[Resenha] Tudo o Que Ela Sempre Quis - Barbara Freethy

     Se o amor não é simples, imagine então quando envolve um suposto assassinato? Vamos um pouco além. Imagine que você esteja entre os suspeitos do assassino e a vítima seja a irmã do grande amor da sua vida. Depois disso, recheie a trama com alguns amigos cheio de segredos. "Tudo o Que Ela Sempre Quis" decidiu mostrar que, se o amor é complicado, dá pra complicar ainda mais.

Título: Tudo o Que Ela Sempre Quis

Autora: Barbara Freethy

Editora: Novo Conceito

320 páginas

     Natalie Bishop, médica formada, passou os últimos dez anos desvencilhando do seu passado perturbador. Durante seu período na universidade, eventos traumatizantes.
     Mas sua paz foi arruinada por Fallen Angels, um livro de sucesso lançado cujo conteúdo narrava o passado de quatro garotas que se diziam as Quatro Fantásticas. Embora o escritor fizesse de forma que parecesse uma ficção, Natalie sabia que o quarteto era uma referência a ela e a suas três amigas, Maddison, Laura e Emily, esta última morta quando tinha apenas 19 anos. O passado volta para assombrar e, pior, todos reconhecem a história. Tudo piora quando o livro acusa Natalie de ser assassina da amiga. Cole Parish, irmão de Emily e antigo namorado de Natalie, entra no meio da confusão para descobrir a verdade. Muitas situações são criadas, personagens são acusados, mas é impossível saber quem, de fato, estava com Emily no quarto antes do suposto acidente que causara sua morte.
     A fim de descobrir a verdade, Laura, Madisson e Natalie vão em busca de respostas, e Cole não fica atrás. Um romance reacende entre eles, mas as coisas ficam sempre muito complicadas. Para começarem a sonhar com um futuro juntos, precisam primeiro descobrir uma forma de descobrir esse atordoante mistério.

     A história criada por Barbara Freethy tem um elemento pouco original. A trama gira em torno de três amigas e o mistério de "quem matou a quarta integrante do grupo". Para aqueles que já ouviram falar na série (tanto de tv quanto na versão celulose) Pretty Little Liars, o livro segue a mesma configuração de enredo, com algumas diferenças marcantes, porém impossível de não se fazer essa relação. A narração, feita em terceira pessoa, é bem montada, com informações na medida certa, trabalhando a personalidade de cada personagem e suas relações. Bacana mesmo foi a forma como a autora moldou suas personagens, além da disposição e papel de cada num na trama. Não apenas isso, a interação entre elas, a forma como foi trabalhado a amizade antiga entre as Quatro Fantásticas e a maneira como a atração entre Natalie e Cole rejuvenesce, tudo isso mostra que Barbara sabe como dar vida a uma história. E, embora o enredo não tenha originilidade como característica marcante, a autora soube conduzir a história de forma bastante particular.

"Percebi que o que é importante é relativo ao lugar onde você está, o que quer e do que precisa."

Capítulo 21, página 309

     No final do livro, exatamente na última página, existe ainda um pequeno questionário pessoal, algo para se pensar e refletir a respeito. Coisas como vingança, justiça, amizade e segredos, tudo isso que nos cerca, colocadas de uma forma mais dramática.
     Dificilmente eu me interesso por esse gênero, estou aprendendo a apreciá-lo ainda. Embora não seja um preferido, é sim uma boa leitura que nos rende uma distração agradável. E não vejo mal algum em indicá-lo pra você, que gosta de um romance com uma dose estimulante de mistério.
     Boa leitura, fica na Paz! =)