Alô, amigos Inspirados!
E aí, já leram o livro que marcou seu mês de Abril? Eu já, e é exatamente esse o motivo que me traz aqui, todo satisfeito, para apresentar a vocês mais uma resenha. Quero aproveitar o dia de hoje - DIA INTERNACIONAL DO LIVRO! - pra narrar minha experiência com essa surpreendente leitura. Só adianto que: superou minhas expectativas!
Título: Colin Fischer
Autores: Ashley Edward Miller & Zack Stentz
Editora: Novo Conceito
176 páginas - 2014
Colin Fischer é um garoto especial: 14 anos, mais inteligente do que a média, hábitos sociais pouco convencionais e uma visão de mundo bastante singular, além de ser naturalmente encantador. Ele tem Síndrome de Asperger, nome dado a transtornos do espectro do autismo, e esse desafio em trabalhar um personagem com essa condição torna a leitura ainda mais incrível.
Meu nome é Colin Fischer. Tenho 14 anos e peso 55 quilos. Hoje é meu primeiro dia no colegial.
Tenho 1365 dias até o fim.
página 7
O ano letivo havia começado e Colin estava pronto para anotar em seu Caderno tudo - TUDO - o que via. Dono de uma organização notável, aversão ao toque e memória espantosa, ele sempre tinha consigo cartõezinhos com expressões registradas para se situar em uma conversa, já que não era incapaz de interpretar alguns expressões faciais devido à sua condição. Infelizmente isso só servia para alimentar o preconceito dos colegas e fornecer a eles munição suficiente para encarar o garoto como "retardado". Alguns conseguiam ser bem enfáticos quando se tratava de perturbá-lo. Bem enfáticos mesmo.
Wayne Conelly era o que podemos chamar de "valentão". O jovem Colin passou por alguns perrengues quando precisava lidar com o garoto corpulento que insistia em atormentar o Jardineira - assim apelidado o nosso protagonista pelos amigos mais "simpáticos" da escola.
E, se nesse momento, você esperava que a história abordaria a vida de um garoto especial tentando ser aceito como normal, aí é que você se engana. Nosso queridón só queria descobrir quem era o responsável por levar uma arma e dispará-la no recreio, exatamente quando Melissa - a provável paixonite de Colin - e suas amigas faziam uma festinha. Colin sabia que Wayne era inocente, e estava disposto a provar. E não se engane, nessas 176 páginas tem mais história do que muito calhamaço por aí.
Colin Fischer é uma obra escrita em co-autoria e, pra mim, isso funcionou perfeitamente bem. Os autores souberam introduzir com delicadeza um personagem com Asperger na trama, não com a intenção de torná-lo verossímil, mas sim com o intuito de criar um protagonista/herói diferente do que se vê tradicionalmente, ou seja: não é uma história sobre espectro do autismo, e sim um herói que se faz notável por não ser como a maioria das pessoas, da maneira mais real possível. A leitura, além de ser rápida e fluida, tem uma imersão excelente, nos faz gostar de alguns personagens e odiar outros (e temer alguns também).
Os capítulos são muito bem organizados, cada um começando com um pequeno trecho em primeira pessoa, sob a ótica do nosso protagonista, enquanto o restante da história segue em terceira pessoa. Essa estrutura caiu como uma luva para o que os autores se propunham a fazer, e por ser uma obra pequena, foi feita na medida certa sem deixar surgir pontas soltas ou inserir dramas adolescentes demais. E podem ficar tranquilo, não dá pra se cansar de ler, mas dá pra se chatear por ter terminado tão rápido!
Mas o ápice da história ainda não foi dito. Mesmo que o livro seja destinado especialmente ao público infanto-juvenil, existem pontos bastante impactantes que, ao meu ver, foram usados antes como injeção de realidade, e não como manobra técnica dos autores para chocar o leitor. Por exemplo, não é abordado apenas a doença do jovem Colin, como também o fato de que, às vezes, as pessoas são más, simplesmente, sem que precise haver um motivo para isso - podemos dizer se tratar de uma introdução a um outro "distúrbio": a sociopatia. A narrativa ao final da história dá um tom bastante triste e obscuro, quase amedrontador, não do tipo "filme de terror", mas do tipo que nos faz temer a segurança do protagonista. Um pouco e ação, muito de construção de amizades, bastante sobre reflexão, são alguns dos diversos elementos que se pode encontrar em apenas 176 páginas!
Colin Fischer me ajudou a sair de uma zica de leitura, 'tava difícil encontrar aquele livro que me fizesse perder uma noite de sono para ler. Vale muito a pena, sugiro pra quem curte o gênero, e pra quem não gosta, é uma ótima maneira de ampliar os horizontes!
Tenham uma ótima leitura! Fiquem na Paz!
E, se nesse momento, você esperava que a história abordaria a vida de um garoto especial tentando ser aceito como normal, aí é que você se engana. Nosso queridón só queria descobrir quem era o responsável por levar uma arma e dispará-la no recreio, exatamente quando Melissa - a provável paixonite de Colin - e suas amigas faziam uma festinha. Colin sabia que Wayne era inocente, e estava disposto a provar. E não se engane, nessas 176 páginas tem mais história do que muito calhamaço por aí.
Colin Fischer é uma obra escrita em co-autoria e, pra mim, isso funcionou perfeitamente bem. Os autores souberam introduzir com delicadeza um personagem com Asperger na trama, não com a intenção de torná-lo verossímil, mas sim com o intuito de criar um protagonista/herói diferente do que se vê tradicionalmente, ou seja: não é uma história sobre espectro do autismo, e sim um herói que se faz notável por não ser como a maioria das pessoas, da maneira mais real possível. A leitura, além de ser rápida e fluida, tem uma imersão excelente, nos faz gostar de alguns personagens e odiar outros (e temer alguns também).
Os capítulos são muito bem organizados, cada um começando com um pequeno trecho em primeira pessoa, sob a ótica do nosso protagonista, enquanto o restante da história segue em terceira pessoa. Essa estrutura caiu como uma luva para o que os autores se propunham a fazer, e por ser uma obra pequena, foi feita na medida certa sem deixar surgir pontas soltas ou inserir dramas adolescentes demais. E podem ficar tranquilo, não dá pra se cansar de ler, mas dá pra se chatear por ter terminado tão rápido!
Mas o ápice da história ainda não foi dito. Mesmo que o livro seja destinado especialmente ao público infanto-juvenil, existem pontos bastante impactantes que, ao meu ver, foram usados antes como injeção de realidade, e não como manobra técnica dos autores para chocar o leitor. Por exemplo, não é abordado apenas a doença do jovem Colin, como também o fato de que, às vezes, as pessoas são más, simplesmente, sem que precise haver um motivo para isso - podemos dizer se tratar de uma introdução a um outro "distúrbio": a sociopatia. A narrativa ao final da história dá um tom bastante triste e obscuro, quase amedrontador, não do tipo "filme de terror", mas do tipo que nos faz temer a segurança do protagonista. Um pouco e ação, muito de construção de amizades, bastante sobre reflexão, são alguns dos diversos elementos que se pode encontrar em apenas 176 páginas!
Colin Fischer me ajudou a sair de uma zica de leitura, 'tava difícil encontrar aquele livro que me fizesse perder uma noite de sono para ler. Vale muito a pena, sugiro pra quem curte o gênero, e pra quem não gosta, é uma ótima maneira de ampliar os horizontes!
Tenham uma ótima leitura! Fiquem na Paz!
Ele está me esperando na fila de não lidos, já tinha bastante vontade de ler, agora fiquei com mais ainda, pena que talvez eu não consiga fazer isso logo, a fila está um pouco grande.
ResponderExcluirGostei da resenha, muito bem escrita.
Garota Eclética.
acho que também é uma forma de saber lidar com a a doença que não é muito divulgada
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/
Oi Pedro!
ResponderExcluirColin Fischer é um livro ótimo, gostei bastante da relação dele com Wayne depois e como ele vai levar o machão da escola ao se Mundo ♥
Beijinhos, Helana ♥
In The Sky, Blog
Gostei muito da premissa e sua resenha me deixou ainda mais curiosa para ler Colin Fischer, vou tentar compra-lo e lê-lo ainda esse ano!
ResponderExcluirBeijos
http://umaleitoravoraz.blogspot.com.br/
Olha, parabéns pelo review e principalmente: funcionou contigo. Pelo contrário me deu uma ressaca triste esse livrinho :(
ResponderExcluirGostei no começo mas depois ficou tão chato que por um triz não larguei, perdeu o ritmo assim drásticamente e ficou maçante a leitura mas consegui chegar ao final, "a sorte" foram as partes engraçadas pelo livro inteiro que ainda me prenderam.
Abs