Lançamento - A Caçada, de Clive Cussler

     Alô, amigos Inspirados!

     Pra quem é frequente por aqui, sabe como os livros do autor Clive Cussler publicados pela Novo Conceito me ganharam fácil. Ele se tornou um dos meus autores favoritos, especialmente em O Espião, sua primeira obra publicada pela parceiríssma editora. E, para alegria geral, eis que mais uma obra do autor promete tornar as leituras de 2013 muito mais inesquecíveis. Bora conferir mais um lançamento?




Por décadas, Clive Cussler vem deleitando leitores com romances repletos de suspense, ação e pura audácia. Agora, ele faz isso novamente, em um dos mais loucos e estimulantes thrillers de época dos últimos anos.

O governo norte-americano contrata a renomada Agência de Detetives Van Dorn e seu agente igualmente renomado, Isaac Bell, para capturar um lendário ladrão de bancos conhecido como Assaltante Açougueiro. Este assassinara homens, mulheres e crianças, sem deixar nenhuma pista nem testemunhas. O detetive Bell lidera a busca e finalmente descobre a verdadeira identidade do Assaltante Açougueiro. E nesse momento inicia-se a verdadeira caçada.

Com um enredo intrincado, dois vilões extraordinários e a assinatura de Cussler em reviravoltas surpreendentes, A Caçada é o trabalho de um mestre no auge de seu talento.




      Pra quem não conhece, o autor é dono de O Espião e O Reino, duas obras com a mesma carga de suspense e estilo pra ninguém botar defeito. Destaque, também, para o design das capas, que deixou o livro com uma cara de HQ americana.





Boa leitura moçada! 

[Resenha] Garotas de Vidro - Laurie Halse Anderson

     Garotas de Vidro (título original Wintergirls) pode ser descrito com uma palavra: perturbador. Anderson captou o universo vivido por uma pessoa com distúrbio de anorexia e deu suas pinceladas particulares, tornando-o (embora não verossímil) sedutor e inquietante.





     Garotas de Vidro conta a história de Lia, uma jovem com distúrbios alimentares. Seu modelo de beleza é ver os ossos salientes sobre a pele desbotada, quanto menor o estômago, mais forte ela se considera. Quanto mais ela luta contra carboidratos e açúcares, mais ela se sente próxima da sua perfeição. Mas sua perfeição tende avançar a passos rápidos, e ela nunca a alcança. De um jeito sombrio, esse objetivo fica fácil quando Cassie, sua amiga, morre em um quarto de motel.
     Lia mora com o pai, a meia-irmã Emma e a madrasta Jennifer, que muitas vezes age como uma irmã mais velha e, outras vezes, apenas como madrasta. O relacionamento é complicado, especialmente quando a mãe de Lia entra na equação para tentar resolver o dilema da doença da jovem. 
     Com sua fibra psicológica rompida, Lia vai cada vez mais fundo em sua fossa, mas não sem a perspectiva de um vislumbre de luz acima de sua cabeça.

     Pois é, amigos Inspirados, depois dessa descrição poética e nada reveladora, eu me explico. Dizer mais sobre o desenvolvimento de Garotas de Vidro pode acabar com toda a graça do livro. Mas posso dizer que, como toda boa história que lida com o mundo feminino e seus dramas (sejam eles drásticos ou não), há um garoto. No caso de Lia, o nome dele é Elijah. Se você der uma oportunidade pra esse livro, verá a forma interessante como a autora trabalha o relacionamento desses dois jovens perdidos, vivendo suas vidas solitárias que nunca permitem a intromissão de ninguém. 
     Mas foi como disse antes, isso aqui está longe de sar um belo drama em que tudo fica rosa no final. Embora o livro tenha um ou outro lapso de narrativa no estilo chick-lit (uma das poucas coisas que achei um incongruente), trata-se muito mais de um mero drama psicológico.
     Narrado em primeira pessoa, assistimos ao desenrolar na trama sob a ótica de Lia. É impossível ficar apático, não tem como ler por ler, pois a história mexe com seus pensamentos, ela te cutuca com a ponta de ferro quente, enquanto você observa, de mãos atadas, ao regresso da jovem ao lidar com a morte da sua amiga. Ela está a poucos passos da insanidade, e tudo o que nos resta e esperar por um final feliz. Com palavras corrosivas, Lia nos revela sua amizade de longa data com a falecida Cassie, como elas se distanciaram, e como as 33 ligações ignoradas por Lia antes da notícia da morte foram fundamentais para compreender a recaída da jovem anorexa.
     Não acredito que a autora tivesse a intenção de mostrar a realidade vivida por pessoas com o distúrbio alimentar, e se foi essa a intenção, não foi o seu foco principal. É difícil dizer se a trama dá uma visão fantasiosa, pois o paciente anorexo normalmente não vê a sua condição como um problema, ao passo que a personagem tem seus momentos de de consciência de seu problema, por isso prefiro não discutir a questão da doença, e sim a maneira genial como Laure Halse Anderson construiu suas personagens. 
      Destaque para Elijah, o jovem tem um molde bem elaborado, com falas profundas e características que souberam aproveitar o bom clichê de garoto rebelde com causa. Posso dizer com certeza que não tive nenhum momento de tédio enquanto passava meus olhos pelas páginas, é incrível a forma como a história mexe com o leitor.
     A propóstio, Garotas de Vidro tem uma dose sutil, mas tão sutil que quase se perde ou passa despercebido, de sobrenatural. O momento em que Lia interage com seus fantasmas, e curiosas revelações que normalmente não acontecem quando se está apenas delirando. Enfim, se eu disser mais, já viram, vou estragar a surpresa. 

     Mais uma vez, a editora Novo Conceito fez um trabalho dedicado na confecção da capa e na arte, mas acredito que o livro merecesse um pouco mais de cores escuras, algo entre o roxo e preto, com uma fonte menos rebuscada no título. Parabéns à editora e à autora pelo belo trabalho, e obrigado por permitirem que obras assim cheguem até o bom gosto dos leitores.

       
     
        





O QUE EU MUDARIA?

Essa é a capa produzida na Inglaterra:

UK




Gostei bastante, a capa consegue expor a "bagunça" que está no interior da mente de nossa protagonista. Eu optaria por esse estilo para o visual do livro. 


É isso aí, amigos inspirados, espero que tenham gostado. 

Fiquem na Paz e boas leituras xD

[Resenha] - A Vez da Minha Vida - Cecelia Ahern

Olá, amigos Inspirados!
     Estão prontos para mais uma resenha? O que temos no cardápio de hoje é um chick-lit escrito por Cecelia Ahern, autora do best-seller P.S. Eu Te Amo. O livro A Vez da Minha Vida foi publicado no Brasil pela Novo Conceito e, gentilmente, me foi concedido em parceria. Valeu, NC!



     Lucy Silchester está quebrada. De muitas maneiras. Seu emprego não é o seu sonho, o apartamento não é dos melhores, é um completo desastre em relacionamentos e, pensando bem, não se sai muito bem em qualquer tipo de interação social, embora seja muito bonita (novidade?). O passado dela é assombrado por algumas escolhas mal feitas e, num determinado momento, ela acaba recebendo um convite para se encontrar com Vida, a sua vida! Curioso, não?
     Quando ela mentiu da primeira vez, isso se tornou um hábito terrível. Passou a fugir de situações e pessoas usando mentiras como artifício e, quando percebeu, estava vivendo baseada nelas. Por isso não foi exatamente uma surpresa ao encontrar aquele envelope enviado por ninguém menos do que Vida. Não, isso não é a vida em sua forma astral, uma entidade superior que veio lhe ensinar uma lição. Trata-se de uma pessoa normal, um homem descuidado e de aparência surrada, uma personificação exata da condição emocional da nossa protagonista.
     Quando, finalmente, ela decide se encontrar com Vida, as coisas começam a mudar para o lado de Lucy. Claro, sempre vem a tempestande antes da vida boa, por isso a história é regrada de conflitos internos, atritos familiares e relacionamentos cheios de pontas soltas, além de amizades com problemas pendentes.

     Cecelia Ahern criou um chick-lit com uma proposta interessante, onde a protagonista se vê capaz de consertar sua vida tendo como conselheira, vejam só, ela própria ( a Vida!). O livro explica muito pouco sobre essa interação, mas fica claro que não se trata de um encontro sobrenatural - como eu imaginei que fosse - é mais uma espécie de programa para reabilitação emocional, em que a família da pessoa concede informações relevantes para uma pessoa que faria o papel de Vida, e essa mesma pessoa serviria como conselheiro para todas as questões pessoais. A partir daí, Lucy convive com o rapaz que assume esse papel, um sujeito mal vestido e desleixado, que com o tempo melhora sua aparência, ilustrando as boas escolhas que a protagonista toma ao longo da trama. Esse foi um dos recursos que me incomodaram e, na verdade, não me convenceram. A menos que houvesse uma aura mística na história, não enxerguei sentido algum no humor de Vida se espelhar na condição de Lucy.
     Mas alguns recursos foram muito bem aplicados. Uma estratégia interessante usada livro foi usar o habito de mentir de Lucy para dar forma ao trilhar da leitura. Por ser escrito em primeira pessoa, a impressão que temos é de que Lucy vive uma vida feliz e satisfeita, o que é desmentido com o tempo, de acordo com a aparição de personagens secundários que desmitificam essa vida perfeita pintada pela protagonista.
     Embora a escrita não seja muito atraente, a autora consegue levar a história muito bem, criando altos e baixos que vêm no momento certo, tendo o cuidado de prender o leitor quando a leitura começa a ficar monótona.
     O livro é indicado especialmente para leitores mais românticos, o tipo de leitura que encanta aqueles que sonham com uma vida em que o grande amor surge na hora H, quando tudo parece perdido. A Vez da Minha Vida é uma boa companhia para se passar o tempo, mas não é o tipo de livro que costumo ler duas vezes. Ainda com certa complexidade, acho que faltou elaboração, mas isso não impede a boa escolha da Novo Conceito em publicar esse livro.

Boa leitura a todos, fiquem na Paz!

[Resenha] A Passagem - Justin Cronin

     Hoje eu decidi que dormir não era importante. Sim, amigos, pra que dormir quando se tem A Passagem para nos acompanhar madrugada adentro. Por isso, sem mais delongas, vamos nos lançar nessa incrível ficção, lindamente escrita por Justin Cronin. Adianto, aqui, que esse livro é meu favoritão e, claro, não posso deixar de colocar um SUPERINDICO! Se você curte ficção científica apocaliptica, bem elaborada e espessa (um calhamaço de só 800 paginazinhas) então não pode deixar de ler A Passagem. Bora lá?!



     A história, a princípio, pode deixar uma ideia bastante errada. Embora a febre de histórias sobre vampiros tenha estourado recentemente (relativamente falando), A Passagem veio muito antes disso e, para nosso alívio, tomou um rumo bastante diferente. Ainda que livro tenha um misticismo muito forte em sua composição, é o tipo de misticismo obscuro, não consegue ser revelado, é como uma sombra por trás dos personagens. Os vampiros, nesse caso, são criações humanas, pessoas que foram infectadas por um vírus produzido a partir do sangue de uma menina, a pequena Amy Belafonte. 
     Ela era uma criança silenciosa e submissa, obediente enquanto sua mãe realizava tarefas nada convencionais para uma mãe tradicional. Até o dia em que um agente oficial surgiu na vida da garota. Depois disso, não apenas ela, mas o mundo inteiro estava prestes a mudar. A promessa de uma erradicação humana estava bem próxima. Uma onda de humanos transformados, conhecidos como saltadores, fumaças ou dracs, iniciou, e perdurou durante um século, até o dia em que uma galera mais sagaz - habitantes de uma colônia que sobrevivem ao "fim do mundo" - decidiu que era hora de abandonar os muros a sua volta e encontrarem outras perspectivas.
     Claro que os motivos e a estratagema do autor para forçar essa situação é bem mais complexa e elaborada do que isso, mas não vou dizer mais nada, porque, afinal de contas, Justin Cronin tem nas mãos o elemento surpresa, algo presente no final de cada capítulo. Você nunca sabe o que vai acontecer.

     Quando pesquisei sobre o livro, à primeira vista me pareceu com aquele tipo de ficção trash ou, pelo menos, muito clichê, do universo apocaliptico. Bem, não posso dizer que ela ganha o prêmio de originalidade, mas com certeza está longe, muito longe (anos luz, pra ser mais exato) de ser trash. A sofisticação da trama e da narrativa é tão incrível que não tem como não ler compulsivamente. Foi como eu disse, o elemento surpresa nada de braçada nessa história, do início ao fim, e isso o autor demonstra um domínio natural.
     As personagens são bem elaboradas, possuem personalidades fortes e deixam aquela saudade quando vão embora. A ambientação, a arquitetação da atmosfera sombria e misteriosa, a mistura de ciência e sobrenatural, tudo isso compõe uma excelente história, especialmente para os amantes de sci-fi.
     Mas só pra avisar: a história não chega a ser uma total obra de ficção científica. Acredito que ela tenha gêneros bastante misturados, uma espécie de terror também, especialmente quando a história começa a se aproximar do "fim do mundo". Você praticamente ouve o batimento cardíaco dos personagens sob efeito da adrenalina, correndo pelas tubulações de ar ou pela mata fechada, tentando não ser devorado pelos saltadores.
     Apesar dos vários pontos positivos, não posso deixar de dizer que o livro, em suas últimas páginas, reduziu seu ritmo de uma forma meio incômoda, a história chegou a ficar cansativa em alguns pequenos momentos. Mas é claro, isso não quer dizer nada, pois os capítulos finais deixam uma promessa implícita de uma continuação (inclusive existe o segundo livro, ainda não publicado no Brasil).
     A Passagem - o primeiro livro de uma trilogia, escrito em terceira pessoa e com a trama que viaja no futuro, desde o nosso presente até um mundo temporalmente distante, quando tudo é escasso e a população quase foi dizimada pelo alastramento do vírus - é uma ótima pedida de leitura. Com sorte, você vai apreciar tanto quanto eu, e vai acabar favoritando!

É isso aí, amigos Inspirados, espero que tenham gostado!
Ótimas leituras, fiquem na Paz!
 
     

     

[Lançamentos] Editora Arqueiro - Novidades!

E aí, amigos Inspirados!

O ano já começou e, como bons leitores, não podemos deixar de ficar por dentro das estreias de 2013! Começamos bem, já com ótimos livros que serão lançados pela Editora Arqueiro! 
Que tal darmos uma olhada nos destaques para início desse ano? =)


E tem mais de James Patterson, confiram!




Mais uma novidade da editora Arqueiro!



Em fevereiro, O Inferno de Gabriel será o próximo lançamento!




É isso aí, amigos! Espero que tenham curtido os lançamentos! Eu já tô de olho no livro infantojuvenil do James Patterson! E você, se interessou por qual?

Boa leitura, fiquem na Paz xD

[Viajando Pelas Páginas] - “Arizoneando” em Flagstaff



Olá, inspirados!
Prontos para a primeira viagem de 2013??
Aproveitando o clima frio do Hemisfério Norte, vamos a um lugar que simplesmente combinam com neve: Flagstaff, cenário de Um Mundo Brilhante. Espero que gostem!
Desejo ainda um feliz ano novo a todos vocês!!
Beijo grande,

Tullia Maria



“Arizoneando” em Flagstaff

Localizada no estado do Arizona, Flagstaff é uma cidade para ser visitada o ano inteiro, já que possui atrações bem variadas. Cachoeiras, centro histórico preservado, áreas para esqui, parques, reservas indígenas e passeios de trens são alguns dos encantos que podem ser encontrados nesse ambiente que, por estar entre montanhas, tem um clima ameno.

Os que gostam de astronomia vão adorar conhecer o Observatório Lowell, onde foi descoberto o planetoide Plutão. Já os que curtem a natureza, vão se encantar com as cataratas Grand Falls. Além disso, num lugar em que os trens têm tanta importância, até a estação ferroviária (Amtrak Station) pode se transformar num lindo ponto turístico. 

A algumas horas de Flagstaff, você pode ainda visitar o mais importante ponto turístico da região: trata-se do Grand Canyon, um grande desfiladeiro que se localiza ao longo do Rio Colorado. Por se tratar de uma área deserta (na qual também neva), além de carregar água, é necessário se preocupar com as temperaturas. O mês de outubro é o que possui uma oscilação mais confortável, cuja variação vai de 16°C a 31°C.

Contando com áreas diversas, boa parte do local faz parte do Parque Nacional do Grande Canyon, sendo a área sul (South Rim) a mais visitada (e também a mais próxima de Flagstaff). Esse ambiente é ideal para conhecer um pouco da cultura dos seus primeiros habitantes, tirar fotos, apreciar o pôr do sol, fazer trilhas ou passeios aéreos, comprar alguns artefatos indígenas e, é claro, se maravilhar com essa obra de arte da natureza.
Outra boa opção nos arredores da cidade é o Canyon de Chelly, situado no território dos índios Navajo. Lá é possível conhecer um pouco do modo de vida dos moradores da região e contemplar algumas formações rochosas, com destaque para a Spider Rock, que, segundo lenda dos nativos, é onde vive a Mulher Aranha.

Por fim, o turista vai se empolgar com a quantidade de bares e restaurantes que o local abriga. A noite é agitada para o tamanho do município e há locais para todos os gostos: karaokês, pubs, temáticos, dedicados ao esporte... Tudo combinando com o clima aconchegante que faz de Flagstaff um achado no Arizona.
 
Base feita por Adália Sá | Editado por Luara Cardoso | Não retire os créditos