Então você se depara com a história mais linda que já viu na vida, e descobre que a continuação do livro nem terminou de ser escrita. Você chora? Provavelvemente.
Mas claro que eu me segurei quando acabei de ler O Temor do Sábio, porque depois de uma história que incita a coragem no coração dos leitores, eu tinha que mostrar o que aprendi com aquilo...
Enfim, se você conhece a trilogia Crônica do Matador do Rei, então sabe o que eu estou dizendo. Mas se você faz parte do 1% que deu 2 estrelas para a O Temor do Sábio lá no Skoob, dá licença que a conversa não é contigo (de zoa... Mas, sério, 2 estrelas?).
Título: O Temor do Sábio
A Crônica do Matador do Rei: Segundo Dia
Autor: Patrick RothfussEditora: Arqueiro
960 páginas
"Quando é aconselhado a abandonar seus estudos na Universidade por um período, por causa de sua rivalidade com um membro da nobreza local, Kvothe é obrigado a tentar a vida em outras paragens."
Editora Arqueiro
Não é muito difícil imaginar a minha reação quando o porteiro ligou aqui em casa avisando que o livro tinha chegado...
Pois é, depois de ficar admirando a capa alguns minutos, enfiei a fuça nas páginas. Foi meio que amor à primeira vista, e eu não podia deixar de compartilhar esse romance com vocês xD.
O Nome do Vento, primeiro livro da saga (resenha aqui) já tinha me ganhado há muito tempo, mas a continuação das aventuras do jovem Kvothe é de encher os olhos.
Kvothe estava mais velho e mais experiente. Ainda não tinha todo o dinheiro que gostaria. Na verdade, dinheiro era um dos seus grandes problemas, as taxas escolares prometiam ser cada vez mais altas e ele não tinha muitas esperanças de obter toda a dinheirama que precisava. Ainda assim, seu talento com o alaúde rendia um bocado de moedas. Tendo o sangue de Edena Ruh, uma tradicional família de trupe itinerante, ele passou a escrever sua própria história e inventar sua própria fama, com um pouco de verdade aqui e ali, claro.
Kvothe cresceu muito em seus estudos na Universidade. Além de se aprimorar no ramo dos flertes e namoricos, ele acabou ganhando talento para muitas outras artes, como a simpatia, a siglística e aprender a ouvir o nome do vento... Seu relacionamento com o professor Elodin, Nomeador-mor da Universidade, estreitava cada vez mais. Auri, a menina que vivia secretamente nos Subterrâneos, tornou-se um elo interessante entre aluno e professor.
Sua caça aos Chandrianos ainda é árdua, e a busca por informações como os Sete e os Amyr parecem cada vez mais distantes, quanto mais ele cruza o mapa do mundo e descobre tão pouco.
Sua caça aos Chandrianos ainda é árdua, e a busca por informações como os Sete e os Amyr parecem cada vez mais distantes, quanto mais ele cruza o mapa do mundo e descobre tão pouco.
“Viu um homem que rosto não tem
Andar qual fantasma aqui e além?
Qual é seu plano? Qual é seu plano?
Chandriano. Chandriano.”
Devi, a agiota mais malandra que o Mário Bros, usou uma de suas artimanhas para manter a dívida de Kvothe. No final da história, descobrimos os reais interesses dessa jovem temida pelos moradores da região.
Ambrose é o anti-heroi, o arqui-inimigo,o filho-da-mãe que vai despertar toda a sua antipatia, começou a complicar a vida de Kvothe, especialmente depois de o sujeito se enveredar com Denni, a garota que ocupava o maior espaço dentro do coraação do nosso valente herói. Quando as coisas se complicaram com o nobrezinho pomposo Ambrose, Kvothe foi orientado a deixar a Universidade por alguns períodos, até que os seus infelizes problemas fossem esquecidos pelos professores (vale lembrar que ele acabou manchando o nome da Universidade quando precisou lidar com a rigorosa Lei Férrea).
E é aqui que a história de verdade começa!
Ele deixou sua província e, com a ajuda de um rico mecenas admirador de sua música, foi enviado até o maer Alveron, em Vintas. O sujeito era meio nazista, mandava cortar os dedos das pessoas como castigo, isso quando não ordenava uma forca de vez em quando. Apesar dessa austeridade toda, tinha uma saúde comprometida, e foi aí que Kvothe, com seu talento na medicina, começou a ajudar velho. Ele começou a ganhar a afeição de Alveron, té o dia em que salvou sua vida.
Mas homens com tanto poder não gostam de dever favores demais. Por isso ele acabou enviando nosso estimado herói em uma missão suicida. Nesse processo, Kvothe conheceu mercenários que, de um jeito estranho, se tornaram seus amigos. Entre eles, Tempi, o ademriano, vai lhe ensinar uma arte antiga de luta. Não só isso, ele vai ter um encontro amoroso com Feluriana, uma Encantada que lhe tece uma capa feita de sombras.
É claro que Patrick Rothfuss tem um talento muito melhor para descrever todas essas aventuras. Eu não saberia nem por onde começar, mas acho que posso tecer alguns comentários bem empolgantes sobre a saga. Não é fácil tentar explicar um livro de incríveis 960 páginas sem deixar algumas observações passarem despercebidas. Mas, e todas elas, a que não pode faltar e a forma minuciosa como o autor descreve pessoas, cenários, situações e batalhas. Especialmente as batalhas! Parece uma dança com as palavras, do tipo que, quando você menos espera, já tá todo empolgado com o gingado. Se compararmos com as obras mais clássicas, como Tolkien, percebemos em As Crônicas do Matador do Rei uma narrativa de nível detalhista muito similar, porém mais leve e mais atrativo. Acho que com algumas palavras eu posso definir:
Poético! É como você pode interpretar a narrativa. A história se passa em primeira pessoa, quando Kvothe conta sua trajetória de vida para o Cronista; mas há uma alternação de capítulos. Eventualmente temos um ou dois capítulos escritos em terceira pessoa, em que o narrador onisciente observa o protagonista em sua vida pós-aventuras, já adulto e dono de uma hospedaria.
Original! As histórias possuem ecos de clássicos da Lit-Fan, mas existe tanta originalidade na obra de Rothfuss que não tem como não dar crédito a ele por isso. E por ser um livro com tantas páginas, os diálogos ganham mais espaço e densidade... Isso confere um tanto bem bom de realidade, quase podemos ouvir as vozes de cada personagem. Não são diálogos superficiais, montados em um molde raso. Tem consistência. Podem até dizer que ele bebeu da mesma fonte que os clássicos de Tolkien e Lewis, mas prefiro pensar que Rothfuss fez brotar sua própria fonte. Ponto pra ele!
Fantástico! O universo criado por Rothfuss é mágico e empolgante. É uma atmosfera medieval (na verdade, corresponde à Idade Média, pois a Crônica do Matador do Rei é ambientada num universo alternativo), porém com alguns toques sutis do mundo moderno, especialmente em se tratando de relacionamento e imposição feminina. Dentro dessa obra, encontra-se outras culturas que se assemelham e muito com algums realistas. O autor deve ter passado um bom tempo trabalhando a veia imaginativa antes de por tantas ideias no papel.
Agora, para você que leu O Nome do Vento e apreciou, é preciso tomar muito cuidado. Muitos leitores deleitaram com a leitura de O Temor do Sábio, mas um bocado deles desgostaram. Rothfuss arriscou bastante criando uma rota completamente diferente para o herói. Esperávamos mais informações sobre o Chandriano e os Amyr, que era um ponto central no primeiro livro, o que não ocorre na continuação da trilogia. Esses assuntos são pouco abordados e, quando feitos, o próprio autor lida com eles com certa negligência, como se subitamente não fosse algo tão importante assim. A sensação que tive ao ler O Temor do Sábio era de estar lendo um filler das Crônicas do Matador do Rei, um brake da trama real, e para muitos essa sensação foi do incômodo para o insuportável. Apesar de tudo isso, não posso negar que o livro continua encabeçando minhas preferências. Acredito até, que isso se deva ao fato do jovem protagonista estar crescendo e, em algum ponto, suas ambições acabaram prevalecendo sobre seus ideias, seu objetivo principal, por isso houve essa escapada do foco do primeiro livro.
Ele será conhecido por muitos nomes: Kvothe, o Arcano, o Sem-Sangue, o Matador do Rei. Dois deles já foram explicados. Mas e o último, "O Matador do Rei"? Isso é mais uma jornada para o terceiro dia, o último livro da trilogia que promete!
Que tal, depois disso, aguardar o próximo livro que, por sinal, nem terminou de ser escrito?
É isso aí, galera! Uma ótima leitura a todos!Ele deixou sua província e, com a ajuda de um rico mecenas admirador de sua música, foi enviado até o maer Alveron, em Vintas. O sujeito era meio nazista, mandava cortar os dedos das pessoas como castigo, isso quando não ordenava uma forca de vez em quando. Apesar dessa austeridade toda, tinha uma saúde comprometida, e foi aí que Kvothe, com seu talento na medicina, começou a ajudar velho. Ele começou a ganhar a afeição de Alveron, té o dia em que salvou sua vida.
Mas homens com tanto poder não gostam de dever favores demais. Por isso ele acabou enviando nosso estimado herói em uma missão suicida. Nesse processo, Kvothe conheceu mercenários que, de um jeito estranho, se tornaram seus amigos. Entre eles, Tempi, o ademriano, vai lhe ensinar uma arte antiga de luta. Não só isso, ele vai ter um encontro amoroso com Feluriana, uma Encantada que lhe tece uma capa feita de sombras.
É claro que Patrick Rothfuss tem um talento muito melhor para descrever todas essas aventuras. Eu não saberia nem por onde começar, mas acho que posso tecer alguns comentários bem empolgantes sobre a saga. Não é fácil tentar explicar um livro de incríveis 960 páginas sem deixar algumas observações passarem despercebidas. Mas, e todas elas, a que não pode faltar e a forma minuciosa como o autor descreve pessoas, cenários, situações e batalhas. Especialmente as batalhas! Parece uma dança com as palavras, do tipo que, quando você menos espera, já tá todo empolgado com o gingado. Se compararmos com as obras mais clássicas, como Tolkien, percebemos em As Crônicas do Matador do Rei uma narrativa de nível detalhista muito similar, porém mais leve e mais atrativo. Acho que com algumas palavras eu posso definir:
Poético! É como você pode interpretar a narrativa. A história se passa em primeira pessoa, quando Kvothe conta sua trajetória de vida para o Cronista; mas há uma alternação de capítulos. Eventualmente temos um ou dois capítulos escritos em terceira pessoa, em que o narrador onisciente observa o protagonista em sua vida pós-aventuras, já adulto e dono de uma hospedaria.
Original! As histórias possuem ecos de clássicos da Lit-Fan, mas existe tanta originalidade na obra de Rothfuss que não tem como não dar crédito a ele por isso. E por ser um livro com tantas páginas, os diálogos ganham mais espaço e densidade... Isso confere um tanto bem bom de realidade, quase podemos ouvir as vozes de cada personagem. Não são diálogos superficiais, montados em um molde raso. Tem consistência. Podem até dizer que ele bebeu da mesma fonte que os clássicos de Tolkien e Lewis, mas prefiro pensar que Rothfuss fez brotar sua própria fonte. Ponto pra ele!
Fantástico! O universo criado por Rothfuss é mágico e empolgante. É uma atmosfera medieval (na verdade, corresponde à Idade Média, pois a Crônica do Matador do Rei é ambientada num universo alternativo), porém com alguns toques sutis do mundo moderno, especialmente em se tratando de relacionamento e imposição feminina. Dentro dessa obra, encontra-se outras culturas que se assemelham e muito com algums realistas. O autor deve ter passado um bom tempo trabalhando a veia imaginativa antes de por tantas ideias no papel.
Agora, para você que leu O Nome do Vento e apreciou, é preciso tomar muito cuidado. Muitos leitores deleitaram com a leitura de O Temor do Sábio, mas um bocado deles desgostaram. Rothfuss arriscou bastante criando uma rota completamente diferente para o herói. Esperávamos mais informações sobre o Chandriano e os Amyr, que era um ponto central no primeiro livro, o que não ocorre na continuação da trilogia. Esses assuntos são pouco abordados e, quando feitos, o próprio autor lida com eles com certa negligência, como se subitamente não fosse algo tão importante assim. A sensação que tive ao ler O Temor do Sábio era de estar lendo um filler das Crônicas do Matador do Rei, um brake da trama real, e para muitos essa sensação foi do incômodo para o insuportável. Apesar de tudo isso, não posso negar que o livro continua encabeçando minhas preferências. Acredito até, que isso se deva ao fato do jovem protagonista estar crescendo e, em algum ponto, suas ambições acabaram prevalecendo sobre seus ideias, seu objetivo principal, por isso houve essa escapada do foco do primeiro livro.
Ele será conhecido por muitos nomes: Kvothe, o Arcano, o Sem-Sangue, o Matador do Rei. Dois deles já foram explicados. Mas e o último, "O Matador do Rei"? Isso é mais uma jornada para o terceiro dia, o último livro da trilogia que promete!
Que tal, depois disso, aguardar o próximo livro que, por sinal, nem terminou de ser escrito?
Fiquem na Paz!
O quê? 2 estrelas? Esse povo tá de zueria!
ResponderExcluirEu daria 4 pelo mesmo motivo que vc apontou na resenha, a falta de informação sobre o Chandriano, Rothfuss literalmente deixou eles de lado, no entanto, vemos que ele trabalhou bastante no crescimento de Kvothe, algo me diz que não serão apenas 3 livros, essa história ainda vai render.. Seria estranhíssimo encontrar todas as respostas sobre Chandriano no terceito livro, sem um avanço de etapas, toda a trama ficaria com um imenso buraco, isso quando a gente enxergar toda série junta.
Eu gostaria mesmo de entender qual foi a verdadeira intenção do autor pra isso, muita gente ficou desgostosa com O Temor do Sábio e dá pra entender, né?
Apesar dos pesares, continuo sendo fã do Rothfuss, admiro a originalide da obra, a poesia dos mundos das artes retradados como a música e a cênica. Além do seu pendor pra química, um verdadeiro manual..
ah, adorei os gifs animados! imaginei vc trobando pelo caminho...hhuahauhauahuaha
ResponderExcluirolha,tudo bem,que ele deixou algo meio assim,mas se vc prestar mais atenção,muita coisa sobre o chandriano e os amyr foi abordada,faltou mais coisa?sim!mas ele tbm adcionou mais misterios,a porta do arquivo,quem é auri,e bast?o que tem de tão importante no báu e que incrivelmente é da familia lackess?
ResponderExcluirDeus é mais, jesus amado, eu estava evitando esse livro só pelo tamanho. O Nome do vento é preferido mas levei um mês pra ler e tornou-se cansativo, mas agora, vou encarar O temor do sábio. Provavelmente em três meses KKKKK Resenha incrível!
ResponderExcluirhttp://ohmydogestolcombigods.blogspot.com/ Até ^^
Devorei os 2livros em menos de 1 mes e penso que essa historia nao sera concluida no livro 3.Ha muitos misterios a ser desvendados ainda.Por exemplo, quem e o misterioso mecenas de Denna, por que essa garota aparece nas horas menos esperadas, vide in Trebon, que professor pode ser um Amyr, onde Kvote conheceu Bast e tantas outros questionamentos.O Nome do vento foi meu achado esse ano.Depois das cronicas do gelo e do fogo ele se tornou meu livro favorito. Nao vejo a hora de sair o proximo livro.
ResponderExcluirA proposito, sua resenha foi otima.
Desculpem me a falta de acentos e til nas palavras, mas nao os achei em meu tablet.
Na boa a auri ou era dia amyr ou do chandriano e o khovte é filho da lackless que fugiu com a trupe , o ambrose vai virar rei , algumas coisas já da pra saber
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