[Resenha] - A Última Nota, de Felipe Colbert e Lu Piras

     Romances sobrenaturais conseguem fascinar os leitores mundo a fora. Mas, às vezes, você encontra aquela história em que o evento sobrenatural está no amor que se forma a partir do nada. A Última Nota tem um pouco disso. Tem muito mais, na verdade.




Título: A Última Nota
Autores: Felipe Colbert e Lu Piras
Editora: Novo Século
260 páginas
2012

      Alicia Mastropoulos veio de uma família tradicionalmente grega, com os costumes enraizados até o tutano do osso. Violonista e apaixonada pela música, Alicia sempre se inspirou em seu falecido avô quando se tratava de tocar com o coração. Filha de um homem preso na inércia do casamento e de uma mãe que não se dava ao trabalho de compreender a perspectiva da garota, Alicia decidiu que seu lugar seguro era a casa de sua avó, Cecília.
      A família Mastropoulos era dona de um restaurante de iguarias gregas, e gastronomia típica não era a única tradição. Casar-se com um grego fazia parte do pacote, por isso o destino de Alicia já havia sido traçado por sua mãe, e o namorado Theo tinha raízes gregas suficientes para atender aos requisitos da mãe severa, embora o rapaz não tivesse o suficiente para prender o coração da menina por muito tempo.
     Mas a história não é um simples conflito de interesses entre mãe e filha. Um elemento misterioso é inserido. Em algum lugar na cidade, um jovem acorda sem conhecer nada de seu passado. Ele só consegue se lembrar de um nome, este, aliás, de alguém que ele nunca conheceu: Alicia Mastropoulos. Exato! Em meio a um turbilhão de problemas, Alicia precisará oferecer amparo ao jovem Sebastian. Não apenas isso, os eventos culminariam na composição perfeita, a nota que faltava ser tocada no coração da jovem sonhadora.

      Eu gostaria de ter feito essa resenha há muito tempo, mas eu posterguei demais, e não com motivos convincentes, por isso nada de dar desculpas. Ainda bem que nunca é tarde e, por isso, estou aqui para falar dessa obra tocante criada por duas mentes brilhantes e conhecidas na blogosfera: Lu Piras (autora de obras como Equinócio) e Felipe Colbert (autor de obras como Belleville)!
      Quando comecei a ler A Última Nota, fui sem pretensões, e ainda assim me surpreendi. Não só a ambientação é bem abrasileirada, como os diálogos chegam a ser bastante recorrentes no nosso dia-a-dia, não são aquelas frases de efeito que ouvimos em seriados americanos e que, para nós, acabam soando artificiais demais. Não mesmo! Talvez seja essa uma das coisas que mais me chamou a atenção.
      Embora eu não leia livros do gênero com frequência, posso dizer que foi um dos romances nacionais mais originais que li em muito tempo. Eu ainda não tinha me deparado com uma obra do gênero contendo esse elemento sobrenatural (podemos chamar assim? Não sei!) tão sutil! Não, acho que podemos chamar de conto de fadas contemporâneos, quando os destinos de duas pessoas já se mostram cruzados muito antes delas se conhecerem. O mais interessante é que, ao longo da leitura, a gente acaba percebendo que Alicia não foi a única que passou por essa "experiência" (mas claro que não vou dizer nada sobre isso, ou será um grande spoiler).
      A protagonista foi muito bem elaborada por um motivo simples: há momentos que você não vai gostar dela. Alicia consegue ser forte e frouxa alternadamente, e isso é o que mais nos faz envolver, pois queremos desesperadamente ver os problemas dela serem resolvidos, e isso não acontece até a última página... Ok, os problemas dela não se resolvem no final do livro. Na verdade A Última Nota termina de um jeito curioso, e que garante: vai haver continuação!

Que tal, agora, uma soundtrack que combina muito bem com essa obra?



     Enquanto essa continuação não vem, que tal você dar uma conferida em A Última Nota? =)

     Excelente leitura, pessoal! Fiquem na Paz!

      

[Resenha] A lista do Nunca - Koethi Zan



           O livro da vez é A Lista do Nunca, de Koethi Zan. Já começo a resenha avisando: é um livro sensacional! Pensa em um suspense enorme que te faz querer cada página do livro sem nenhuma interrupção. É isso que acontece enquanto você lê esse thriller absurdamente envolvente.

            O livro conta a história de Sarah e Jennifer, duas amigas que acabaram criando um hábito quando ainda eram bem novas: elas pensam em todas as maneiras existentes para evitar situações de perigo. Isso começou quando as duas meninas sofreram, juntas, um acidente trágico logo no início da adolescência. Como uma maneira de se prevenirem de outra experiência traumática, elas começam a escrever diversos tipos de situações: as formas mais comum de morte, a probabilidade de um acidente diferente acontecer (como, por exemplo, morrer porque um meteoro caiu do céu e as atingiram)… Só que, enquanto elas pesquisavam esses dados, elas se depararam com outras formas mais realistas e muito mais comuns do que elas imaginavam. Estupros, roubo, sequestros… Todas essas circunstâncias as fizeram procurar maneiras de evitar isso. Assim, elas acabam criando A Lista do Nunca: uma lista de regras a serem seguidas SEMPRE.

            Assim, as duas meninas crescem se cercando dessas formas de escape e de prevenção na tentativa de não serem vítimas novamente. Até mesmo quando fazem 18 anos e, juntas, vão para a faculdade, elas não abrem mão de seus hábitos: verificar as fechaduras duas vezes, carregar o spray de pimenta na bolsa, evitar lugares desertos. Assim, de alguma forma, em companhia uma da outra e com suas técnicas de segurança, elas acabam por se sentir mais seguras. Só que, um dia, quando decidem ir pra uma festa da faculdade, o menos provável acontece: Sarah e Jennifer são sequestradas. E a partir daí elas vão viver um inferno que parece não ter fim.


           A narrativa do livro é feita em primeira pessoa, e é na perspectiva de Sarah. O livro, na verdade, se passa dez anos depois de Sarah sair do cativeiro em que ficou por três anos. Ela agora é uma adulta, mas tem sua vida marcada pelos anos que passou trancafiada no porão de um louco. Ainda com suas manias, que agora ficam bem mais próximas de uma paranoia, Sarah se vê na pior das situações quando menos espera: seu sequestrador está prestes a ser liberto, uma vez que cumpriu dez anos com comportamento exemplar na prisão. O que ela menos quer é que o maníaco que a sequestro e torturou seja solto. Por isso, ela decide encontrar uma maneira de fazer com que ele pague pelo seu crime para sempre. Só que, para isso, ela vai precisar da ajuda de Tracy e Caroline, outras duas mulheres que foram sequestradas por Jack e viveram o mesmo inferno no porão. O problema é que nenhuma das duas quer se envolver nesse caso novamente. De uma maneira não convencional, as três acabam tendo uma certa segurança agora que estão fora de cativeiro, e suas duas “companheiras” dos dias sombrios no porão não querem arriscar isso. Vocês perceberam que Jennifer para de ser citada a partir do momento em que comecei a falar sobre o sequestro? Pois é, isso foi proposital. Ela acaba tendo um destino diferente das outras três mulheres… mas de maneira alguma melhor.

            As cenas construídas pela autora são muito bem pensadas. Zoethi Zan conseguiu criar uma história cheia de links internos, com perguntas que são feitas no início e só são respondidas ao longo da trama. Ela não deixa nenhuma pergunta sem resposta, e constrói uma trama extremamente bem estruturada. Além de saber escrever, a autora claramente sabe construir um enredo em que nada seja previsível. Os personagens são muito bem construídos. É com lembrar que o livro é narrado na perspectiva de Sarah, o que significa que o que ela pensava de um personagem nem sempre se confirma como real.

Além de todos esses elementos que já marcam a leitura como imperdível, tem mais um detalhe que eu não posso deixar de comentar, que é a capacidade da autora de transportar as emoções por meio da narrativa. Você consegue sentir o nojo, a dor, o desespero. As descrições são feitas de modo que você fique imersa na história até a raiz dos cabelos, e só possa largar o livro quando ele chegar ao fim. A autora fez um ótimo trabalho de pesquisas, porque as descrições são perfeitamente aceitáveis, nenhuma excedendo o limite imposto pela realidade da história, e as cenas de ação são todas muito bem articuladas. Por isso, o livro acaba sendo a pedida perfeita para quem gosta de ter um pouco de emoção e gosta de encontrar em uma história de ficção a realidade com a qual estamos cercados. Pedida perfeita também pra você que, por um acaso, nunca se aventurou nas páginas de um livro do estilo. A Lista do Nunca é impecável, uma das minhas melhores leituras do ano, e com certeza está no topo da minha lista de indicações.

[Lançamentos] - Arqueiro!

Alô, amigos Inspirados!

     Pois é, pra você que acha que pouco lançamento é bobagem, aqui estamos para divulgar mais alguns títulos que a Arqueiro estará disponibilizando pra galera no próximo mês!

Querida Sue, de Jessica Brockmole

Junho de 1940: É o início da Segunda Guerra Mundial e Margaret, filha de Elspeth, está apaixonada por um piloto da Força Aérea Real. A mãe a adverte sobre os perigos de se entregar ao amor em tempos de guerra, mas a jovem não entende por quê. Então, durante um bombardeio, uma parede de sua casa é destruída e, de dentro dela, surgem cartas amareladas pelo tempo. No dia seguinte, Elspeth parte, deixando para trás apenas uma carta datada de 1915. Com essa única pista em mãos, a jovem decide ir em busca da mãe e, nessa trajetória, também precisará descobrir o que aconteceu à família muitos anos antes.
Querida Sue é uma história envolvente contada em cartas. Com uma escrita sensível e cheia de detalhes de épocas que já se foram, Jessica Brockmole se revela uma nova e impressionante voz no mundo literário.


Mar de Rosas, de Nora Roberts

Criada em uma família tradicional e muito unida, Emma cresceu ouvindo a história de amor dos pais. Não é de espantar que tenha se tornado uma romântica inveterada, cultivando um sonho desde menina: dançar no jardim, sob a luz do luar, com seu verdadeiro amor.
Os pais de Jack se separaram quando ele era garoto, e isso lhe causou um trauma muito profundo. Ele se tornou um homem bonito e popular entre as mulheres, porém incapaz de assumir um compromisso.
Quando Emma e suas três amigas fundaram a Votos, foi Jack, o melhor amigo do irmão de Parker, quem cuidou de toda a reforma para transformar a propriedade no melhor espaço para casamentos do estado.
Os seis são praticamente uma família. E justamente por isso Emma e Jack nunca revelaram a atração que sentiam um pelo outro.
Mas há coisas que não podem ficar escondidas para sempre.
Mar de rosas é uma história ardente, sexy e divertida sobre as vantagens e os desafios que surgem quando uma grande amizade vira paixão.


Os Assassinos do Cartão-Postal,
de James Patterson

Uma viagem a Roma
Jacob Kanon, um detetive da divisão de homicídios do Departamento de Polícia de Nova York, está muito longe de casa. Em sua longa viagem, já conheceu as mais belas cidades da Europa. No entanto, não é a paisagem que o atrai. Para ele, cada café, catedral ou museu é uma pista dos assassinos de sua filha.
Um rastro de sangue
A filha de Jacob, Kimmy, é apenas uma peça de um doentio e intricado quebra-cabeças. Amsterdã, Copenhague, Madri, Paris... Em toda a Europa, jovens casais são encontrados mortos com a garganta cortada. Os assassinatos não parecem ter qualquer conexão, além de cartões-postais enviados para os jornais locais dias antes da descoberta de cada crime.

Mais pessoas correm perigo


     E aí, curtiram? Fiquem ligados na fanpage do blog pra ficarem por dentro de mais novidades! Até mais, pessoal, fiquem na Paz!

[Inspire-se] Há algo na diferença que ainda não foi notada

     O bom e velho clichê da beleza interior ataca novamente. Mas, dessa vez, preciso dizer uma coisa. A beleza está de fora também. De um jeito que você não enxerga se olhar rapidamente, de um jeito que você não nota se parar para pensar a respeito. A beleza está ali. Não, não tô me referindo aos traços do rosto, às curvas do corpo. Estou me referindo àquilo ali, bem ali. Tá vendo? Isso. A bondade. Não se trata de beleza interior. É só uma beleza ignorada.
     A bondade está em integrar as pessoas. A bondade está em ser solidário, em fazer o outro se sentir normal, não porque isso é importante, mas porque isso é uma amostra de que você se importa. Isso faz toda a diferença.


     Já tentou fazer alguém se sentir importante? Te prometo, você vai ficar lindão!

Estreia no Cinema - Maze Runner, Correr ou Morrer

Alô, amigos Inspirados!

     Vocês conhecem a trilogia escrita por James Dashner? Pois é, Maze Runner fez a cabeça de muitos leitores e, agora que já tem data de estreia no cinema, a adaptação tem toda a intenção de fazer jus ao nome de peso que carrega. 

     O trailer saiu no dia 17/03, e os poucos minutos de cenas já mostra a tensão que aguarda os fãs da trilogia. 



     Eles forneceram algumas stills, só pra deixar aquele gostinho de ansiedade na galera. Ok, confesso que eu também tô muito curioso. O jeito é esperar um pouco mais, o filme tem sua estreia na dia 18 de Setembro. Se você ainda não conhece Maze Runner, ainda dá tempo de ler a obra de James Dashner. Vale muito a pena!



     A história gira em torno da Clareira, onde seus habitantes, os clareanos, são todos adolescentes que não sabem nada além do próprio nome. A volta deles, uma grande muralha os protege das aberrações noturnas que habitam o labirinto, que se estende a perder de vista. 
     No livro, temos a narrativa sob a ótica de Thomas, protagonizado por Dylan O'Brien (na foto acima). O livro começa justamente com ele "chegando de elevador" até a Clareira, um lugar onde os jovens são deixados misteriosamente, sem conhecer seu passado ou o objetivo que há por trás daquela comunidade confinada.



      As coisas mudam quando o padrão da Clareira se quebra: o elevador traz uma garota. Teresa (foto acima) é interpretada por Kaya Scodelario. Sua chegada é uma grande surpresa, e, como todos os outros, ela também não sabe nada além do próprio nome e... de Thomas. 




     Maze Runner tem sido prometido aos fãs como uma grande produção desde o ano passado. E aí, quem está na expectativa? Eu sei que eu tô?

     Fiquem na Paz!

As informações foram obtidas no site The Maze Runner Brasil



[Inspire-se] Lizzie velasquez, sinônimo de superação

Alô, amigos Inspirados!

     Imaginem vocês que hoje eu decidi fazer algo nada relacionado com livros. Aí eu pensei comigo "ok, nesse caso vou fugir da proposta do Inspirados?". Não, pois acho que o que eu vou dizer aqui tem muito a ver com o nome escrito aí em cima no cabeçalho do blog e, para ser justo, tem alguma coisa relacionada com livros sim. Olha que beleza, nem começamos, e já estou prolixo. Vamos atalhar, 

     Só pra dizer que isso aqui tem algo a ver com livros, aí vai minha primeira afirmação: eu não desacredito em livros motivacionais, livros de auto-ajuda e coisas do tipo. Só acho que a maioria deles é escrita pelas pessoas erradas. Não basta ser um guru, perito em gramática, nem adianta ser alguém viajado, ter conhecido várias pessoas... Nada disso! Autores motivacionais não precisam saber escrever. Eles precisam saber viver. Lizzie Velasquez é uma das poucas pessoas que nasceram capazes de ensinar a viver, não porque ela tem uma doença rara - qualquer um de nós poderia ter nascido assim - mas ela é uma das poucas pessoas que souberam apreciar o copo meio cheio. Não é questão de desmerecer os problemas de outras pessoas, afinal todos podemos ensinar com os nossos. É tudo uma questão de inspiração. E Lizzie Velasquez sabe como inspirar!
   

     

    Eu gosto dessas ironias da vida, quando uma garota com uma síndrome rara e cega de um olho, consegue enxergar muito melhor do que muita gente por aí.
     Por favor, não digam que a "beleza interior" virou clichê. Lizzie, você me faz querer abraçar um completo estranho!  

21 personagens animados decidiram cantar Let It Go, de Frozen!

Alô, amigos Inspirados!


     Se você é um(a) amante de animações da Disney e Pixar, então conhece Frozen, o atual vencedor do Oscar de Melhor Animação. Pois é, o musical conta com uma das músicas mais ouvidas da atualidade, Let It Go. O sucesso foi tão grande que geral do mundo animado resolveu fazer um Mashup!
     Confiram o vídeo de Brian Hull cantando Let It Go, com a performance das vozes dos mais queridos personagens dos filmes que fizeram nossa infância (porque ela ainda não acabou\o)! 


E aí, o que acharam? =)


[Lançamento] - A filha do sangue, de Anne Bishop

Alô, amigos Inspirados!

     A linda editora Saída e Emergência Brasil está com mais um lançamento pra dar um up no seu catálogo de literatura fantástica! E, como se não bastasse o design da capa ser bonito toda vida, ainda tem a premissa que promete uma boa leitura, além do fato de se tratar de uma trilogia, que é pra poder aproveitar as personagens um pouco mais. E aí, quem vai conferir?


O Reino Distorcido se prepara para o cumprimento de uma antiga profecia: a chegada de uma nova Rainha, a Feiticeira que tem mais poder que o próprio Senhor do Inferno. Mas ela ainda é jovem, e por isso pode ser influenciada e corrompida. Quem a controlar terá domínio sobre o mundo. Três homens poderosos, inimigos viscerais – sabem disso. Saetan, Lucivar e Daemon logo percebem o poder que se esconde por trás dos olhos azuis daquela menina inocente. Assim começa um jogo cruel, de política e intriga, magia e traição, no qual as armas são o ódio e o amor. E cujo preço pode ser terrível e inimaginável.

     O lançamento tá pertinho, dia 20/03, então nada de adiar essa leitura, hein?


5 Motivos Para Você Emprestar Seus Livros

     Alô, você que não gosta de emprestar seus livros! Sim, isso é um direito seu, mas já pensou o que aconteceria se você "abrisse" mão desse direito? Vem ver =)

1- Não seja um Smeagol!
     Sim, o maior motivo de não emprestarem o tão amado livro é o quão isso pode ser desconfortável para o coraçãozinho do leitor "possessivo". Mas imagine, nem que seja por um minuto, como pode ser bom para você mesmo poder passar um livro para outras mãos. Pense no ato nobre de poder compartilhar uma história que, em outras circunstâncias, o pedinte não teria acesso. Você pratica a virtude da generosidade e, de quebra, ainda aprende o "desapego", uma habilidade crucial pra vida! Afinal, vejam só o que aconteceu com Smeagol? Ele cobiçou tanto o anel até não ter nada além de seu precioso. Eu preciso dizer qual foi o fim do pobre sujeito?



2- Ele(a) não pode comprar? Mas pode ler!
     Tá bom, talvez se você pensar menos em você e mais no próximo, que tal? rs
     Quem nunca lamentou não ter lido um livro, que atire a primeira pedra. Pois é, emprestar um livro dá a alguém a oportunidade de ler uma excelente história, apesar de nunca poder comprar o livro. Eu não me perdoaria se alguém deixasse de ler O Nome do Vento ou Neuromancer por causa do meu apego, não mesmo!


3- Vamos falar sobre isso pra sempre!
     Sim, pessoal! Quem nunca passou por aquela triste situação de ler um livro sensacional e, ao olhar pros lados, não achar ninguém para conversar a respeito? Pois é, aí está sua chance de contar a alguém (que vá entender do que você está falando!) sobre todas as teorias conspiratórias que você criou em cima daquela trama, ou desabafar sobre como foi terrível perder aquele personagem para o câncer. Enfim, cara, é assunto pra vida toda!


4- É saudável Para o Livro
     Você sabia que as páginas do seu livro, quando são pouco oxigenadas, ficam amareladas e com "cheiro de velho" com mais rapidez? Pois é, emprestando seus livros, ele vai sentir os benefícios de ser folheado. Claro, partículas de sujeira presentes nas mãos também podem diminuir a vida útil do seu livro, mas aquela poeira que inevitavelmente se acumula na sua estante, também! Então, se é pra seu livro envelhecer, que seja fazendo algo de útil!


5- Não seja uma mamãe coruja.
      Eu me lembro de quando eu era criança e  de como doía os inúmeros NÃO's dos meus pais em respostas à pergunta "Posso dormir na casa de fulano?". Pois é, mães corujas atrasaram nosso lado em alguns momentos, e por eu saber como isso pode ser nada legal, eu não quero ser um pai coruja para os meus livros. Se eles querem viver, que vivam! Eles têm o direito a um ou outro arranhão. E quem não quer uns amassos de vez em quando? Mundos não foram feitos para ficar pegando poeira, eles foram feitos para serem viajados, não é mesmo? Pois é, deixe que outra pessoa mergulhe de cabeça nessa jornada! 



     E, pra terminar, deixo a pergunta final: Se você fosse um livro, onde gostaria de estar? Eu, por exemplo, não iria querer ficar pegando poeira numa estante.
     Sabem, eu tinha nove anos quando li meu primeiro livro. Não era meu, na verdade. Foi um empréstimo... Depois disso, eu nunca mais parei! Se eu puder apresentar a alguém esse incrível prazer que encontrei na leitura, então posso me sentir mais realizado! Leiam livros, galera, leiam muito! Mas os deixem serem lidos!   



[Lançamentos] - Arqueiro e Novo Conceito cheias de novidades!

     Alô, amigos Inspirados! 

     Nossas parceiras literárias estão com tantos lançamentos geniais, que é impossível não abrir mão do suado salário/mesada/esmola para comprar algumas dessas belezinhas. Se você ainda precisa de motivos pra querer ler algum deles, aqui vai: Primeiro, a lombada vai ficar linda na sua estante, diz 'aê'? Segundo... Bem, precisa mesmo dizer? Novos personagens, novos mundos, novas aventuras, dramas, suspense... Sua chance de viver outras vidas sem sair da sua poltrona confortável! (A menos que você leia no ônibus lotado. Aí, meu amigo, fugir para um outro mundo é quase obrigatório!). Confiram! =)



A Mentira de Locke Lamora, de Scott Lynch

Camorr é uma cidade dividida entre a rica nobreza que vive em suntuosas chácaras e as gangues de ladrões que coalham as ruas. Para estabelecer a ordem, é ­firmado um acordo entre os dois maiores governadores, intitulado a Paz Secreta, para proibir que qualquer um da elite seja roubado. Só que os Nobres Vigaristas não gostam de seguir as regras. Liderados pelo Padre Correntes, seus integrantes são treinados para se in­filtrar entre os nobres e dar golpes desconcertantes, sem o conhecimento de seus superiores.Ao receber um novo órfão para cuidar, o sacerdote enxerga nele um potencial enorme para a vida no submundo. Com apenas 5 anos, Locke Lamora já conseguiu feitos que ladrões bem mais experientes ainda não alcançaram. Arduamente preparado para a carreira na pilantragem, ele se torna o líder da gangue e dá prosseguimento às elaboradas armações que ­fizeram sua fortuna, sempre se valendo do humor e da audácia.Porém uma série de mortes aterroriza os ladrões de Camorr. Elas são atribuídas ao sanguinário e ambicioso Rei Cinza, que visa derrubar o ma­fioso Capa Barsavi e eliminar qualquer um que tente impedir sua escalada de poder – especialmente uma gangue que já conseguiu ludibriar toda a cidade. De repente, o grupo de Locke se vê ameaçado por um rival que parece ser indestrutível e saber tudo sobre suas vidas. Mais do que nunca, Locke Lamora precisa pôr em ação suas mentiras para que nenhum deles morra.Com uma trama recheada de reviravoltas imprevisíveis, Scott Lynch constrói personagens incríveis e um cenário fascinante que mergulham o leitor em um mundo fantástico e inesquecível.


Jogos do Prazer, de Madeline Hunter

A bela Roselyn Longworth já aceitou seu destino. Depois que o irmão fraudou o banco em que era sócio e fugiu do país levando o dinheiro dos clientes, suas finanças ficaram arruinadas, assim como suas chances de conseguir um bom casamento.Por isso foi fácil acreditar nas falsas promessas de amor de um visconde. Mas a desilusão não demorou a chegar: quando Rose não se sujeitou a seus caprichos na cama, o nobre se vingou leiloando-a durante uma festa em sua mansão.Ela acredita que o destino lhe reserva um fim trágico. Ainda mais ao ser arrematada por Kyle Bradwell, um homem que venceu na vida pelo próprio esforço, mas não é bem-vindo nos círculos mais exclusivos.Mas a jovem é surpreendida pela atitude dele, que a trata com um respeito e uma gentileza que ela não recebia desde antes do escândalo envolvendo o irmão. Quando Rose finalmente descobre o que está por trás do comportamento de Kyle, é tarde demais: já foi fisgada pelo homem que conhece seus segredos mais íntimos.


Uma Carta de Amor, de Nicholas Sparks

Uma garrafa jogada no oceano pode passar centenas de anos viajando ao sabor das ondas sem nunca parar em terra firme. Porém, certa vez, o destino quis que uma em especial chegasse à costa algumas semanas depois de ter sido lançada ao mar.Theresa Osborne, uma colunista de um jornal de Boston divorciada e mãe de um menino de 12 anos, a encontra durante suas férias no litoral. Dentro do recipiente, há uma linda carta apaixonada.Para Garrett, o remetente, a mensagem é o único modo de expressar seu amor eterno pela mulher que perdeu. Para Theresa, descrente desse sentimento desde que o marido traiu sua confiança, o texto levanta questões que a intrigam.Movida pelo caráter misterioso da situação, ela empreende uma longa pesquisa e descobre não só a identidade completa de Garrett, mas também onde ele mora, e resolve ir atrás dele.Quando os dois se conhecem, imediatamente nascem um interesse e uma afinidade mútuos, que podem ser a chance de que ambos precisavam para se libertar do passado e reencontrar a felicidade.Uma carta de amor fala da dilacerante fragilidade das relações e, ao mesmo tempo, de seu imenso poder. É uma história sobre esperança, superação, desejo e as escolhas que mais importam na vida.

Uma garrafa jogada no oceano pode passar centenas de anos viajando ao sabor das ondas sem nunca parar em terra firme. Porém, certa vez, o destino quis que uma em especial chegasse à costa algumas semanas depois de ter sido lançada ao mar.
Theresa Osborne, uma colunista de um jornal de Boston divorciada e mãe de um menino de 12 anos, a encontra durante suas férias no litoral. Dentro do recipiente, há uma linda carta apaixonada.
Para Garrett, o remetente, a mensagem é o único modo de expressar seu amor eterno pela mulher que perdeu. Para Theresa, descrente desse sentimento desde que o marido traiu sua confiança, o texto levanta questões que a intrigam.
Movida pelo caráter misterioso da situação, ela empreende uma longa pesquisa e descobre não só a identidade completa de Garrett, mas também onde ele mora, e resolve ir atrás dele.
Quando os dois se conhecem, imediatamente nascem um interesse e uma afinidade mútuos, que podem ser a chance de que ambos precisavam para se libertar do passado e reencontrar a felicidade.
Uma carta de amor fala da dilacerante fragilidade das relações e, ao mesmo tempo, de seu imenso poder. É uma história sobre esperança, superação, desejo e as escolhas que mais importam na vida.
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Uma garrafa jogada no oceano pode passar centenas de anos viajando ao sabor das ondas sem nunca parar em terra firme. Porém, certa vez, o destino quis que uma em especial chegasse à costa algumas semanas depois de ter sido lançada ao mar.
Theresa Osborne, uma colunista de um jornal de Boston divorciada e mãe de um menino de 12 anos, a encontra durante suas férias no litoral. Dentro do recipiente, há uma linda carta apaixonada.
Para Garrett, o remetente, a mensagem é o único modo de expressar seu amor eterno pela mulher que perdeu. Para Theresa, descrente desse sentimento desde que o marido traiu sua confiança, o texto levanta questões que a intrigam.
Movida pelo caráter misterioso da situação, ela empreende uma longa pesquisa e descobre não só a identidade completa de Garrett, mas também onde ele mora, e resolve ir atrás dele.
Quando os dois se conhecem, imediatamente nascem um interesse e uma afinidade mútuos, que podem ser a chance de que ambos precisavam para se libertar do passado e reencontrar a felicidade.
Uma carta de amor fala da dilacerante fragilidade das relações e, ao mesmo tempo, de seu imenso poder. É uma história sobre esperança, superação, desejo e as escolhas que mais importam na vida.
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Quando Tudo Volta, de John Corey Whaley

Uma morte por overdose. Um fanático estudioso da Bíblia. Um pássaro lendário. Pesadelos com zumbis. Coisas tão diferentes podem habitar a vida de uma única pessoa?
Cullen Witter leva uma vida sem graça. Trabalha em uma lanchonete, tenta compreender as garotas e não é lá muito sociável. Seu irmão, Gabriel, de 15 anos, costuma ser o centro
das atenções por onde passa. Mas Cullen não tem ciúmes dele. Na verdade, ele é o seu maior admirador.
O desaparecimento (ou fuga?) de Gabriel fi ca em segundo plano diante da nova mania da cidade: o pica-pau Lázaro, que todos pensavam estar extinto e que resolveu, aparentemente, ressuscitar por aquelas bandas.
Em meio a uma cidade eufórica por causa de um pássaro que talvez nem exista de verdade, Cullen sofre com a falta do irmão e deseja, mais que tudo, que os seus sonhos se tornem realidade. E bem rápido.    


Diga Aos Lobos Que Estou em Casa, de Carol Rifka Brunt

1987. Só existe uma pessoa no mundo inteiro que compreende June Elbus, de 14 anos. Essa pessoa é o seu tio, o renomado pintor Finn Weiss. Tímida na escola, vivendo uma relação distante com a irmã mais velha, June só se sente “;ela mesma”; na companhia de Finn; ele é seu padrinho, seu confi dente e seu melhor amigo.
Quando o tio morre precocemente de uma doença sobre a qual a mãe de June prefere não falar, o mundo da garota desaba. Porém, a morte de Finn traz uma surpresa para a vida de June – alguém que a ajudará a curar a sua dor e a reavaliar o que ela pensa saber sobre Finn, sobre sua família e sobre si mesma.
No funeral, June observa um homem desconhecido que não tem coragem de se juntar aos familiares de Finn. Dias depois, ela recebe um pacote pelo correio. Dentro dele há um lindo bule que pertenceu a seu tio e um bilhete de Toby, o homem que apareceu no funeral, pedindo uma oportunidade para encontrá-la.
À medida que os dois se aproximam, June descobre que não é a única que tem saudades de Finn. Se ela conseguir confi ar realmente no inesperado novo amigo, ele poderá se tornar a pessoa mais importante do mundo para June.
DIGA AOS LOBOS QUE ESTOU EM CASA é uma história sensível que fala de amadurecimento, perda do amor e reencontro, um retrato inesquecível sobre a maneira como a compaixão pode nos reconstruir.    


Fênix - A Ilha, de John Dixon

EM TELEFONE. SEM SMS. SEM E-MAIL. SEM TV . SEM INTERNET . SEM SAÍDA. BEM-VINDO A FÊNIX: A ILHA
Na teoria, ela é um campo de treinamento para adolescentes problemáticos. Porém, os segredos da ilha e sua floresta são tão vastos quanto mortais.
Carl Freeman sempre defendeu os excluídos e sempre enfrentou, com boa vontade, os valentões. Mas o que acontece quando você é o excluído e o poder está com aqueles que são perversos?    



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     Todas as informações foram obtidas nos respectivos sites

Excelente leitura a todos, fiquem na Paz! =)

[Resenha] - Mago, livro II - Mestre, de Rayomnd E. Feist

     Antes de começar a ler o segundo livro da saga Mago, pensei que não pudesse gostar dela mais do que já gostava. Quando li o volume 2, Mestre, descobri que eu estava errado. E, bem, vocês sabem como é incrivelmente difícil escrever sobre algo que se gosta muito. Aqui vai minha tentativa.




Título: Mestre - Livro 2
Autor: Raymond E. Feist
Editora: Arqueiro
428 páginas - 2014

     Mestre é o livro dois da saga Mago, e dá continuidade às aventuras de Pug e seu povo contra os invasores tsurani (leia resenha do livro 1, O Aprendiz, clicando AQUI). Preciso tomar bastante cuidado aqui, pois quero manter uma medida aceitável de spoilers, mas podem ficar sossegados, não será nada revelador, apenas o suficiente para compreender essa incrível obra de Raymond E. Feist.
     Escrito em terceira pessoa, Mestre narra o que aconteceu com o grupo de bravos soldados do Reino de Crydee depois que deixaram sua terra para o embate contra o povo tsurani - um povo de outro mundo que invadiu Midkemia para obter benefícios da nova realidade. Nesse momento, Pug não tinha desenvolvido muito bem seus poderes como aprendiz do mago Kulgan, e ser capturado e escravizado pelos tsurani não ajudou em nada o jovem aprendiz. 
     É importante saber que há um período de 3 anos entre o primeiro e segundo livro, por isso as personagens - em especial, Pug - apresentam uma maturidade que não estávamos acostumados no primeiro livro. O aprendiz de mago, por exemplo, agia como alguém muito mais velho, afinal, ser escravo de um povo acabou forçando-o a crescer. Ele não estava sozinho. Havia criado uma amizade bastante promissora com Laurie, o músico que acabara sendo escravizado também. Ao longo do tempo, no entando, os Mantos Negros (assim chamados os que praticavam magia no mundo tsurani) descobriram o potencial de Pug e, nesse momento em diante, Pug aprenderia muito mais sobre sua magia, mais do que aprendera com Kulgan.
       Tomas, o amigo de infância de Pug, já não era mais o mesmo. Depois de usar a armadura com poderes obscuros - presente dado ao dragão ancião - o rapaz passou a agir de forma estranha. Ao lado do amigo anão Dolgan, ambos viviam ao lado dos elfos para combater a linha de frente dos tsurani. Toda Midkemia parecia mobilizada ante os ataques desse povo desconhecido. Bem, quase toda. 
      O príncipe de Crydee, Arutha, acompanhado de Amos, o capitão do navio, e Martin do Arco, seu caçador e amigo - além de uma pequena tripulação - atracaram Em Krondor em busca de apoio militar, mas descobriram que o reino krondoriano estava tomado por Guy Bas-Tyra, um "inimigo" de Crydee. Além de precisarem lidar com a invasão tsurani, Arutha precisaria enfrentar mais um adversário nessa empreitada.

      Mestre foi uma das melhores leituras que tive esse ano (ok, não foram muitas, mas ainda assim vale a pena dizer rs). Primeiro temos a narrativa de Raymond E. Feist, que é sensacional, embora não tenha uma fluidez fácil, é densa e ajuda muito na imersão. 
       As personagens são todas muito bem trabalhadas, desde a personalidade até a customização de roupas e caracterização física. Feist sabe muito bem como elaborar todos esses detalhes sem parecer maçante (não é a toa que os livros são finos, não passando de 450 páginas). 
      A ambientação é incrível, a narrativa nos faz compreender se tratar de um mundo correspondente ao medieval, porém com elfos, anões e outras criaturas mágicas inventadas pelo próprio autor. A maneira como ele constrói as cidades, as estradas, a descrição das viagens marinhas, tudo isso é bem elaborado sem gastar o tempo necessário para que o autor se interesse pela aventura. Feist tem a sua medida que funciona em quase todo o tempo.
      A trama é muito bem desenvolvida, o desenrolar da história, os mistérios que vão se resolvendo, a maneira como Pug aprende a lidar com sua magia, a aparição de Macros, o Negro (esse aí é badass!), além de outros elementos que são inseridos e retirados no momento certo, tudo isso colabora pra uma leitura sensacional! Vale muito a pena ler Mestre, uma história que segue a pegada de Tolkien e Martin, porém sem deixar de mostrar sua própria originalidade, que, aliás, é tão bem-vinda quanto qualquer outra obra fantástica que eu já tenha lido! 

     Espero que tenham gostado! Excelente leitura, fiquem na Paz! 

[Resenha] Dançando Sobre Cacos de Vidro - Ka Hancock

Quando pedi esse livro, sabia que era um  drama. Mas só sabia isso. Uma amiga minha comentou sobre o quanto esse livro era lindo e, pelos comentários dela, eu senti que precisava ler. Assim, nem mesmo li a sinopse antes de pedi-lo para nossa parceira Arqueiro. E quando ele finalmente chegou pude finalmente querer saber a história e ler a sinopse. A primeira coisa que pensei foi: vou desidratar de tanto chorar com essa premissa. A segunda foi: se essa autora souber escrever, esse vai ser um dos livros que vão marcar a minha vida. E, para minha alegria, ele realmente foi um dos livros mais marcantes e bonitos que tive o prazer de ler.



Título: Dançando Sobre Cacos de VidroAutora: Ka HancockEditora: Arqueiro

Dançando Sobre Cacos de Vidro conta a história de Lucy e Mickey. Seria uma história de amor bonita, e um tanto quanto incrível, considerando o amor e a dedicação que eles tem um pelo outro. Mas essa relação atinge um nível muito mais profundo quando descobrimos o contexto em que eles dois se conhecem e como eles decidem ficar juntos. Acontece que Mickey tem transtorno bipolar e Lucy tem um vasto histórico de câncer de mama em sua familia. Uma receita para o desastre, não fosse o fato deles dois se amarem tanto que decidiram aceitar e se adaptar a suas realidades para conseguirem ficar juntos. Pode não ter sido sempre fácil, mas tem valido a pena.
E fazem onze anos que, contra tudo que as pessoas podiam acreditar, Mickey e Lucy estão casados e felizes. Eles fizeram promessas um para o outro na tentativa de manterem sua relação, e tem cumprido todas essas promessas desde então. E, com um bom equilibrio e amor incondicional, os dois conseguiram superar seus medos e seus problemas em prol de sua relação.
Os dois concordam em muitas coisas, e por isso foram construindo, no dia a dia, um tipo de manual onde colocavam as coisas que nunca deveriam fazer. Mickey nunca deveria trair Lucy, Lucy nunca deveria culpar Mickey por sua doença... Pequenas coisas que os ajudavam a manter sua relação em um terreno relativamente firme. Quando Lucy teve câncer alguns abos antes, os dois concordaram que não deveriam ter filhos: além do fato de seus genes serem ruins por si mesmos, quem diria unindo o dos dois, ainda existia a chance de Lucy morrer e de Mickey não se sentir seguro de criar a criança. E eles levaram essa regra ao pé da letra até descobrirem que Lucy estava grávida.
Passado o desespero e a insegurança iniciais, os dois começam a imaginar que, juntos, podem superar tudo. Mickey tem certeza de que sua vida só era boa porque tinha Lucy, portanto, enquanto estiver com ela, sua vida nunca será difícil. Ela é seu ar, sua sanidade e seu motivo para se manter vivo, mesmo quando seus demônios dizem o contrario. Lucy sabe que nunca amaria alguém mas do que ama Mickey. Ela não poderia imaginar uma vida melhor, mesmo que as pessoas não entendam como ela suporta seu marido maravilhoso mas instável.
Aquela era a vida deles, afinal de contas. Juntos, decidiram levar a gravidez a frente e, aos poucos, foram descobrindo como o coração poderia ter mais espaço para alguém tão essencial. E tudo parece maravilhoso até que uma notícia devastadora os deixa sem opções favoraveis em nenhum ângulo que se poderia analisar.
Ka Hancock atingiu um nível de sensibilidade na escrita muito alto, sabendo conduzir sua história muito bem. Considerando que a premissa da história tem drama o bastante para sair dos trilhos e virar um dramalhão mexicano de mal gosto, podemos dizer que a autora soube muito bem dosar o drama e a tristeza com momentos felizes, criando assim uma história perfeitamente possível e real repleta de carinho e cumplicidade.
A forma que a autora descreve os sentimentos dos personagens é sensacional. O leitor consegue entender os sentimentos, pensamentos e ideias de cada um, mesmo que a história seja narrada por um personagem específico. Por alternar os dias atuais com lembranças do passado de Mickey e Lucy, o livro acaba sendo um grande oceano onde o leitor esbarra com a paz, com tempestades e com a calmaria que as procedem.
O fim da história é daqueles que te fazem querer ser sócia de uma fábrica de lenços. Você vai chorar, mas vai entender cada milimetro dos motivos que levaram o final a ser como é. Pode doer, mas saber que aquele foi o melhor final para todos, dadas as circunstancias, faz com que as cicatrizes sejam menores e a dor passe mais rápido.
É uma linda história de amor e superação, de conpanheirismo e de cumplicidade. De como a vida prega peças mas permite pequenos milagres todos os dias. E, principalmente, sobre como amar vale a pena, independente do cenário que o cerca.
 
Base feita por Adália Sá | Editado por Luara Cardoso | Não retire os créditos