[Resenha] O Resgate, de Nicholas Sparks



      Todo mundo sabe que sou uma apaixonada convicta pelas histórias de Nicholas Sparks. Nem adiante dizer que é fórmula pronta, que é tudo a mesma coisa, porque eu vou ler mesmo assim - até porque pra mim os romances não são tão parecidos assim. Gosto tanto de Nicholas que implorei pro Pedro correr atrás de senha dele pra mim, na Bienal do ano passado, e ele conseguiu! o/ (ETERNAMENTE GRATA) Então, quando a Arqueiro lança alguma coisa dele, Pedro já nem precisa perguntar: ele simplesmente pede logo. E O Resgate foi o re-lançamento mais recente em terras tupiniquins.

      Esse é o quinto romance do autor (que já tem 17 ou 18 publicados), e te faz matar saudades do Nicholas Sparks da primeira geração - porque qualquer leitora de Nicholas percebe uma diferença na narrativa dos seus primeiros livros para os livros mais recentes. Não que eles sejam ruins, longe disso, mas a narrativa mudou, o estilo de história mudou um pouco também, e as fãs tem duas versões de Nicholas pra escolher quando querem um romance fofo, com uma certa dose de tragédia e com muito amor.

      Nesse livro conhecemos Denise, uma mãe solteira que abriu mão de tudo para poder cuidar de seu filho, Kyle. O menino, com 4 anos, apresenta uma dificuldade enorme em desenvolver a fala. A linguagem para ele é uma coisa difícil de entender, o que faz com que Denise precise treinar palavra por palavra, dia após dia, por pelo menos 4 horas. Os diagnósticos até ali não levaram a nada conclusivo, e Denise já tinha lido todo tipo de literatura que falasse sobre qualquer problema que englobasse pelo menos um dos sintomas de Kyle. E agora ela se dedica a ajudar seu filho a desvendar os mistérios da língua falada.

      Denise se muda para Endenton (sim, uma cidade da Carolina do Norte ♥ ), porque herdou uma casa de sua mãe na cidade e, com sua dedicação à seu filho, ela acaba não tendo tanto tempo - e dinheiro - pra pagar aluguel. E é nessa cidade nova que, em um dia normal de ida ao mercado, ela se pega lembrando de sua trajetória até ali: o caso sem compromisso que acabou resultando em Kyle. O cara com quem compartilhou a cama e depois não compartilhou mais nada. A morte de sua mãe. O fato de que seu filho, tão lindo e tão amado, não fosse perfeito. E, enquanto pensava em todas essas reviravoltas da vida, ela sofre um acidente de carro. E, quando acorda, se depara com Taylor, um bombeiro voluntário.

      A chuva estava muito forte, a noite já havia escurecido tudo ao seu redor e ela estava atordoada por causa do acidente. E, quando descobre que Kyle não está no carro com ela, ela fica desesperada. E aí Taylor começa as buscas incessantes por Kyle, o meio da noite, no meio de uma chuva absurda, na tentativa de encontrar o menino são e salvo. Carpinteiro de dia, voluntário do corpo de bombeiros quando é requisitado, Taylor tenta fugir dos fantasmas que assombram seu passado se voluntariando para todas as missões de resgate que o corpo de bombeiros precisar. Ele e seu melhor amigo, Mitch, fazem isso há alguns anos. Mitch, casado e com quatro filhos, já não acha que vale mais a pena se arriscar tanto - ele tem uma família para manter e para ver crescer. Taylor nem cogita deixar de ser voluntário, mesmo que muitas vezes ele tenha ficado bem perto da morte. E, agora, nessa madrugada de tempestade, ele inicia uma busca incessante por Kyle. E, depois dessa noite horrorosa, a vida de Denise e a de Taylor se encontram e eles vão ter que aprender a superar diversos fantasmas, juntos.

      Esse livro tem elementos inspirados na vida de Nicholas, como todos os seus primeiros romances. Nesse caso, a dificuldade de Kyle é a mesma que a do filho do autor, Ryan. Além disso, os personagens são super bem construídos, com personalidades fortes, fraquezas e um bom caráter. Denise e Taylor tem uma longa estrada pela frente: ela precisa aprender a dividir seus dias entre o filho e o novo amor, ele precisa superar os traumas que vem guiando suas ações e relacionamentos desde cedo. Os dois precisam aprender a compartilhar. Não é fácil, para nenhum dos dois, mas eles precisam deixar o passado para trás para dar uma chance para o presente. É um livro que nos faz perceber que os fantasmas do passado são só fantasmas, que não deviam ter nenhuma opinião no que fazemos agora. E que segundas chances são importantes. E, além de tudo, que se deixar ser resgatado não é sinal de fraqueza.



1 inspirações:

  1. Nicholas Sparks é um amor de autor e de pessoa. Como não se apaixonar por cada história que ele escreve? *-*

    http://exploradoradelivros.blogspot.com

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Base feita por Adália Sá | Editado por Luara Cardoso | Não retire os créditos