[Viajando Pelas Páginas] - Na Trilha com a Delilah



Olá, Inspirados Viajantes!!

Tudo bem com vocês?

Hoje nós vamos ter um post diferente! Para iniciar esse novo ano da coluna, resolvi fazer uma pequena série baseada no livro “Qual Seu Número?”, da Karyn Bosnak. A intenção é seguir os passos da personagem principal em sua “peregrinação” pelos EUA! Em poucos posts, poderemos conhecer alguns dos belos lugares visitados pela Delilah!

Preparados? Então vamos ao #NaTrilhaComADelilah!!

Grande beijo,



Tullia Maria


Na Trilha com a Delilah – parte 1: Filadélfia e Chattanooga

Fazendo jus ao seu papel de destaque na formação e desenvolvimento dos Estados Unidos, a cidade da Filadélfia é um lugar que transpira história. A primeira capital do país e sede da criação da Constituição norte-americana é composta por diversos monumentos que remontam ao passado e são responsáveis por encantar os turistas. 


Uma boa opção é começar o passeio pela Old City, bairro que abriga o “Parque Histórico da Independência Nacional”, onde podem ser encontrados o Independence Hall, o Sino da Liberdade e a primeira Casa da Moeda dos EUA.


Para uma cidade repleta de referências artísticas, nada mais justo do que um imponente museu de arte. E a Filadélfia tem o privilégio de sediar o terceiro maior do país. Construído em estilo neoclássico, o centro possui mais de 200 galerias, com obras das mais variadas. Além de se deliciar com as exposições de arte clássica ou contemporânea, o visitante, em frente ao museu, também terá uma bela vista da Benjamin Franklin Parkway, uma espécie de Champs-Elysées da cidade. 


Outro grande destaque é o prédio da atual prefeitura, que, à época de sua construção, pretendia ser o mais alto do mundo. Com influências neoclássica e gótica, essa importante construção possui elegantes corredores e uma cúpula maravilhosa que, além de servir de base para a estátua de William Penn, proporciona uma das mais belas vistas da cidade.  
 


Próximo a essa bela construção, os apaixonados (ou não) ainda terão a oportunidade de visitar o Love Park, área que, além de alguns momentos de relaxamento, também pode proporcionar ótimas fotos. Essa característica se deve, principalmente, à escultora de Robert Indiana que se localiza próximo à fonte e dá nome ao parque.



Chattanooga, localizada no estado do Tennessee, encanta aos turistas por suas paisagens naturais e sua história. Próxima dos Montes Apalaches e do rio Tennessee, o município possui uma variedade de atrações ao ar livre e ligadas à orla, entre os quais se destacam trilhas, parques e restaurantes.


Uma ótima vista da cidade pode ser obtida a partir da Lookout Mountain, cujo topo pode ser alcançado através de uma viagem pelo trem mais inclinado do mundo. Do topo da montanha de pedra é possível observar ainda sete diferentes estados (é isso mesmo!), fazer trilhas pela Rock City, visitar uma caverna e a maior cachoeira subterrânea acessível ao público.

Outro ponto importante é o Teneessee Aquarium, que, além do variado acervo de animais marinhos, possui peixes de rios e lagos, plantas, répteis e mamíferos vindos de diversas partes do mundo. A visita ao aquário com certeza irá proporcionar momentos de muita diversão, aprendizado e encantamento. 


Para completar o seu passeio, não deixe de conhecer as diversas estações e trens da cidade. Afinal, em um local habitado por apaixonados por ferrovias, encontrá-las transformadas em pontos turísticos não é uma tarefa difícil. Aproveite para tirar belas fotos e boa viagem!


[Resenha] O Temor do Sábio - Patrick Rothfuss

     Então você se depara com a história mais linda que já viu na vida, e descobre que a continuação do livro nem terminou de ser escrita. Você chora? Provavelvemente.
     Mas claro que eu me segurei quando acabei de ler O Temor do Sábio, porque depois de uma história que incita a coragem no coração dos leitores, eu tinha que mostrar o que aprendi com aquilo...
     Enfim, se você conhece a trilogia Crônica do Matador do Rei, então sabe o que eu estou dizendo. Mas se você faz parte do 1% que deu 2 estrelas para a O Temor do Sábio lá no Skoob, dá licença que a conversa não é contigo (de zoa... Mas, sério, 2 estrelas?).



Título: O Temor do Sábio
A Crônica do Matador do Rei: Segundo Dia
Autor: Patrick Rothfuss
Editora: Arqueiro
960 páginas



"Quando é aconselhado a abandonar seus estudos na Universidade por um período, por causa de sua rivalidade com um membro da nobreza local, Kvothe é obrigado a tentar a vida em outras paragens."
Editora Arqueiro


Não é muito difícil imaginar a minha reação quando o porteiro ligou aqui em casa avisando que o livro tinha chegado...



     Pois é, depois de ficar admirando a capa alguns minutos, enfiei a fuça nas páginas. Foi meio que amor à primeira vista, e eu não podia deixar de compartilhar esse romance com vocês xD.
     O Nome do Vento, primeiro livro da saga (resenha aqui) já tinha me ganhado há muito tempo, mas a continuação das aventuras do jovem Kvothe é de encher os olhos.

      Kvothe estava mais velho e mais experiente. Ainda não tinha todo o dinheiro que gostaria. Na verdade, dinheiro era um dos seus grandes problemas, as taxas escolares prometiam ser cada vez mais altas e ele não tinha muitas esperanças de obter toda a dinheirama que precisava. Ainda assim, seu talento com o alaúde rendia um bocado de moedas. Tendo o sangue de Edena Ruh, uma tradicional família de trupe itinerante, ele passou a escrever sua própria história e inventar sua própria fama, com um pouco de verdade aqui e ali, claro.
     Kvothe cresceu muito em seus estudos na Universidade. Além de se aprimorar no ramo dos flertes e namoricos, ele acabou ganhando talento para muitas outras artes, como a simpatia, a siglística e aprender a ouvir o nome do vento... Seu relacionamento com o professor Elodin, Nomeador-mor da Universidade, estreitava cada vez mais. Auri, a menina que vivia secretamente nos Subterrâneos, tornou-se um elo interessante entre aluno e professor.
     Sua caça aos Chandrianos ainda é árdua, e a busca por informações como os Sete e os Amyr parecem cada vez mais distantes, quanto mais ele cruza o mapa do mundo e descobre tão pouco. 

“Viu um homem que rosto não tem
Andar qual fantasma aqui e além?
Qual é seu plano? Qual é seu plano?
Chandriano. Chandriano.”

     Devi, a agiota mais malandra que o Mário Bros, usou uma de suas artimanhas para manter a dívida de Kvothe. No final da história, descobrimos os reais interesses dessa jovem temida pelos moradores da região. 
     Ambrose é o anti-heroi, o arqui-inimigo,o filho-da-mãe que vai despertar toda a sua antipatia, começou a complicar a vida de Kvothe, especialmente depois de o sujeito se enveredar com Denni, a garota que ocupava o maior espaço dentro do coraação do nosso valente herói. Quando as coisas se complicaram com o nobrezinho pomposo Ambrose, Kvothe foi orientado a deixar a Universidade por alguns períodos, até que os seus infelizes problemas fossem esquecidos pelos professores (vale lembrar que ele acabou manchando o nome da Universidade quando precisou lidar com a rigorosa Lei Férrea).
     E é aqui que a história de verdade começa!


      Ele deixou sua província e, com a ajuda de um rico mecenas admirador de sua música, foi enviado até o maer Alveron, em Vintas. O sujeito era meio nazista, mandava cortar os dedos das pessoas como castigo, isso quando não ordenava uma forca de vez em quando. Apesar dessa austeridade toda, tinha uma saúde comprometida, e foi aí que Kvothe, com seu talento na medicina, começou a ajudar velho. Ele começou a ganhar a afeição de Alveron, té o dia em que salvou sua vida.
     Mas homens com tanto poder não gostam de dever favores demais. Por isso ele acabou enviando nosso estimado herói em uma missão suicida. Nesse processo, Kvothe conheceu mercenários que, de um jeito estranho, se tornaram seus amigos. Entre eles, Tempi, o ademriano, vai lhe ensinar uma arte antiga de luta. Não só isso, ele vai ter um encontro amoroso com Feluriana, uma Encantada que lhe tece uma capa feita de sombras.
     É claro que Patrick Rothfuss tem um talento muito melhor para descrever todas essas aventuras. Eu não saberia nem por onde começar, mas acho que posso tecer alguns comentários bem empolgantes sobre a saga. Não é fácil tentar explicar um livro de incríveis 960 páginas sem deixar algumas observações passarem despercebidas. Mas, e todas elas, a que não pode faltar e a forma minuciosa como o autor descreve pessoas, cenários, situações e batalhas. Especialmente as batalhas! Parece uma dança com as palavras, do tipo que, quando você menos espera, já tá todo empolgado com o gingado. Se compararmos com as obras mais clássicas, como Tolkien, percebemos em As Crônicas do Matador do Rei uma narrativa de nível detalhista muito similar, porém mais leve e mais atrativo. Acho que com algumas palavras eu posso definir:
     Poético! É como você pode interpretar a narrativa. A história se passa em primeira pessoa, quando Kvothe conta sua trajetória de vida para o Cronista; mas há uma alternação de capítulos. Eventualmente temos um ou dois capítulos escritos em terceira pessoa, em que o narrador onisciente observa o protagonista em sua vida pós-aventuras, já adulto e dono de uma hospedaria.
     Original! As histórias possuem ecos de clássicos da Lit-Fan, mas existe tanta originalidade na obra de Rothfuss que não tem como não dar crédito a ele por isso. E por ser um livro com tantas páginas, os diálogos ganham mais espaço e densidade... Isso confere um tanto bem bom de realidade, quase podemos ouvir as vozes de cada personagem. Não são diálogos superficiais, montados em um molde raso. Tem consistência. Podem até dizer que ele bebeu da mesma fonte que os clássicos de Tolkien e Lewis, mas prefiro pensar que Rothfuss fez brotar sua própria fonte. Ponto pra ele! 
     Fantástico! O universo criado por Rothfuss é mágico e empolgante. É uma atmosfera medieval (na verdade, corresponde à Idade Média, pois a Crônica do Matador do Rei é ambientada num universo alternativo), porém com alguns toques sutis do mundo moderno, especialmente em se tratando de relacionamento e imposição feminina. Dentro dessa obra, encontra-se outras culturas que se assemelham e muito com algums realistas. O autor deve ter passado um bom tempo trabalhando a veia imaginativa antes de por tantas ideias no papel.
     Agora, para você que leu O Nome do Vento e apreciou, é preciso tomar muito cuidado. Muitos leitores deleitaram com a leitura de O Temor do Sábio, mas um bocado deles desgostaram. Rothfuss arriscou bastante criando uma rota completamente diferente para o herói. Esperávamos mais informações sobre o Chandriano e os Amyr, que era um ponto central no primeiro livro, o que não ocorre na continuação da trilogia. Esses assuntos são pouco abordados e, quando feitos, o próprio autor lida com eles com certa negligência, como se subitamente não fosse algo tão importante assim. A sensação que tive ao ler O Temor do Sábio era de estar lendo um filler das Crônicas do Matador do Rei, um brake da trama real, e para muitos essa sensação foi do incômodo para o insuportável. Apesar de tudo isso, não posso negar que o livro continua encabeçando minhas preferências. Acredito até, que isso se deva ao fato do jovem protagonista estar crescendo e, em algum ponto, suas ambições acabaram prevalecendo sobre seus ideias, seu objetivo principal, por isso houve essa escapada do foco do primeiro livro.

     Ele será conhecido por muitos nomes: Kvothe, o Arcano, o Sem-Sangue, o Matador do Rei. Dois deles já foram explicados. Mas e o último, "O Matador do Rei"? Isso é mais uma jornada para o terceiro dia, o último livro da trilogia que promete!
     Que tal, depois disso, aguardar o próximo livro que, por sinal, nem terminou de ser escrito?

É isso aí, galera! Uma ótima leitura a todos!
Fiquem na Paz!
 
Base feita por Adália Sá | Editado por Luara Cardoso | Não retire os créditos