[Resenha] Para Onde Ela Foi, de Gayle Forman


Para quem leu Se Eu Ficar, o livro seguinte é parada obrigatória. Para quem não leu, não se preocupe: o segundo livro é muito melhor, e você não precisa ter lido o anterior pra entender – mas se você já conhece a história (o filme é simplesmente incrível, gente), Para Onde Ela Foi é simplesmente irresistível.

Esse livro se passa três anos depois da história anterior. Adam, um músico em ascensão, está em Nova York para apresentações com a sua banda. Para um garoto do interior e uma banda de garagem, sua vida mudou absurdamente nos últimos anos. A Willamette Stone, sua banda, está cada vez mais famosa e seu sucesso não fica só em Londres. E isso não é a única coisa que mudou na vida de Adam desde o acidente que mudou a sua vida de forma tão drástica. 
Há três anos, sua namorada, Mia, sofre um acidente de carro com sua família. E, em meio a muitas perdas, ela tenta encontrar forças na música para se recuperar. Antes do acidente, Mia tinha se candidatado à uma vaga em uma das melhores escolas de música do mundo. E tinha sido aprovada. Só que, quando ela entrou no avião dizendo que o amava, ele não imaginava que ela nunca voltaria para ele.

Quando se fala em sentimentos, você nunca sabe realmente como a ausência de uma pessoa vai te afetar mais que a outra.
Agora, depois de tanto tempo, Adam tem que reconstruir sua vida. Tem uma namorada nova com quem ele não se imagina por muito tempo, tem sua casa em Los Angeles, um coração partido e tremores em sua mão que acontecem toda vez que ele fica nervoso. Ele pode não ter presenciado o acidente, mas ainda assim tem suas sequelas.

Além disso, ele está tendo problemas com a própria banda. Para evitar problemas maiores, ele sempre se hospeda em um hotel diferente do resto da banda e passa seus dias solitário, entre um compromisso e outro. No último dia que passaria em Nova York, Adam decide assistir à um concerto de Mia. Só que ele não esperava que fosse reencontrar a pessoa que fez com que sua vida mudasse completamente.

“Sabe, eu pensei muito sobre isso nos últimos dois anos, disse ela em uma voz embargada. Sobre quem estava lá por você. Quem segurou sua mão enquanto você estava triste por tudo o que tinha perdido?”

Agora, eles tem uma noite para esclarecer todos os machucados do passado antes de pegarem seus voos para seus compromissos ao redor do mundo. E é a vez de Adam entender porque o amor de sua vida decidiu sumir dela completamente.

“Meu primeiro impulso não é agarrá-la nem beijá-la. Eu só quero tocar sua bochecha, ainda corada pela apresentação desta noite. Eu quero atravessar o espaço que nos separa, medido em passos – não em milhas, não em continentes, não em anos –, e acariciar seu rosto com um dedo calejado. Mas eu não posso tocá-la. Esse é um privilégio que me foi tirado.”

O livro é incrível. De verdade, não achei que ia gostar tanto assim. Comecei Se Eu Ficar e achei muito parado, muito calmo, então assisti o filme, me apaixonei e desisti de vez do livro. Como Para Onde Ela Foi é narrado por Adam, e não por Mia, isso se reflete na narrativa. Enquanto no outro livro a  calma era mais presente, mesmo que cheia de momentos dolorosos, nesse o ritmo é completamente diferente. Adam está machucado de mais de uma maneira, e sua dor está presente na história, tão palpável que dá vontade de entrar no livro só pra dar um abraço nele e dizer que vai ficar tudo bem.

E, como a história se dá em momentos do presente e flashbacks do passado que explicam algumas situações, o leitor que não tiver lido Se Eu Ficar não fica tão perdido. Adam é um cara forte, mas que teve uma série de perdas nos últimos três anos e ninguém ao seu lado para o ajudar. Assim, presenciar a história pelo ponto de vista dele foi maravilhoso. E o livro em si tem uma história linda.            Qualquer pessoa que acredite no amor tem que ler.


P.S.: Se não tiver filme desse livro, eu vou realmente me irritar. TEM QUE TER!
 p.s.2: As fotos são de Se Eu Ficar, mas por favor, precisamos desses dois nas telas de novo!

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Base feita por Adália Sá | Editado por Luara Cardoso | Não retire os créditos