Antes de começar a ler o segundo livro da saga Mago, pensei que não pudesse gostar dela mais do que já gostava. Quando li o volume 2, Mestre, descobri que eu estava errado. E, bem, vocês sabem como é incrivelmente difícil escrever sobre algo que se gosta muito. Aqui vai minha tentativa.
Título: Mestre - Livro 2
Autor: Raymond E. Feist
Editora: Arqueiro
428 páginas - 2014
Mestre é o livro dois da saga Mago, e dá continuidade às aventuras de Pug e seu povo contra os invasores tsurani (leia resenha do livro 1, O Aprendiz, clicando AQUI). Preciso tomar bastante cuidado aqui, pois quero manter uma medida aceitável de spoilers, mas podem ficar sossegados, não será nada revelador, apenas o suficiente para compreender essa incrível obra de Raymond E. Feist.
Escrito em terceira pessoa, Mestre narra o que aconteceu com o grupo de bravos soldados do Reino de Crydee depois que deixaram sua terra para o embate contra o povo tsurani - um povo de outro mundo que invadiu Midkemia para obter benefícios da nova realidade. Nesse momento, Pug não tinha desenvolvido muito bem seus poderes como aprendiz do mago Kulgan, e ser capturado e escravizado pelos tsurani não ajudou em nada o jovem aprendiz.
É importante saber que há um período de 3 anos entre o primeiro e segundo livro, por isso as personagens - em especial, Pug - apresentam uma maturidade que não estávamos acostumados no primeiro livro. O aprendiz de mago, por exemplo, agia como alguém muito mais velho, afinal, ser escravo de um povo acabou forçando-o a crescer. Ele não estava sozinho. Havia criado uma amizade bastante promissora com Laurie, o músico que acabara sendo escravizado também. Ao longo do tempo, no entando, os Mantos Negros (assim chamados os que praticavam magia no mundo tsurani) descobriram o potencial de Pug e, nesse momento em diante, Pug aprenderia muito mais sobre sua magia, mais do que aprendera com Kulgan.
Tomas, o amigo de infância de Pug, já não era mais o mesmo. Depois de usar a armadura com poderes obscuros - presente dado ao dragão ancião - o rapaz passou a agir de forma estranha. Ao lado do amigo anão Dolgan, ambos viviam ao lado dos elfos para combater a linha de frente dos tsurani. Toda Midkemia parecia mobilizada ante os ataques desse povo desconhecido. Bem, quase toda.
O príncipe de Crydee, Arutha, acompanhado de Amos, o capitão do navio, e Martin do Arco, seu caçador e amigo - além de uma pequena tripulação - atracaram Em Krondor em busca de apoio militar, mas descobriram que o reino krondoriano estava tomado por Guy Bas-Tyra, um "inimigo" de Crydee. Além de precisarem lidar com a invasão tsurani, Arutha precisaria enfrentar mais um adversário nessa empreitada.
As personagens são todas muito bem trabalhadas, desde a personalidade até a customização de roupas e caracterização física. Feist sabe muito bem como elaborar todos esses detalhes sem parecer maçante (não é a toa que os livros são finos, não passando de 450 páginas).
A ambientação é incrível, a narrativa nos faz compreender se tratar de um mundo correspondente ao medieval, porém com elfos, anões e outras criaturas mágicas inventadas pelo próprio autor. A maneira como ele constrói as cidades, as estradas, a descrição das viagens marinhas, tudo isso é bem elaborado sem gastar o tempo necessário para que o autor se interesse pela aventura. Feist tem a sua medida que funciona em quase todo o tempo.
A trama é muito bem desenvolvida, o desenrolar da história, os mistérios que vão se resolvendo, a maneira como Pug aprende a lidar com sua magia, a aparição de Macros, o Negro (esse aí é badass!), além de outros elementos que são inseridos e retirados no momento certo, tudo isso colabora pra uma leitura sensacional! Vale muito a pena ler Mestre, uma história que segue a pegada de Tolkien e Martin, porém sem deixar de mostrar sua própria originalidade, que, aliás, é tão bem-vinda quanto qualquer outra obra fantástica que eu já tenha lido!
Espero que tenham gostado! Excelente leitura, fiquem na Paz!
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