os próximos livros da série (até pq o próximo é de Laurel e Del, e POR FAVOR, alguém lança esse livro AGORA!)


[Resenha] O Começo de Tudo, de Robin Scheneider



Sabe aquele modelo típico de garoto popular americano? Atleta, bonito, namorando uma menina popular e futuro rei do baile? Esse era Ezra Faulkner. Ele vivia uma vida americana tão típica, mas tão típica, que foi em uma festa daquelas em que os pais do dono da casa viajam e aí ele abre para todo o ensino médio, com direito à bebidas e tudo o mais que sua vida mudou. Bem depois de pegar sua namorada perfeita chifrando ele. Mas é aqui que o estereótipo acaba. Porque, cansado da atitude das pessoas e irritado, Ezra vai embora da festa. E é atingido por um carro que ultrapassou o sinal vermelho.

Ezra fratura o pulso e o joelho, e por isso tudo que ele sabia da vida se torna impossível. Seus planos eram todos baseados em sua capacidade de jogar tênis. Ele iria pra faculdade com uma bolsa de estudos de atletas, ele tinha suas matérias na escola escolhidas de acordo com os dias de treinos. Agora, ele teria que usar uma bengala e fazer fisioterapia, mas nunca mais pisaria em uma quadra de tênis. E ainda teria que lidar com o bullying na sua escola.

Nenhum dos seus amigos se preocupou em visitá-lo no hospital, nem depois. Na verdade, nenhum dos seus amigos se preocupou em ficar ao seu lado no acidente; todos preferiram correr com medo da polícia e deixa-lo, sozinho, esmagado dentro de um carro, pelo socorro. Então, o retorno à vida escolar seria duplamente doloroso: ele não sabe onde se encaixar, porque seus amigos não eram seus amigos, e porque teria que enfrentar o olhar de pena e repulsa de todos à sua volta. 



Só que, na vida, sempre existem pessoas incríveis, e é uma dessas pessoas que faz com que o primeiro dia de volta às aulas - e, bem, todos os seguintes - se tornarem aceitáveis e, depois de algum tempo, maravilhosos. Toby, seu melhor amigo de infância, com quem não falava há anos, puxa assunto com ele e torna seu primeiro dia muito melhor. E a partir dali ele pelo menos tem alguém com quem estar nos intervalos. 


Toby e Ezra eram melhores amigos daqueles que fazem tudo junto, até os doze anos de idade. Só que, no aniversário de 12 anos de Tobby, quando eles foram comemorar na Disney, as coisas começaram a mudar. Porque Ezra acredita que, na vida de todo mundo, existe um desastre que muda tudo pra sempre. O seu foi o acidente de carro. O de Toby foi o passeio macabro que tiveram na montanha russa naquele dia. E então seus caminhos começaram a se distanciar; eles deixaram de ser os melhores amigos para se tornarem o atleta popular e o nerd. Só que, alguns anos depois, é na turma nerd que Ezra vai acabar se encontrando. 


E é por causa de Toby e seu grupo de amigos nerds que Ezra conhece Cassidy, uma menina diferente de todas as outras da escola. além de misteriosa e de ter uma vida bem livre, conhecendo lugares exóticos e citando autores clássicos, Cassidy também é muito calada no que se diz de sua vida particular. Sempre se esquiva de perguntas pessoais e nunca fala demais sobre o que fez até ali. E, mesmo que Toby avise para não fazer, Ezra se apaixona por ela. Só que as coisas não chegam nem perto de ser tão simples assim.


A Cassidy é o tipo de alma livre que todos queriam, nem que por um momento da vida, ser. E se as pessoas não gostam dela, bem, isso não a afeta, porque ela não é quem é pra agradar os outros, sabe? E ela mostra ao Ezra como uma pessoa não precisa se encaixar em padrões para ser quem é. E que, às vezes, a gente pensa que quer alguma coisa, mas só porque ainda não conheceu alguma coisa melhor. Mas Cassidy não foi a única à ajudar Ezra a encontrar quem ele era de verdade. Toby mostra à Ezra que amizade é muito mais do que um grupo de pessoas com quem se almoça todos os dias. A forma como Toby leva a sua vida, sendo feliz mesmo que as outras pessoas não considerem que ele seja o mais legal, ou o mais popular, faz com que Ezra perceba, finalmente, que existe um mundo inteiro além do alcance dos olhos dele, sabe? Que pensar em um quadro maior ajuda a entender uma cena isolada. 


Os personagens são cativantes, de verdade. Gente inteligente sempre cativa, né? E os amigos que Ezra finalmente tem são pessoas inteligentes, espertas e muito divertidas. O livro é cheio de tiradas geniais, de reflexões simples que fazem a gente repensar a vida e de citações à obras que amamos tipo Harry Potter. Porque, no fundo, O Começo de Tudo quer mostrar que você pode ser qualquer pessoa, se você entender que aquilo tem que ser o bastante para você, e não para os outros. E é muito mais complexo, profundo, divertido e apaixonante que o que eu descrevi aqui. Porque o que acontece entre os eventos é o que faz com que eu não quisesse fechar o livro quando cheguei à última página. E o final, muito mais real que a sinopse - e essa resenha - possam chegar a ser, faz com que a gente tenha vontade de entrar no livro e virar parte da história. 


[Lançamentos] - Editora Arqueiro!


E mais uma vez a Editora Arqueiro nos encanta com seus lançamentos. Se bem que a palavra certa aqui seria "assombra". Sim, o lançamento escrito por Sarah Lotz traz uma história com suspense e uma promessa de terror que mereceu até o "joinha" do renomado Stephen King. Claro que eu vou ler! Lançamento dia 22 de maio, galera!



Os Três é um livro maravilhoso, uma mistura de Michael Crichton com Shirley Jackson. Muito instigante, impossível parar de ler.” – STEPHEN KING

Quinta-Feira Negra. O dia que nunca será esquecido. O dia em que quatro aviões caem, quase no mesmo instante, em quatro pontos diferentes do mundo.Há apenas quatro sobreviventes. Três são crianças. Elas emergem dos destroços aparentemente ilesas, mas sofreram uma transformação.A quarta pessoa é Pamela May Donald, que só vive tempo suficiente para deixar um alerta em seu celular:Eles estão aqui.O menino. O menino, vigiem o menino, vigiem as pessoas mortas, ah, meu Deus, elas são tantas... Estão vindo me pegar agora. Vamos todos embora logo. Todos nós. Pastor Len, avise a eles que o menino, não é para ele...Essa mensagem irá mudar completamente o mundo.



Tenham uma ótima leitura! Fiquem na Paz!

[Resenha] Esta é Uma História de Amor, de Jessica Thompson

Essa é uma história de amor, literalmente. É a história de Sienna e Nick. É a história de como eles se conheceram e de como, por cinco anos, eles foram os melhores amigos um do outro. Porque sim, essa também é uma história sobre amizade, sobre medo de perder e sobre novas chances.

Sienna é uma pessoa extremamente romântica. Com 20 anos, ela é uma pessoa sonhadora e muito ativa, sempre pensando em mil coisas, sempre imaginando como seria sua vida com a pessoa certa ao seu lado.
Nick tem 27 anos, e está passando por uma série de mudanças - tanto em sua vida como em sua maneira de ver a mesma. Sua namorada acaba de trocá-lo por um de seus amigos e, como se isso não bastasse, eles trabalham no mesmo lugar. E além disso ele também está em um certo nível de crise por estar com quase trinta e sentir que ainda não encontrou, pelo menos não completamente, seu lugar no mundo.



Até que um dia, no metrô, Sienna esbarra com um homem que chama sua atenção - por ser adoravél e por ser parecido com um dos seus atores preferidos, Jake Gyllenhaal. Mas, como todo interesse que acontece em um transporte público, esse acabou assim que a estação de Sienna chegou. Mas mal esperava ela reencontrá-lo no lugar mais improvavél. O cara do metrô era o seu superior na empresa que ela acabara de entrar.

Nick estava voltando para o trabalho depois de uma viagem de duas semanas. No caminho, ele acaba prestando atenção em uma mulher muito interessante no mesmo vagão que o seu. Sem querer parecer estranho, ele para de encarar a encantadora estranha que estava sentada um pouco mais à frente. E, nesse momento, ele acaba a perdendo de vista. Podia parecer estranho, mas ele sentiu uma conexão com aquela desconhecida como parecia nunca ter sentido com ninguém. Sem ter outra opção além de seguir seu caminho, já que não vira aonde ela fora, Nick passa o resto do tempo a pensar em como seria diferente se ele tivesse ido falar com ela. Só que o destino parece agir, e quando ele não imaginava, a garota misteriosa aparece em sua frente. Ela era a nova funcionária da empresa.



A primeira coisa em que Nick conseguiu pensar era em como ele devia ter irritado alguém lá de cima, porque ele tinha acabado de descobrir que a pessoa por quem ele se interessara ser uma colega de trabalho. E sua última experiência mostrou que se relacionar com colegas de trabalho não era uma boa ideia. E Sienna não sabia como agir ao descobrir que o homem do metrô era Nick, uma das mentes criativas da empresa em que trabalhava.

Mas isso se resolve muito rapidamente, porque eles dois são obrigados, a princípio, a manter as relações em um nível profissional. Mas, conforme se conhecem, eles acabam percebendo que o que acontece entre eles é muito mais especial que aquilo. E, sem querer perder o que tem, os dois optam por manter tudo nos níveis de amizade. Mesmo que ambos estejam apaixonados um pelo outro.

Ah, bendita zona da amizade.


O livro mostra toda a evolução do relacionamento dos dois. Mostra os momentos de dúvida e de certeza, os momentos em que eles são inseparáveis e os momentos em que eles constroem muros ao redor de si mesmos. Mostra também como os dois sofrem por não se declararem um para o outro, mas ao mesmo tempo se confortam na ideia de que estar por perto do outro era melhor que ser excluído completamente daquela rotina. E mostra também como, depois de um tempo, de se conhecerem melhor que qualquer outra pessoa, de ter uma rotina baseada em pequenos momentos de diversão compartilhados só por eles, porque ninguém de fora conseguiria entender a graça, eles percebem que precisam arriscar e mostrar para o outro que eles podem ser felizes juntos. Juntos de verdade.

Os capítulos são intercalados, um na visão de Sienna e um na de Nick, dando ao leitor não só os dois pontoos de vista da história, mas também uma compreensão melhor do que eles sentiam e do porque de eles tomarem certas atitudes. Além deles dois, outros personagens do livro são muito importantes e fazem com que o leitor se apaixone ainda mais pelo livro. Acho que, na vida, todo mundo passa por algum tipo de zona de amizade, onde tudo é incerto e onde a gente não sabe muito bem como agir. Será que se declarar e correr o risco de perder um amigo tão próximo vale a pena? Será que a outra pessoa sente o mesmo? Essas perguntas já passaram por nossas mentes pelo menos uma vez na vida. Sienna e Nick passaram por isso também. Mas para saber como isso acabou, meu querido leitor, você precisa ler o livro. :)

[Série] Gotham... Será?


Alô, amigos Insirados?

      Quando soube que uma série giraria em torno do universo Batman (DC Comics), ainda que num período pré-homem-morcego, estava pisando em ovos. Relaxem, não sou fanboy nem vou bancar o poser aqui, mesmo porque se tem algo que eu não sou é fã de carteirinha do cavaleiro das trevas. Mas, convenhamos, é no mínimo arriscado demais criar um roteiro em um universo assim que ganhe o público sem perder a credibilidade com uma horda de fãs ofendidos. 
      A série vai acompanhar o policial Gordon quando ainda não era Comissário, quando ainda não havia Batman e quando nenhum justiceiro mascarado combatia o crime na terrível Gotham. O ator Ben McKenzie ("Southland," "The O.C.") irá estrelar como James Gordon e, ao longo da série, o jovem Bruce Wayne terá algumas aparições - ainda que como criança - além de outros ícones das histórias em quadrinhos, como Pamela (Hera Venenosa) e Selina (Mulher-Gato).
      Do roteirista e produtor executivo Bruno Heller ("The Mentalist" e "Rome"), Gotham promete trazer aos expectadores uma perspectiva diferente: a origem do vigilante da noite e dos seus inimigos, além de nos dar a chance de conhecermos quem foi o Comissário Gordon antes de comandar a polícia da cidade corrupta. 



      Eu espero, sinceramente, que a série não decepcione. Particularmente não gostei muito do elenco, e o roteiro tem uma trama muito frágil, não sei quantas temporadas eles vão conseguir manter com essa proposta, mas não quero agourar e, pra falar a verdade, estou apenas me certificando de começar a assistir à série sem nenhuma expectativa. Vamos torcer para que dê tudo certo, e que Ben Mcenzie se saia melhor do que eu esperava.    


[Lançamento] - Espinho de Prata, de Raymond E. Feist!


Alô, amigos Inspirados!

      Para os apaixonados por lit-fan, aqui vai uma new da boa! A Editora Arqueiro lança agora, no dia 7 de maio, o livro O Espinho de Prata, terceiro volume da saga Mago, e promete trazer mais um pouco da jornada vivida por Pug e Tomas, dois amigos que cruzaram seus destinos com forças incríveis de outro mundo. Numa ambientação medieval e um cheirinho de estábulo e vinho envelhecido, Raymond E. Feist promete nos transportar novamente para Midkemia e esse extraordinário mundo ficcional com dragões, elfos e anões. O clichê da lit-fan nunca foi tão lindo quanto em Mago! Aguardem!


      Espinho de Prata é a promessa desse mês, e eu não vejo a hora de começar a ler! E aí, curioso? =)

Resenha do livro Aprendiz - volume 1
Resenha do livro Mestre - volume 2

Fiquem na Paz!

[Lançamento] Se Eu Ficar, lançamento de Agosto!




Alô, amigos Inspirados!

      Se você conhece o livro If I Stay (Se eu Ficar), de Gayle Forman, então você vai comemorar também quando souber que, em agosto, a Novo Conceito irá lançar o livro! Aproveitando a proximidade da estreia do filme homônimo nos cinemas, originado da mesma história, vamos conhecer de perto a jovem Mia que tem sua vida mudada após um acidente de carro. Um livro sobre descobertas e um lindo romance inserido na história, isso não é coisa que você deva perder, hein? 




     Pequena curiosidade: a protagonista será interpretada por Chloë Grace Moretz (Carrie em Carrie, A Estrenha, Hit-Girl em Kick-Ass,   Isabelle em A Invenção de Hugo Cabret).

     Se eu Ficar foi lançado pela Rocco, e agora recebe o selo fresquinho da Novo Conceito. A partir de agosto você já pode correr para as bancas e conferir o livro. Enquanto isso, que tal o trailer do filme, só pra dar aquela aguçada na vontade de ler? (Enquanto isso, vamos ficar torcendo para lançarem Were She Went, da mesma autora, aqui no Brasil \o)
Capa da edição americana
Tenham uma ótima leitura! Fiquem na Paz!

[Resenha] - Um Heroi Para Ela, de Lu Piras



      Sabe o que é legal? Quando você se surpreende com uma leitura. Lu Piras fez o favor de escrever uma obra assim, que foge do convencional sem, no entanto, perder a essência de romance para as apaixonadas de plantão (e por que não os apaixonados também?). É com um pouco desse amor sonhador, ela é capaz de inspirar as pessoas a buscarem esse sentimento nos lugares mais improváveis. 



Título: Um Herói Para Ela
Autora: Lu Piras
Editora: Novo Conceito
334 páginas - 2014

     Bianca Villaverde era uma jovem complicada como qualquer outra que só queria se apaixonar. Carioca, advogada por obrigação e amante da escrita, tinha o grande sonho de ser roteirista. Infelizmente era um desejo ofuscado pela falta de oportunidades no Brasil e, principalmente, pela insegurança e auto-confiança quase nula de Bianca. Foi por isso que seus pais, numa última manobra que exigiria todas as esperanças da família, decidiram fazer algo por ela: inscrevem-na num curso de roteiro em Nova York. 
      E assim Bianca pegou o voo para a cidade que nunca dorme. Mal sabia ela que aprenderia a escrever a própria história. 

"... Bianca baixou o vidro, deixando o vento desarrumar seus cabelos. O ar frio incomodava, mas ela precisava sentir a liberdade."
Página 46

      O ponto de partida de sua aventura é a promessa de uma amizade nada comum. Bianca acaba indo morar com duas garotas: Monica (a paulista) e Natalya (a russa com um gênio muito difícil). E, posso garantir, elas não seriam melhores-amigas-acima-de-tudo. Pelo menos não até passar por algumas situações que colocariam a prova essa amizade tão imatura. Mas é claro que nossa protagonista nunca iria ser completa sem o seu herói (ou seria o anti-heroi?). No curso de roteiro, ela conhece o jovem Paul, aparentava ser tão gentil quanto rico, além de famoso o suficiente para abrir as portas em Hollywood. Por outro lado, Bianca acabou conhecendo o jovem Salvatore, garçom de um bar italiano no Bronx. Para uma garota que, ao final de cada relacionamento, sentia-se cada vez mais solitária, aquela parecia ser sua chance de encontrar um amor que só se vê nos cinemas. 

"Ela nunca deixara de ser só. E o tempo, assim como ela, se consumia em sua própria essência e eficiência. Ele, rápido e cada vez mais rápido. Ela, sozinha e cada vez mais sozinha."
Página 73

     A obra escrita por Lu Piras vai te enganar. No começo, a leitura pode te levar a pensar que é mais um romance água com açúcar (o que não implicaria ser um problema, se assim fosse). Mas não é. Pelo menos não ao longo da leitura. Vamos imaginar que nessa água com açúcar ela tenha decidido jogar limão só pra deixar a trama mais agridoce. E foi exatamente essa mudança que me deixou cada vez mais curioso.
      Bianca acaba se envolvendo com muita gente perturbada, desde a péssima experiência de um quase abuso em uma boate, até o confronto de uma máfia e a possibilidade de não sair inteira daquela situação. Se por um lado a autora nos apresentou uma garota prestes a quebrar no início do livro, por outro ela conduziu a protagonista disposta a crescer e com uma resistência que nem ela imaginava possuir. Não só isso como - fazendo jus ao título - ela enfrentou a dúvida de quem era o homem que por duas vezes aparecera para salvar sua pele.
      É claro que ela encontra o amor da sua vida no final. Mas não podemos deixar de perceber que todos os seus pretendentes a enganaram. O grande diferencial foi qual o mentiroso digno do coração da nossa jovem protagonista em busca de uma história para ser escrita (isso não é spoiler, porque não é nem metade do que o livro promete!).
      Através de referências ao musical O Fantasma da Ópera e à músicas como as de Renato Russo, Lu Piras deu para a obra uma cara de romance contemporâneo mesclado da idealização de amor que vimos nos clássicos. E, o que mais me chamou a atenção, ainda teve muito espaço para ação. Ação de verdade, do tipo tiros e fuga! 

      E, como já deu pra perceber, Lu tem uma queda pela música em todos os aspectos, por isso nada mais justo do que finalizar o post com uma boa música que, na minha opinião, tem cara de Um Heroi Pra Ela. Não um heroi de capa vermelha. Seria mais o tipo que sangra e comete erros todo o tempo.


      Boa leitura! Fiquem na Paz!      
 
Base feita por Adália Sá | Editado por Luara Cardoso | Não retire os créditos