Essa é uma das histórias que me fizeram ficar feliz por investir meu tempo e dinheiro. Nesse livro, conhecemos Charlie, um adolescente solitário que escreve cartas para um amigo que ninguém sabe quem é, onde narra o que acontece em sua vida. Ele não tem grandes emoções na sua rotina, nem grandes amigos. Na verdade, sem amigo nenhum. Charlie mais observa que participa, e por isso suas cartas conseguem ser recheadas de detalhes, mesmo que ele não estivesse sempre envolvido no que narra.
As coisas mudam. E os amigos partem. E a vida não para para ninguém.
Eu acho que todo mundo é especial à sua própria maneira.
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Bill é professor de Charlie, e sempre o incentiva a ler: uma forma de conhecer novos mundos. Ele percebe que Charlie precisa de uma forma de escape, e proporciona a ele boas histórias para preencher seus dias, sem que ele precise, de fato, deixar de viver a vida que leva. Já Sam e Patrick são os responsáveis por dar a Charlie os dias memoráveis que alguém tão sensível quanto ele merece. É assim que Charlie conhece a vida de um adolescente normal: festas, amizades, muitas experiências novas e o amor. Em sua inocência, e apesar dela, Charlie acaba começando a ver o mundo por uma outra ótica.
A gente aceita o amor que a gente acha que merece.
Durante a narrativa do livro, que é toda em forma de cartas para esse amigo que nunca é identificado, podemos perceber os estados de espírito de Charlie. É tudo uma grande transcrição de seus pensamentos. Quando eles está confuso, isso é transcrito para frases que nem sempre tem conexão umas com as outras, por exemplo. É lindo ver como ele cresce e desabrocha conforme a história vai avançando. A narrativa passa a ser mais fluída, os acontecimentos ficam mais claros e a alegria se vê refletida nas páginas.
Porque não há problema em sentir as coisas. E ser quem você é.
Tudo isso graças a Patrick e Sam, dois amigos sensacionais, daqueles que te dá vontade de voltar a ser adolescente só pra poder ter amigos assim, tão espontâneos. Claro que nem sempre o que eles fazem segue as regras, mas é isso que faz com que a amizade deles com Charlie seja tão boa. Eles sabem ser amigos genuínos, e sabem como aceitar as diferenças. Por isso, acompanhar um ano da vida de Charlie se mostra uma experiência maravilhosa.
É estranho, porque às vezes eu leio um livro e acho que sou a pessoa do livro.
Em uma época tão cheia de novas experiências e dúvidas na vida de qualquer um, ver pelo que o Charlie passa e como ele tenta superar seus traumas é uma lição de vida. Entender porque ele parece estar em um estado de tristeza e desconcertamento permanente é algo que só acontece no fim do livro. E te choca. E te arranca lágrimas. É um daqueles livros que te contam uma história, sem pretensão nenhuma de mudar a sua vida, mas que mesmo assim te faz pensar.
Então, eu acho que somos o que somos por várias razões. E talvez nunca conheçamos a maior parte delas. Mas mesmo assim temos o poder de escolher quem vamos ser, ainda podemos escolher onde iremos a partir daqui. Ainda podemos fazer as coisas. E ainda podemos tentar ficar bem com elas.
Oi Larissa,
ResponderExcluirQue resenha linda!
Estou com o livro aqui e quero iniciar a leitura logo!! :)
beijos
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