[Leio, logo resenho...] - Orgulho e Preconceito sob a ótica de Marina Carvalho

Alô, amigos Inspirados!

     É com imenso prazer e que eu estreio a coluna "Leio, logo resenho", uma coluna mensal onde nossos autores vão contar a sua própria visão dos livros preferidos. Afinal de contas, quem escreve também lê e, quem lê, resenha! Quem vai falar hoje é a escritora Marina Carvalho, e... Bem, é melhor deixar que ela escreva, afinal, ela faz isso como ninguém! O espaço é todo seu, Marina!

Olá, leitores do blog Inspirados. Eu sou a Marina Carvalho, autora de “Simplesmente Ana” e “Ela é uma fera!”, livros publicados pela editora Novo Conceito. Ao receber o convite do Pedro para escrever uma resenha sobre meu livro favorito escrito pelo autor que mais aprecio, topei na hora, porque achei a ideia muito bacana. Depois fiquei pensando. E agora? Afinal, gosto de tanto escritor e de tantas obras que chega a ser injustiça escolher um e uma. Mas, ao analisar com a imparcialidade que o curso de jornalismo me ensinou a ter, concluí que eu poderia, sim, escolher, mediante o número de vezes que li “Orgulho e Preconceito”, da Jane Austen. Se ser dona de três edições da história – uma em inglês, só para constar – não mostra o quanto aprecio o livro, não sei que outro medidor poderia usar. J

Levando esse detalhe em consideração, emperrei em outra questão: como escrever sobre uma obra que eu tanto adoro sem ser muito melosa e piegas? Foi aí que me veio à cabeça uma solução: decidi traçar um paralelo entre “Orgulho e Preconceito” e “Senhora”, de José de Alencar. Por quê? Bom, deixem a resenha falar por si só.


O que uma obra de José de Alencar e outra de Jane Austen podem ter em comum? Para mim, Senhora e Orgulho e Preconceito têm tudo. Ambas são ambientadas no final do século XIX, descrevem a sociedade da época — burguesa, esnobe —, ainda que de locais bem diferentes: Rio de Janeiro e Inglaterra.

O núcleo das tramas circula em torno de um casal que passa boa parte da história trocando farpas e se odiando mutuamente. E o dinheiro — o excesso e a falta — acaba sendo o fio que, ao mesmo tempo, separa e une os personagens.

Jane Austen, por ser uma mulher à frente do seu tempo, emprestou à Lizzy Bennet um temperamento atípico para as moças daquele século. Ela é uma heroína ao avesso das mocinhas de outras histórias românticas, pois não vive a suspirar pelo príncipe encantado, não se preocupa com as aparências, é extremamente altruísta, sem falar da língua ferina, que não poupa ninguém, nem mesmo a insuportável, mas megarrespeitada, Lady Catherine.

Já José de Alencar, apesar de ser homem, conseguiu criar uma Aurélia Camargo muito particular em suas características e deu voz a uma personagem feminina de uma maneira não muito comum para 1875. Aurélia é teimosa — como Lizzy—, independente — idem—, voluntariosa — idem, idem (rs), e até inconsequente às vezes (mais idens).

Duas mulheres separadas por um oceano e duas culturas distintas, mas próximas nas atitudes e temperamentos.

Para mim, não existe cena melhor do que o choque de Fernando Seixas ao lhe ser revelada a verdade sobre o seu casamento com Aurélia. Assim como acontece com o irresistível Mr. Darcy, quando Lizzy recusa, na lata, o seu apaixonado pedido de casamento (corajosa ela, não?).

Aliás, muito da qualidade das duas obras se deve aos protagonistas masculinos de ambas: Fernando, charmoso, culto, mas um tanto sem personalidade (embora haja uma boa justificativa para isso — vou defendê-lo - rs); Mr. Darcy. Ah, Mr. Darcy! Prefiro nem comentar. Só digo que ainda está para nascer um "mocinho" como ele na literatura.

Bom, é isso. Dá para gostar de livros clássicos. É só se desarmar e deixar a história fluir. Brasileiros ou não, os clássicos não deixam nada a desejar se comparados com os livros atuais. É claro que tem a questão do vocabulário mais erudito, mas isso um bom persistente tira de letra.


Recomendo a leitura dos dois. E dou cinco estrelinhas para cada! Até porque as duas obras encabeçam minha lista de livros favoritos de todos os tempos.








Marina Carvalho é professora, jornalista e mãe. Passa os dias diante de um objeto plano e retangular, seja o quadro negro da escola onde trabalha ou a tela do computador. Escrever é uma de suas maiores alegrias. Sempre foi uma ávida leitora. Está sempre com um livro debaixo do braço e outro na cabeceira da cama: eles são seus companheiros de todas as horas. Quando criança devorava as revistinhas da Turma da Mônica. Formou-se em Jornalismo pela PUC-Minas e exerceu o cargo de assessora de comunicação. Hoje é professora de Língua Portuguesa e Literatura, não à toa, já que morre de amores pelas palavras. "Simplesmente Ana" é seu livro de estreia.




Dois Anos de Blog Inspirados!

Alô, amigos Inspirados!


     Mês de outubro é mês de soprar as velinhas! O Blog Inspirados vai fazer dois anos e, mesmo que muitos dos projetos que eu planejei ao longo desse ano para o blog não tenham dado certo, o Inspirados se manteve de pé, me dando alegria e recebendo com carinho os leitores que vinham visitar esse espaço.
     E é por isso que, essa semana, teremos alguns posts especiais a essa data - sim, amigos, novidades, promoções! Agora estamos com uma equipe muito bacana - além dos meus posts, como vocês já puderam perceber, temos as colunistas Larissa, Tullia, Jenny e Kate, ajudando a manter a qualidade do blog sempre a melhor possível! 

Vamos aos especiais dessa semana? =)

     1) Promoção Dois Anos de Blog Inspirados

    Essa semana teremos promo, galera! Por isso, se sua estante tá magrinha e pedindo por livros, hora de encher a pança. Isso aí é pra manter o clichê "o aniversário é nosso, mas quem ganha é você" sempre vivo! Aguardem!

     2) Leio, logo resenho... - NOVIDADE!

    Iniciamos, a partir dessa semana, a nova coluna que funciona assim: os escritores - nossos escritores nacionais! - fazem uma resenha de um livro que goste muito. Todo mês teremos a participação de um escritor ou uma escritora. É isso aí, hora de conhecermos mais um pouco de nossos autores e, se você tem sugestão, diz pra mim qual escritor brasuca você gostaria de ver aqui, resenhando uma história da hora!



     3)Viajando Pelas Páginas - Despedindo-se com estilo!
    Pois é, moçada! Começar alguma coisa significa que muitas terminam também. Por isso, com uma mescla de orgulho e saudade, eu digo que o último post da coluna Viajando Pelas Páginas - maestralmente feita pela Tullia - chega ao fim! Mas não se preocupem, ela não vai deixar o nosso blog assim tão fácil. Estou torcendo para podermos vê-la por aqui em breve! Por isso, não deixem de prestigiar o incrível trabalho que essa incrível colunista tem feito no blog durante mais de um ano!




4)Resenha comemorativa Novo Conceito

Para comemorar e celebrar o aniversário, a resenha de Paperboy será dedicada à NC, que tem sido uma grande parceira ao blog desde a nossa fundação. Com mais 30 títulos da editora resenhados aqui no Inspirados, nada mais justo do que uma excelente obra para aumentarmos esse número! Aguardem!




Obrigado!
Sim, porque afinal pra existir o Inspirados, tem que ter inspiração, e nós somos a fonte dela. Vocês são a fonte dela!

Fiquem na Paz!


[Resenha] Métrica - Colleen Hoover

Métrica é um daqueles livros que você lê de uma vez só e se apaixona antes mesmo de chegar à última página. Sabe paixão à primeira vista? Então, foi exatamente isso que aconteceu comigo quando li esse livro. Acabei me rendendo à narrativa, o que vai acontecer com você também. É impossível não se apaixonar por um história que sabe ser comovente do começo ao final.

E essa história tem como personagem principal Layken, uma adolescente que vê sua vida mudar de cabeça para baixo depois da morte de seu pai. O livro é narrado em primeira pessoa pela personagem, que está de mudança para o Michigan com sua mãe, Júlia, e seu irmão mais novo, Kel. Ela vê a vida que sempre conheceu ficar para trás, junto com seus amigos, quando sua mãe declara que eles não podem arcar com as despesas de viver no Texas agora que o pai dela não está mais lá para sustentá-los.  



E é no Michigan que ela conhece Will *suspiros* <3. Ele é seu vizinho e, assim que Lake chega com sua família, ele os visita com seu irmão mais novo, Calder, que se torna amigo de Kel em questão de segundos. E é com Will que ela vai conhecer um novo mundo e começar a aceitar a sua mudança. Will apresenta a Layken um mundo onde as palavras tem poder, e onde ela aprende a se expressar por meio dessas palavras cheias de sentimentos. 


Layken é obrigada a amadurecer mais rápido do que deveria, mas encontra em Will um apoio para esse momento. Will tem uma história de vida dramática e altruísta, e cada vez que você conhece mais sobre ele, mais você se encanta. Vale a pena comentar sobre a amizade entre Kel e Calder, os irmãos mais novos de Will e Lake. Eles são tão fofos juntos, e tem uma amizade tão linda! Chega a dar saudade dessa época da nossa vida, onde as preocupações ficam bem mais distantes do dia a dia do que quando crescemos.


A mãe de Lake, Julia, é um ótimo exemplo de mãe. Em uma época como a que Lake está passando - fim da adolescência, morte do pai, mudança de vida - ela sabe como lidar com a filha, e faz com que o relacionamento das duas funcione. Eddie, que se torna melhor amiga de Lake em Michigan, é outra personagem que cativa o leitor. Com uma história de vida difícil, ela é um exemplo de otimismo, e vai te arrancar boas lágrimas.

É um livro cheio de personagens fortes, e com eles você aprende a correr atrás do que você ama. Se tem uma mensagem que fica bem clara na história é que o tempo passa rápido, e você não sabe quando vai partir. É saber superar as perdas, e aprender a viver da melhor forma possível, mesmo quando isso parece improvável. Lições são dadas com cada personagem, e é um livro para se emocionar. É romance, fraternidade e amor transbordando em todas as páginas.
 

E, além de tudo isso, somos apresentados a duas coisas maravilhosas: a Métrica (Slam, em inglês) e aos Avett Brothers. Métrica é, além da medida de um poema, a cadência que a voz da pessoa toma ao ler um poema. É o modo como ela enfatiza, suaviza e até mesmo usa seu corpo ao ler e interpretar um poema. É à essa técnica que Will apresenta Lake nas páginas desse livro. E Avett Brothers é uma banda SENSACIONAL que a autora ama. Colleen colocou um trecho de uma música deles em cada início de capitulo. É MUITO amor para um livro só, gente. Um dos meus preferidos na vida. Aqui em baixo você pode ouvir uma das músicas de Avett Brothers:


Espero que gostem!
Beijos <3

[Inspirações clássicas] O Corvo

Boa noite, inspirados!

Hoje, abrimos o post com um vídeo. Abram alas para Vincent, o primeiro stop motion da Disney e do Tim Burton. O curto data de 1982 e foi gravado como teste - se desse certo, os estúdios Walt Disney começariam a usar a técnica stop motion (é uma animação feita usando modelos físicos - objetos, bonecos - que são movidos quadro a quadro pra gerar a animação ao fim). Conta a história de um garotinho chamado Vincent, que quer ser o Vincent Price - e, que graça, o curta é narrado pelo próprio!


Bom, a ambientação sombria do curta nos traz diretamente ao pai do horror - Edgar Allan Poe (que, inclusive, é o autor favorito do Vincent. E, olha, é um dos meus também!). O conto sobre o qual iremos falar hoje é dele. Aposto que todo mundo já ouviu falar de O Corvo, famoso poema de Poe... Bom, apresento a vocês agora a versão prosa dessa obra famosa.



Título: O Corvo
Autor: Edgar Allan Poe

"...e além do circuito desta sombra, a minha alma não poderá elevar-se nunca mais!"



Edgar Allan Poe é o pai da literatura macabra, misteriosa, policial. Americano, nascido em 1849, Poe fez parte do movimento romântico estadunidense. Também atuou como crítico literário e editor (além de poeta e autor). Poe teve uma vida conturbada - podemos ver isso em suas obras ou comprovar pela sua morte, aos quarenta, causada por uma espécie de delírio. As obras de Poe são marcadas pelo sombrio.

O Corvo, que foi originalmente publicado em 29 de janeiro de 1845, começa na hora lúgubre da noite - meia noite. Vemos um estudante caído sobre os livros, meio adormecido, envolto em torpor causado pela morte de Leonor, sua amada.

Em meio a devaneios, ouve uma batida. Julga ser alguma visita tardia; levanta-se, desculpa-se pela demora, abre a porta... E nada vê. Estremece, achando que era o espírito de Leonor, e volta a fechar a porta. A batida soa novamente. Ele abre a janela e um corvo entra, com pompa sem igual, e vai postar-se num busto de Pallas (ou Atenas, se assim preferirem) que o estudante tinha em seu quarto.

Gozando de sua própria melancolia, o estudante dirige-se ao corvo, perguntando-lhe o nome. Surpreende-se quando ouve uma resposta: "nunca mais". (Parêntese: gente, corvos 'falam'. Assim como papagaios, são capazes de repetição, quando ensinados.) Conversou mais com o pássaro, acomodando-se próximo a ele, sempre tendo a mesma resposta. Então, começa a torturar-se, a dor da perda correndo em suas veias, perguntando ao pássaro coisas que jamais voltariam a acontecer. E sempre tinha a mesma resposta: "nunca mais".

Poe trabalha bem a agonia e a dor do personagem, e conseguimos senti-la correr por nossa mente enquanto lemos o conto. Se alguém se interessar, eu disponibilizei esse também, bem aqui. Pequeno, duas páginas, só, e tão envolvente que as palavras escorrem e rapidamente e leitura acaba.

Edgar Allan Poe realmente vale a pena, galera. Recomendadíssimo!

É isso. Até a próxima!

Jenny.

[Resenha] Como Eu Era Antes de Você - Jojo Moyes



Olá, gente! 
Hoje eu vim falar de um dos livros que eu mais gostei de ler esse ano: Como Eu Era Antes de Você , de Jojo Moyes. Já aviso que é romance, é drama e é divertido, e que, se esse não for o seu gênero, você deve escolher outra leitura :) Foi um daqueles livros que eu li e dos quais me lembro com carinho desde então.
Nesse livro, conhecemos Louisa Clark, que tem 26 anos, um trabalho que não gosta muito em uma cafeteria, um namorado com quem está há sete anos e morando com os pais, a irmã, o sobrinho e o avô, que sofrera um AVC. E ela não tinha nenhuma pretensão de mudar de vida. Sabe quando uma pessoa se acomoda em uma situação que nem gosta tanto simplesmente porque ali é sua zona de conforto? Então, essa é a nossa Louisa. Só que, um dia, o café em que ela trabalhava fechas as portas e Louisa, que era a maior fonte de renda da família, fica desempregada. Sem nenhuma recomendação para colocar em seu currículo, Lou acaba se vendo obrigada a aceitar o único emprego que não pede nenhuma experiência - e que oferece um bom salário: cuidar de um tetraplégico por um período de seis meses. 


E é aí que conhecemos Will Traynor. Ele, um advogado bem sucedido que utilizava cada hora vaga que tinha viajando para diversos lugares aventureiros, praticando esportes radicais ou ficando com sua namorada, agora se encontrava entrevado em uma cadeira de rodas, depois de sofrer um acidente. E o cara divertido, amante da vida e simpático que ele foi morreu junto com os movimentos de seu corpo, dois anos atrás. Agora, Will é um cara mal-humorado, infeliz e muito, muito amargo. E ele tenta arrastar quem está ao seu redor para esse cenário, porque não faz questão de ser sutil em sua infelicidade. E é justamente esse Will que Louisa conhece e precisa aprender a cuidar.

A sorte de Louisa é que Will tem um enfermeiro, Nathan, e esse já está acostumado com seus humores. Assim, aos poucos, Louisa vai conseguindo mudar um pouco o comportamento de Will. Com a convivência, os dois aprendem a lidar um com outro e acabam se tornando amigos. Will aprende a ver um lado um pouco melhor da vida, Louisa aprende a deixar de ser tão conformada.
Camilla, mãe de Will, pede que Louisa continue mostrando à Will o lado bom da vida que ele ainda tem. Assim, Louisa e Will se veem em diversas situações fora do comum para eles, e ambos aprendem a um pouco mais sobre um lado da vida que ainda não conheciam, juntos.




O namorado de Louisa não entende seu emprego, não aceita as mudanças que aos poucos Lou vai incorporando para sua própria vida. E olha que ele está longe de ser um namorado exemplar. Ele não faz a menor questão de apoiar Lou, mas Louisa encontra em Will a força que precisava para mudar sua vida. E, ao contrário de Lou, que pouco conhece, Will já sabe muito bem tudo que a vida tem de bom a oferecer. Por isso, ele ajuda Lou a conhecer cada uma dessas coisas, mesmo que ele saiba que nunca mais vai poder experimentá-las.



Nessa história, Jojo Moyes nos mostra que amadurecer nem sempre é fácil. Com doses certas de humor e drama, ela nos mostra que sair da nossa zona de conforto para buscar o que queremos nunca é fácil, mas vale a pena. É uma história sobre as mudanças que, inevitavelmente, vão acontecer nas nossas vidas, e sobre as marcas que elas deixam em nós. E, acima de tudo, é um livro que nos faz refletir sobre o que fazemos com essas marcas.
Você vai ler a história de Will e Louisa - e de todos os outros personagens que fazem parte dessa trama - e, mesmo imaginando o que acontece no final, vai torcer para que o que você imagina não aconteça. Porque, no final das contas, esse é um livro que vai fazer você sentir cada dor, alegria ou tristeza junto com os personagens. E que vai te fazer questionar seus sentimentos em relação ao final, mesmo que você entenda os motivos. Um livro sensível e infinitamente emocionante. 
Espero que gostem :D

[Resenha] Um Homem de Sorte - Nicholas Sparks


Boa noite Inspirados! Ok, sei que o meu dia de postar era ontem mas devido à alguns probleminhas, tive que adiar... Me desculpem por isso! E a semana de vocês como está sendo? Quem ai está louco para que chegue o fim de semana? Até a próxima!






Um Homem de Sorte – Editora Novo Conceito.

Sinopse:  “Mas não estava em outra época e lugar, e nada daquilo era normal. Trazia a fotografia dela consigo há mais de cinco anos. Atravessou o país por ela.”  “Era estranho pensar nas reviravoltas que a vida de um homem pode dar. Até um ano atrás, Thibault teria pulado de alegria diante da oportunidade de passar um fim de semana ao lado de Amy e suas amigas. Provavelmente, era exatamente isso de que precisava, mas quando elas o deixaram na entrada de Hampton, com o calor da tarde de agosto em seu ápice, ele acenou para elas, sentindo-se estranhamente aliviado. Colocar uma carapuça de normalidade havia-o deixado exausto.

Depois de sair do Colorado, há cinco meses, ele não havia passado mais do que algumas horas sozinho com alguém por livre e espontânea vontade. (...)
Imaginava ter caminhado mais de 30 quilômetros por dia, embora não tivesse feito registro formal do tempo e das distancias percorridas. Esse não era o objetivo da viagem. Imaginava que algumas pessoas acreditavam que ele viajava para esquecer as lembranças do mundo que havia deixado para trás, o que dava à viagem uma conotação poética. Outros pensavam que ele caminhava simplesmente pelo prazer de caminhar. Estavam todos errados.


Ele gostava de caminhar e tinha um destino para chegar. Simples assim. Gostava de partir quando sentia vontade, no seu próprio ritmo, para o lugar que quisesse. Depois de passar anos cumprindo ordens no Corpo de Fuzileiros Navais, a liberdade o atraia. (...)
Até ter encontrado a fotografia, a vida de Thibault seguia como há muito havia planejado. Ele sempre tinha um plano.


Resenha por Kate: Eu soube que não me arrependeria por esta leitura no momento em que meus olhos bateram nessa sinopse, foi amor à primeira vista, eu poderia dizer. Eu nunca duvidei da capacidade de Nicholas Sparks, então mesmo que eu não tivesse lido a sinopse, eu teria o maior prazer em resenhar este livro. Como sempre a Novo Conceito foi detalhista ao extremo e o livro é perfeito em todos os aspectos; a capa, as letras, os mimos e até mesmo a correção, já que eu só encontrei um errinho mínimo em um livro de 349 páginas e mesmo assim aposto que se não estivesse tão centrada na leitura, jamais notaria. 

Nicholas Sparks escreve sobre vários pontos de vista em O homem de Sorte, nos permitindo saber os pensamentos e sentimentos de cada personagem envolvido na trama. E  ele tem uma capacidade inimaginável em lhe fazer amar, torcer, chorar e se enraivecer, pois sua escrita é capaz de nos transportar para dentro do livro e eu confesso que foram poucos os autores que conseguiram me fazer sentir assim.

A historia toda gira em torno de uma fotografia e a sua importância na vida de Thibault, claro não é só isso. A fotografia que ele encontra e que passa a ser seu amuleto da sorte, mantendo-o por muitas vezes vivo em meio às guerras é apenas o pontapé inicial para o desenrolar da historia. Me corrigindo, acho que poderia dizer que a historia gira em torno da força do destino e das mudanças que ele pode promover em sua vida.

Thibault ou apenas Logan, é um ex- fuzileiro naval que já perdeu muitos amigos e entes queridos em meio às tão temidas e faladas guerras do Iraque, e que após encontrar uma fotografia de uma mulher num dia qualquer, passa a ter toda a sorte do mundo e a sobreviver até nas mais difíceis circunstancias.  E então após sofrer uma perda realmente dolosa, passa a acreditar que deve algo à aquela mulher da fotografia que em tantas vezes já havia salvo a sua vida. E então ele põe uma mochila nas costas e sai com seu adorável pastor alemão Zeus, á procura dela, sem medo, sem dúvida alguma sobre onde queria chegar.

É um personagem marcante, paciente e inesquecível, a generosidade é um de seus pontos fortes e sem dúvida um dos vários aspectos que o levara á gostar de Thibault tanto quanto eu gostei. Sua relação com Zeus é digna de admiração, retrata fielmente aquele velho ditado de “O cão é o melhor amigo do homem” e Zeus tem tudo para ser imprescindível nesse livro, pode escrever.

Beth é uma mulher, que próxima aos 30 anos, teve vários relacionamentos mal sucedidos na vida e nunca conseguiu entender porque os mesmos chegavam ao fim. Com um filho pequeno, Ben, sua avó doente e um ex-marido extremamente psicótico, Beth se sente perdida. Perdida e cansada de tudo aquilo. E é então que Logan aparece e tudo o que ela pensava estar certo em sua vida, já não parece mais do mesmo jeito.

Keith Clayton, teria tudo para se tornar um bom homem ao desenrolar do livro mas foi o único personagem que para mim não sofreu sequer alguma evolução. Continuou o mesmo grosso, estúpido e confiante até demais do começo ao fim da obra de Nicholas e acho que este foi o seu propósito, aliás, tornar a vida de Beth, Logan e Ben um inferno.

O livro não é composto por inúmeras aventuras ou algum evento sobrenatural, o que acho que nunca combinaria com o estilo de escrita de Sparks, porém Um Homem de Sorte retrata as atividades de pessoas comuns no dia – a – dia de um jeito que chega a nos deixar fascinados. Ele é capaz de transformar tarefas tão simples  e bobas em ações tão profundas e dignas. E esse será mais um dos pontos que o levara a se apaixonar pelas obras de Sparks, pois ele sempre consegue se sobressair.  E é por isso que é tão adorado em todo o mundo.
Eu sempre consigo enxergar Nicholas como a maioria de seus protagonistas, pois sempre são homens humildes e de caráter sincero. E é assim que eu o imagino.
Um homem de sorte trará muitas lições para sua vida e é um livro do qual você não se esquecerá tão cedo, isso eu garanto!






Sobre o filme não posso opinar porque ainda não assisti mas ai vai a dica para dar aquela conferida! O filme conta com o lindo do Zac no elenco... 

[Resenha] - Na Companhia das Estrelas, de Peter Heller

     Imagine um enredo pós-apocalíptico provocado por um vírus que arrasou quase toda a humanidade. Imaginou? Pensou nessas histórias que estão fazendo sucesso hoje em dia? Beleza, agora desconstrói tudo isso que você imaginou e vamos começar do zero. Sim, porque Na Companhia das Estrelas é uma história completamente diferente das muitas que lemos por aí. Bora embarcar na Fera e sobrevoar os ares dessa história indie cheia de emoção!



Título: Na Companhia das Estrelas
Autor: Peter Heller
Editora: Novo Conceito
405 páginas


     Hig e seu cão, Jasper, tentam sobreviver à completa solidão que assolou o mundo depois do vírus que matou a todos, quase como uma nova Peste Negra. O homem passa seus dias solitários sobrevoando as redondezas de seu "lar" com seu modesto avião batizado de Fera. Mas esses não são suas únicas companhias. Bangley, um velho de caráter sombrio, fecha o seu círculo de amizades, sua família pós-apocalíptica. A vida, a princípio se resume a manter as provisões necessárias e uma conversa aqui e ali, apenas para manter a sanidade. 
     Hig, com o tempo, passou assumir mais riscos, ser menos cuidadoso - o motivo das brigas entre ele e Bangley. Apesar disso, e mesmo que eles não admitissem, formavam um time e tanto, sobrevivendo sozinhos contra as gangues, os poucos imunes que sobreviveram à doença. E um pouco de complicação vez ou outra acabava ajudando. Impedia Hig de pensar demais em como sua esposa morreu.  
     Mas, como toda boa parceria, sempre tem um fim ou um "até breve". Hig teve sua cota de despedidas, especialmente quando decidiu deixar Bangley por algum tempo, prometendo, sem certeza alguma, voltar um dia pra casa. 

     A história elaborada por Peter Heller não traz, em si, uma trama muito complexa. Dá pra resumir tudo nas andanças sem rumo de um sujeito com passado e sem futuro, apenas esperando uma resolução pra sua vida. E é justamente essa atmosfera que torna a história tão realista, sem nenhuma pretensão em achar uma cura, tentar restabelecer algum governo, sem aquela esperança de que, no futuro, o mundo será o mesmo... Nada disso, o mundo simplesmente caiu, e agora os imunes à doença precisam sobreviver. E é justamente isso que é tão legal no livro! A falta de um enredo cheio de tramas, a aleatoriedade de acontecimentos... 
     Aleatoriedade, aliás, é o que define essa narrativa. Em primeira pessoa, entramos no mundo de Hig e entendemos toda a sua vida, desde jovem até sua atuação situação. O autor deixa transparecer, em alguns instantes, a falha na sanidade do narrador, quando Hig conta, entre um caso e outro, lembranças do seu passado, uma espécie de fuga da realidade adotada por ele. E essa franqueza, sua capacidade em se abrir com o leitor tão facilmente, é o que torna o protagonista tão cativante. Inclusive, personagem com profundidade é o que não falta nessa história. Até mesmo Jasper, o cão amigo, tem lá sua humanização (bem moderada, mas tem sim). 
     Mas aviso de antemão, a narrativa é bem diferente, pouco tradicional. Ele aprofunda bastante nas sensações, nos sentimentos e lembranças, e os diálogos são indiretos, narrados pelo próprio Hig. Mas isso não restringe o leitor de "ler" um personagem como ele é, sua personalidade, seu modo de agir... Infelizmente o livro não me ganhou por completo, por causa de alguns trechos que chegam a ser bem maçantes e, por vezes, você prefere correr os olhos com pressa só pra passar aquela 'cena'. 
     Uma leitura bem diferente, mas seletiva. Não é todo mundo que vai curtir, mas vale a pena conferir. Afinal, você não vai saber enquanto não começar.

      Uma excelente leitura a todos! Fiquem na Paz! 

[Inspirações clássicas] Uma rosa para Emily

Primeiramente, boa tarde, Inspirados. Eu queria iniciar dizendo que, não, Inspirações Clássicas não morreu. Juro! O que acontece apenas é que eu sou uma pessoa enrolada e esquecida ocupada, então... Acho que já entenderam. hehe Peço desculpas, galera. Mas, enfim, vamos ao que interessa.

Hoje, vamos resenhar um conto! Foi um que me deixou encantada quando precisei lê-lo para uma matéria da faculdade. Então, com vocês, Uma rosa para Emily.


Título: Uma rosa para Emily
Autor: William Faulkner




"E assim passou ela de geração para geração – querida, inevitável, impenetrável, tranquila e perversa."







William Faulkner é um dos mais aclamados escritores estadunidenses. Ganhador do prêmio nobel da literatura em 1949 "for his powerful and artistically unique contribution to the modern American novel" (em tradução livre minha, por sua poderosa e artisticamente única contribuição para o romance americano moderno). Faulkner retratou bem em suas obras a decadência da sociedade tradicional americana.

Uma rosa para Emily é assim. Começamos o conto já sabendo que a protagonista, Emily, está morta, e o narrador nos leva em retrospecto através da vida da mulher. Miss Emily vivia em uma casa que, já para a época, era antiga; vivia uma vida reclusa e discreta. Tal coisa, porém, tinha o efeito contrário - ao invés de fazê-la passar desapercebida, traz todos os holofotes para ela. Afinal, ela mora em uma cidade pequena e se recusa a manter contato com qualquer um que não fosse seu criado... Algo havia de estar por trás disso, não?

Enquanto viajamos pela vida de Miss Emily, percebemos que ela era uma mulher decidida e forte. Quando jovem, tinha um pai rígido, mas, ainda assim, participava da sociedade; quando o patriarca morreu, ela se fechou em seu casulo. Emily Grierson era uma fortaleza, um símbolo da cidade tal como era quando ainda era governada por aqueles que agora jaziam mortos. Ela resiste em suas antigas tradições, mesmo quando o novo governo e a nova geração tentam moldá-la ao que está acontecendo no momento. Miss Emily é uma muralha inflexível e impenetrável...

...mas não tão impenetrável assim. Ela deixa uma brecha abrir quando conhece um homem que vem a ser seu noivo. Começa a ser vista passeando pela cidade com ele; comprando coisas com ele; rindo com ele... Porém, um dia, ele some. E ninguém mais vê sombra de Miss Emily, ninguém mais entra na casa de Miss Emily, até o dia em que ela morre. E, quando isso acontece, as pessoas que lá estão veem mistérios desfazendo-se e tudo, enfim, fazer sentido.

Uma rosa para Emily é realmente surpreendente e delicioso de se ler. Se alguém se interessar, disponibilizei o PDF aqui. São cinco páginas deliciosas e surpreendentes, com um final intrigante e arrebatador.

É isso. Até a próxima! ~

Jenny

[Resenha] A Última Música - Nicholas Sparks

Bom dia Inspirados! Ok, eu sumi do mapa no último mês, e esse especial do Sparks está perdendo um pouco a força. Palavra de escoteiro que este mês encerro com as resenhas ele e passarei a trazer novidades. E galera, agora tenho um dia fixo para postar, me encontrem por aqui todas às terças! E só queria aproveitar para dizer que estou morrendo de inveja da galera que foi na Bienal conhecer ele... Infelizmente, só acompanhei pelas fotitas nas redes sociais. MAS um dia, eu ainda vou lá pedir para ele autografar os meus livros, que sim, são muitos. Beijão, e que vocês tenham um dia maravilhoso!








A Última Música – Nicholas Sparks

Sinopse: Aos dezessete anos, Verônica Miller, ou simplesmente Ronnie, vê sua vida virar de cabeça para baixo, quando seus pais se divorciam e seu pai decide ir morar na praia de Wrightsville, na Carolina do Norte. Três anos depois, ela continua magoada e distante dos pais, particularmente do pai. Entretanto, sua mãe decide que seria melhor os filhos passarem as férias de verão com ele na Carolina do Norte.
O pai de Ronnie, ex-pianista, vive tranquilamente na cidade costeira, absorto na criação de uma obra de arte que será a peça central da igreja local. Ressentida e revoltada, Ronnie rejeita toda e qualquer tentativa de aproximação dele e ameaça voltar para Nova York antes do verão acabar. É quando Ronnie conhece Will, o garoto mais popular da cidade, e conforme vai baixando a guarda, começa a apaixonar-se profundamente por ele, abrindo-se para uma nova experiência que lhe proporcionará uma imensa felicidade – e dor – jamais sentida.
Uma história inesquecível de amor, carinho e compreensão – o primeiro amor, o amadurecimento, a relação entre pais e filhos, o recomeço e o perdão – A ÚLTIMA MÚSICA demonstra, como só Nicholas Sparks consegue, as várias maneiras que o amor é capaz de partir e curar seu coração.

Resenha por Kate: Este é o mais tocante e emocionante livro de Nicholas Sparks, porque em A Última Música podemos ver não só como a sua escrita amadureceu com o passar dos anos, mas nos surpreendemos ainda mais com a sua habilidade de expressar o amor em tão diversas formas.

Ronnie é uma adolescente de 17 anos que se sente traída e até mesmo abandonada por seu pai após o divorcio. Steve era tudo para Ronnie, e quando foi embora, ela se viu perdida e sem saber o motivo de sua ida. E é então que passa a se rebelar, tirando notas péssimas no colégio, andando em má companhia, voltando tarde para casa e até mesmo roubando. Se afasta de Steve, não dando a ele espaço para se explicar. E é quando é obrigada a passar o verão inteiro com ele, que a história começa.

“_ Por que você disse que acreditava em mim?
...
_ Porque confio em você.
_ Foi por isso que fez uma parede para esconder o piano? Quando entrei, não tinha como não notar.
Steve balançou a cabeça.
_ Não. Fiz isso porque te amo.” Pág. 108

O relacionamento dos dois é instável na maior parte do livro. Ronnie por muitas vezes é injusta e frívola com o pai, e é por isso que às vezes senti raiva dela. Porque Steve a ama, e ela é a única que demora a perceber isso. Há Jonah, o irmão mais novo de Ronnie, e ele ao contrário da irmã, adora Steve e ficar com o pai nas férias é uma aventura ‘maneira’, como ele mesmo diria. No entanto, ao conhecer Will, Ronnie passa não só deixar que a conheçamos, mas também passa a conhecer a si mesma.

“_ Espera ai, deixa eu ver se adivinho. Está se fazendo de difícil?
...
_Não devia estar com seus amigos brincando de se olhar no espelho?
Will riu:
_Essa foi engraçada. Não vou me esquecer dela.
_Não é piada. Estou falando sério.” Pág. 128, 129

Algo surpreendente sobre A Última Música também é o fato de Ronnie ser totalmente diferente das outras protagonistas de Sparks. Ela não é insegura, tímida, e acima de tudo sua personalidade é a mais próxima o possível da nossa realidade. Will também surpreendeu e muito, pois seu senso de humor é maravilhoso! Steve, é o melhor pai do mundo, o tipo de pai que eu queria para mim. Que coloca o amor aos filhos acima de tudo e todos. E Jonah... O que dizer? Acho que assim como eu vários leitores viram seu irmão ali. Encarnado naquele pequeno garoto prodígio.

“_Sei o que você quer que eu faça, mas não posso. E não é porque eu não gosto de você. Eu até gosto. Acho que você é legal e jamais deveria ter feito o que fiz. Mas estou no mesmo beco sem saída que você, e acho que Marcus ainda não acabou a história dele com você também.
...
_Como assim?
_ Está falando de novo em você. E não é coisa boa. Se eu fosse você, ficaria longe dele.” Pág 250, 251

No inicio eu gostei de Blaze, mas achei muito errado o que ela fez com Ronnie. E odiei Marcus, é um ser desprezível. Percebi também que o filme de A Última Música realmente foi fiel ao enredo do livro. Não há muitas diferenças, apenas algumas adaptações, mas o livro, sem dúvidas é mais emocionante. Este foi o primeiro livro do Nicholas que me fez chorar, chorar mesmo. Não sei se foi porque estou convivendo com um drama parecido, mas realmente me emocionou. Este é o melhor livro do Nicholas, e eu me arrependo por não tê-lo lido antes. Não vai cometer o mesmo erro, vai? Se ainda não leu, corra e vá ler! Se já leu, me conte o que achou, no que concorda ou discorda comigo.

P.S: Como já se tornou parte do poste, segue o trailer do filme, que por sinal é incrível  Então a galera que ainda não viu, assim que surgir uma pausa, garanto que será uma boa!



Viajando pelas Páginas, por Tullia Maria


Olá, pessoal!
 
Estão todos bem?
Espero que sim, pois o “Viajando” de hoje vai aterrissar na Escócia, mais precisamente em Edimburgo! Isso mesmo, a cidade em que Dex e Em, do livro “Um Dia”, se conheceram!
Vamos ver o que essa cidade tem de tão encantadora e apaixonante, que se transformou em cenário da história de David Nicholls?
Grande beijo,

Tullia Maria 

 
 
Alguns Dias em Edimburgo
 
Edimburgo, localizada na Escócia, é uma ótima indicação para os que gostam de caminhar em meio à natureza e apreciar monumentos históricos e culturais. Um dos principais destinos do Reino Unido, a cidade, construída em meio a colinas, consegue unir o antigo e o moderno em um ambiente que ganha ares de contos de fadas. E tudo isso acrescido de uma grande população de estudantes que se abrigam em ruas como a “Rankeillor Street” e aprendem a gostar do município transformado em Patrimônio da Unesco.
 
Enquanto alguns irão se interessar pelas construções Neoclássicas ou pelas possibilidades de diversão e compras proporcionadas pela Cidade Nova, outros irão se encantar com a Cidade Velha, uma área com aspecto medieval e palco das principais atrações turísticas da região. E é justamente nessa área, mais precisamente na Royal Mile (que como o nome indica, possui cerca de uma milha escocesa), onde podem ser encontrados os castelos de Edimburgo e Holyrood.


Residência oficial da Rainha Elizabeth no país, o Holyrood Castle fica aberto para visitação quando está desocupado e é uma atração e tanto para os que se interessam pelas histórias da realeza. Recheado de curiosidades sobre os antigos monarcas, o local abriga também uma galeria com objetos reais. O turista ainda pode aproveitar a proximidade e visitar as ruínas da Abadia Holyrood, onde ocorriam as cerimônias religiosas da monarquia escocesa, e o Queen’s Park. É nessa área verde que está localizado, além de lagos e colinas, o Arthur’s Seat, vulcão extinto, que se tornou local de lazer para os que gostam de apreciar a paisagem.
Além do Arthur’s Seat, uma ótima dica para os que desejam apreciar o pôr-do-sol enquanto fazem um picnic é o Calton Hill, uma colina localizada no centro de Edimburgo. Apesar da série de atrações, como o Nelson Monument, o City Observatory e o National Monument of Scotland, o melhor do passeio é a vista panorâmica dos principais pontos turísticos, como a Old City e o Rio Forth. Este é, com toda a certeza, um dos melhorais lugares da capital escocesa para tirar belas fotografias.
 
 
Ao chegar à cidade, principalmente em Agosto, os visitantes terão uma ótima surpresa: A capital escocesa, além de por seus belíssimos pontos turísticos, é famosa por sediar alguns dos maiores festivais de arte do mundo. O principal deles é o Military Tattoo, que conta com dramatizações da história do país e apresentações culturais locais no Castelo de Edimburgo. É uma ótima oportunidade de conhecer mais um pouco da população escocesa!

Já para os que desejam se sentir um pouco menos estrangeiros, uma boa opção é visitar a praia em North Berwick, que fica fora do município, mas se consagrou como ponto de encontro entre os locais. Em meio ao frio da região, não é necessariamente indicado para banhos de mar, mas um espaço muito utilizado para passeios de barco, jogos ao ar livre, caminhadas e apreciação de pássaros. Um jeito diferente de viver a praia, não? Mas, nem por isso, menos divertido!

 

 
 
Base feita por Adália Sá | Editado por Luara Cardoso | Não retire os créditos