[Resenha] Sociedade dos Meninos Gênios, de Lev Ac Rosen


    
 Alô, amigos Inspirados!

     Hoje vamos falar sobre um livro muito esperado por mim: Sociedade dos Meninos Gênios, publicado aqui no Brasil pela Editora Novo Conceito, e escrito pelo nova iorquino Lev Ac Rosen. A leitura, pra mim, foi uma verdadeira montanha-russa, com altos e baixos. Mas vamos ao que interessa? =)





Título: Sociedade dos Meninos Gênios
Autor: Lev Ac Rosen
Editora: Novo Conceito
544 páginas - 2014  


     A Londres do século XIX é um pouco diferente da realidade, afinal, estamos falando de um steampunk, e é justamente esse o ambiente que o livro nos oferece. Violet Adams é uma jovem a frente do seu tempo, uma verdadeira cientista jovem demais e mulher demais para ser aceita pela bancada de cientistas da Universidade de Illyria. Mas ela não é a única estranha no seu tempo. Seu irmão gêmeo, Ashton, também esconde um segredo condenado pela sociedade. E essa cumplicidade os mantêm sempre muito unidos.
     Violet, no entanto, decidiu ser o momento para mostrar ao mundo que, assim como os homens, as mulheres também eram capazes de exercer a ciência. Conhecedora de mecânica como ninguém, ela decide se disfarçar de garoto, trocar de lugar com o irmão e ingressar em Illyria, a Universidade que tradicionalmente aceita apenas homens em seus domínios. A construção londrina era famosa por formar grandes astrônomos, biólogos, inventores das mais variadas espécies. Diferente das universidades comuns, Illyria tinha como material didático engrenagens e muita criatividade!
     Claro que nada é sombra e água fresca, por isso quando Violet chegou à Illyria - atendendo pelo nome de Ashton - acabou criando certa indisposição com Volio, um aluno sombrio, além de despertar o amor de Cecily, filha do duque e diretor da Universidade. Não apenas isso, ela acabou se apaixonando pelo próprio duque, Ernest. 
     Ao longo dessa aventura, Violet acaba fazendo grandes amigos, como Toby, Drew e Mirian, a governanta misteriosa. Jack, amigo de infância de Violet e Ashton, também entrou na Universidade e, conhecendo todos os planos da amiga, decidiu ajudá-la. Juntos, eles desbravaram o domínios no subsolo da universidade e, durante esses "passeios" noturnos, acabaram descobrindo lugares abandonados, além de autômatos assustadores com sede de sangue. Quem seria o criador daquelas aberrações? E, fosse quem fosse, o que ele pretendia criando aquelas armas, quando a universidade proibia invenções desse tipo? 

Lev Ac Rosen, autor.
     A premissa trazida por Rosen em sua obra é incrivelmente sedutora. As primeiras páginas trazem uma promessa de uma leitura diferente e divertida. Mas, se a gente for fazer um balanço panorâmico, algumas metas não foram alcançadas. Mas, calma, eu ainda chego lá rs. 
     Sociedade dos Meninos Gênios trouxe uma proposta de quebrar alguns tabus como sexualidade e sexismo, e embora tenha conseguido em alguns pontos, Rosen acabou criando um personagem estereotipado que realmente me incomodou. Uma das personagens - não vou dizer quem, pra dar aquele suspense rs - era um jovem amante da arte, do teatro, música, poesia... E era homossexual. Eu fiquei desapontado com essa ideia, pois no fim das contas não passou de um estereótipo, em que homens amantes da arte tendem a ser homossexuais. E essa ideia foi sustentada pelo comportamento de outros personagens. Acredito que o autor poderia ter abordado dessa maneira, um jovem que, talvez apaixonado por uma jovem dama, escondesse sua sensibilidade poética para não parecer um "maricas" perante a sociedade. Claro, isso é um ponto de vista entre tantos outros, mas acredito que tenho o dever de deixar claro o que me incomodou até aí.
     Apesar disso, o universo da obra foi muito bem criada, a sensação de entrar num mundo steampunk é muito bem percebida. O autor tem um cuidado em descrever as roupas, a ambientação, os mecanismos anacrônicos de cada invento, tudo isso ajuda a sustentar o perfil que esse gênero literário "exige".
     A ideia de se criar uma grande escola com ensinamentos incomuns não é original, nem a relação de indisposição entre a protagonista e um professor que insiste em infernizá-la sem motivo algum. Rosen pareceu ter pescado algumas ideias em Harry Potter, e em alguns filmes adolescentes como "Ela é o cara" (se vocês observarem, há uma grande semelhança entre Violet querer entrar para Illyria e Viola querer jogar futebol no time masculino).
     No fim da leitura, senti que faltava alguma coisa, como se o livro não tivesse atingido o objetivo proposto. Apesar disso, foi uma leitura bem tranquila, narrado em terceira pessoa, com uma fluidez bem espontânea. Alguns erros de digitação podem ser observadas, mas nada que interrompa o envolvimento do leitor com a história. E aí, se interessou? Compre aqui! 
     
     

1 inspirações:

  1. Menina que se passa por menino: OI MULAN. HAHAHAH
    O livro me chamou atenção no primeiro contato ao mesmo tempo que levei um susto com o tamanho, a sinopse é ótima e depois do teu review fiquei com mais vontade só espero não ir com muita expectativa e me frustrar.

    Abs

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Base feita por Adália Sá | Editado por Luara Cardoso | Não retire os créditos