A Guerra das Salamandras #Resenha


  O livro rebusca um espaço de tempo dentro do século XX, a descoberta e capitalização de uma salamandra inteligente, superdotada e extremamente dócil muda de vez à vida do Capitão Van Toch. Afinal, elas podem criar ilhas, diques, continentes, pedindo em troca míseros produtos bélicos, como por exemplo, a pistola submarina shark-gun. E, além disso, ainda oferecem pérolas como gestos de agradecimento. Mas, Van Toch se apega as criaturas e não permite que nenhum ser se aproveite dele.
  Mas, como tudo que é bom dura pouco e críticas explodiriam se o livro acabasse aí, nosso querido capitão Van Toch morre. E aí que começa o verdadeiro clímax, salamandras são vendidas e feitas de escravas, os mares começam a tomar formas hediondamente humanas. E estava proposto o caos.
                     
Até quando o homem se tornará o seu próprio demônio? Porque colocar a moral acima do instinto? Ao redor dos séculos, o homem por mais que se esforce para criar uma verdadeira humanidade, talvez o único esforço que valeu realmente a pena, nunca consegue.
  Imagine diversas pessoas de status, cor e credo diferentes confinadas em um espaço, e como conseqüência imagine também a “desgraçada infelicidade” que aconteceria. (Nenhuma semelhança com um péssimo programa de uma péssima emissora, não?).

 Uma eterna crítica a todas as diferenças dos homens, capitalismo, socialismo, fascismo, credos, uma verdadeira paródia da história humana.

 Com uma narrativa extremamente pontilhista, e nunca cansativa, Kapek vai nos guiando pelo complexo mundo capitalista e pré-apocalíptico que se tornaram nossas nações. Embora o nome do livro seja A Guerra das Salamandras, podemos ver, ao decorrer do livro, que elas são os seres inocentes, e mais uma vez os humanos pegaram o papel de vilão. Aplausos ao clichê que sempre funciona.

 Mas sem dúvida, o que mais me impressionou nesse livro, foram às propostas do autor. Ele propõe que todos os humanos se virassem para a lei do mais forte, e criassem uma Terceira Guerra Mundial, e o pior é que no final do livro você acaba concordando.

 Enfim, esta é uma obra maravilhosa, repleta de uma fantasia com grandes pitadas de realidade, uma paródia fantástica sobre a ignorância e autoritarismo com a natureza do homem. Uma leitura obrigatória para todo adorador de filosofia. Tenho que me segurar para não falar demais e acabar com as surpresas que o livro nos trás a todo capítulo.

 O autor, Karel Capek, foi o criador da palavra robô, que deriva da palavra eslava robota que significa trabalho forçado. Além disso já escreveu diversos livros e entre eles está um dos melhores de toda a humanidade (pelo menos para mim), A Guerra das Salamandras.


5 inspirações:

  1. Não tenho muito pra dizer, mas acho que vc prefere pouco falador a muito calado. Peguei o link lá no plus e pelo que entendi, a obra de crítica deveria ser bem chatinha. Mas nem é. O autor escreveu e talhou um belo joia né. Lembro-me agora de A revolução dos bichos.. ahh... chega dá a nostalgia. Vou reler aquele livro denovo que é tipo assim.. camarada (sem trocadilhos rsrsr).

    ps: a analogia dos comentários com popeye e espinafre foi foda.

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  2. hum, não é exatamente meu tipo de livro , e a capa não ajuda, mas com a sua resenha, não tem como não ficar curiosa para ler.
    Não sou fã de livros com conteúdo filosófico (não tanto, enfim, um pouco, ah "cê" entendeu...rs) mas se este passar por mim, não irei perder a oportunidade de ler.
    bjos

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  3. Oi Pedro!
    Diferente esse livro, algumas pessoas já comentaram comigo sobre ele mas ainda não tinha lido nenhuma resenha.
    Não é o tipo de livro com o qual eu passo as tardes, acho que ele merece uma atenção especial.
    Vou procurar por aqui, achei bem interessante.
    Sua resenha ficou ótima!

    Bjs
    Tati
    Coração Literário

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  4. Não gostei da capa, mas sua resenha aguçou minha curiosidade. Sou curiosa por natural e com um incentivo desse a coisa piora. Beijo.

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  5. Hummmm este não é meu tipo de leitura, e também não gostei da capa =\ Ta sou mega chata, mas sou vidrada em romance kkkkkk Quem sabe um dia eu coloco ele na minha lista srsr

    Bjskss
    Ká Guimarães

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Boa leitura, e vai pela sombra \o/

 
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